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- 11 de setembro World Trade Center 15 anos

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Quinze anos depois, Nova York convive com as marcas do 11 de setembro
Nova York chega ao 15° aniversário dos atentados de 11 de setembro de 2001 mais forte, mais rica e mais diversa do que nunca, mas a data nefasta permanece marcada a ferro e fogo na história da cidade.
Os atentados cometidos pela Al-Qaeda – o primeiro ataque estrangeiro no continente norte-americano em quase 200 anos, – romperam a sensação de segurança e empurraram o Ocidente para guerras que persistem até hoje.
Mais de 2.750 pessoas morreram no dia, quando a Al-Qaeda lançou dois dos quatro aviões de passageiros sequestrados contra as Torres Gêmeas do World Trade Center de Nova York, símbolo do poder financeiro e da confiança americana.
Dois dos aviões, o voo 11 da American Airlines e o voo 175 da United Airlines, colidiram com as torres norte e sul do
World Trade Center, um complexo de escritórios em New York City.
15 anos da tragédia. Leiam

- Carta Enigmática

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CARTA ENIGMÁTICA, DIVERSÃO PARA ADULTOS E CRIANÇAS (ANTIGAMENTE. É CLARO)

Mais uma contribuição importante do nosso colaborador, e colunista Carlos Braga Mueller, Jornalista/escritor em Blumenau
Por Carlos Braga Mueller
Lendo o que André Luiz Bonomini escreveu sobre o Almanaque Renascim no seu blog A Boina, e que também foi divulgado no blog do Adalberto Day, lembrei-me dos meus tempos de infância, quando eu pude acompanhar a atividade do meu pai, farmacêutico, à frente da sua Farmácia Popular.
Meu pai, também Carlos Müller (com trema no u) começou a trabalhar na Drogaria Hoepcke de Florianópolis por volta de 1941. Era cidadão alemão e chegara ao Brasil em companhia dos pais quando tinha apenas 7 anos de idade. Quando o Brasil declarou guerra à Alemanha foi transferido para a filial da Drogaria de Lages. Mas logo resolveu montar seu próprio negócio e foi em Capão Alto que ele instalou sua primeira farmácia.
Capão Alto hoje é município, mas por volta de 1944 era uma povoação bastante modesta.
Como meu pai estava sempre em busca de novos horizontes, poucos anos depois ele mudou a farmácia para Serril; depois para Braço do Trombudo, e finalmente para Rio Cerro II.
Enquanto isso, para não prejudicar os estudos, eu criança, estudava em Blumenau, morando com meu avô Thomé Braga e minhas tias. Mas nas férias vivia entre o balcão e os frascos de remédios da farmácia.
Neste locais, longe de cidades maiores, não existiam médicos; por isso o farmacêutico era considerado um doutor.
Mas o que me remete agora ao Almanaque Renascim SADOL, relembrado pelo Bonomini, é a expectativa que todos tínhamos, no final de cada ano, com a vinda do Almanaque anual, editado pelo Laboratório Catarinense de Joinville, Os exemplares vinham acondicionados nas caixas dos medicamentos, entre a palha que forrava as embalagens.
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No seu livro “Do Almanack aos Almanaques”, Marlyse Meyer revela que a primeira edição foi publicada em 1946, e com apenas 1.000 exemplares..
Marlyse cita algumas curiosidades. Por exemplo: o depois famoso artista plástico Juarez Machado, joinvilense, teve seu primeiro emprego como desenhista na gráfica e editora do Laboratório Catarinense, onde eram elaboradas as embalagens dos remédios e os almanaques. Ficou três anos ali e só depois de um ano de prática foi autorizado a desenhar para o Almanaque, a verdadeira “menina dos olhos” do Sr. Bornschein, dono da empresa. Até “cartas enigmáticas” passaram pelas mãos do então aprendiz Juarez Machado.
Outro fato interessante: no pós-guerra houve racionamento de papel no país. Considerado como publicação didática, o Almanaque conseguiu ter acesso ao papel necessário à sua impressão.
E também me lembrei de um almanaque que guardo até hoje, herdado de minhas tias: o ALMANACK CABEÇA DO LEÃO (Antigo Manual de Saúde), do Dr. Ayer, edição de 1939, ano em que nasci.
FOTO DA CAPA DO ALMANAQUE
Naquele ano o Almanaque estava completando 87 anos de existência e anunciava os medicamentos do Laboratório do Dr. Ayer:  Salsaparilha, Peitoral de Cereja, Vigor do Cabelo, Pílulas Catharticas (contra prisão de ventre), Digestivo Destex e Linimento de Sloan.
E mais: este tipo de almanaque publicava  a previsão do tempo para os 12 meses do ano (como será que conseguia ?), calendário com hora do nascer e do pôr sol, e do pôr da lua para o norte e sul do Brasil, horóscopo, o que plantar, o que semear, informações diversas (lá está: “Santa Catharina– Pouco maior do que Portugal.”), ou seja, um verdadeiro modelo para os almanaques farmacêuticos que apareceram no Brasil durante o Século XX..
FOTO DA PÁGINA DO MÊS DE MAIO DE 1939
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Os Almanaques optaram por colocar também páginas dedicadas ao entretenimento, com charadas, cartas enigmáticas, palavras cruzadas.
O que mais me intrigava, em criança, eram as “Cartas Enigmáticas”, um emaranhado de desenhos e letras que, decifrados traziam uma bela mensagem.
Encontrei mais recentemente uma carta enigmática que traduzi conforme abaixo:
FOTO DA CARTA ENIGMÁTICA
Uma lâmpada, significando luz
Luz menos z, mais cio = Lucio
Pano costurado, significando costura
Costura menos ura, mais a = Costa
Um pé, menos o p = é
Ovo, menos vo = o
Auto mais r = autor
Dado, menos da = do
Planta, menos ta, mais um o = plano
Pilhas, menos has, mais oto = piloto
Dedo, menos do = de
Brasil mais ia = Brasilia
Tradução da frase:
“Lucio Costa é o autor do plano piloto de Brasília.
E assim, decifrando cartas enigmáticas ou cruzando palavras o brasileiro do século XX passou boa parte do seu tempo.
E ninguém se arrepende disso.
Texto e fotos do Jornalista e escritor Carlos Braga Mueller.

- Jorge Amado

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Mais uma colaboração exclusiva do jornalista e escritor Carlos Braga Mueller
Por Carlos Braga Mueller
BLUMENAU SOB A ÓTICA DE JORGE AMADO
Jorge Amado foi um dos mais prolíficos escritores brasileiros.
Autor de 49 livros, entre os quais muitos romances, alguns de crônicas, contos e memórias, teve suas obras traduzidas em 80 países.
Amado, cujo nome completo era Jorge Leal Amado de Faria,
começou sua carreira de escritor em 1931 com o romance O País do Carnaval.
Nasceu em Itabuna, na Bahia, em 10 de agosto de 1912 e morreu no dia 6 de agosto de 2001, em Salvador.
Zélia Gattai, também escritora, foi a companheira que o incentivou, secretariou, e que sempre esteve ao seu lado, nas boas e nas más horas.

FARDA FARDÃO CAMISOLA DE DORMIR
Em 1979 publicou  Farda Fardão Camisola de Dormir (assim mesmo, sem virgulas ) um romance, ou “fábula para acender uma esperança”, como ele sub intitula a obra.
Uma história pictórica, em que Jorge Amado toma a liberdade de cometer algumas indiscrições contra uma vetusta Academia de Letras. Vale lembrar que ele próprio era membro da Academia Brasileira de Letras.
Farda, porque Amado conta a estóica batalha de um coronel, em busca de uma cadeira na Academia, aberta como sempre pela morte de um dos seus membros.
Fardão, porque os imortais da Academia tem que trajá-lo ( e não custa pouco) desde o ingresso até que se despedem, morrem, mas permanecem “imortais”.
Camisola de Dormir porque um dos personagens assim classifica a nudez de uma de suas mais ardentes e inesquecíveis amantes.
Construído esse cenário, Jorge Amado começa a narrar como funcionam os bastidores onde circulam os literatos, aos quais caberá indicar e votar em um novo acadêmico. E entram aí, digladiando entre si, os mais antigos e respeitados dos membros da Academia,  povoando o universo acadêmico com firulas e fofocas.

E O QUE  BLUMENAU TEM COM TUDO ISSO ?
Interessante é citar que Blumenau ocupa um pequeno, mas significativo, espaço na história, mais especificamente no capítulo ”Os acontecimentos de Santa Catarina”.
Antes de transcrever parte deste capítulo, vale fazer algumas considerações sobre o enredo de Farda Fardão Camisola de Dormir.
O Coronel Agnaldo Sampaio Pereira (nome fictício) se considerava um literato digno de ingressar na Academia.  Mas alguns acadêmicos queriam ver o diabo, não queriam vê-lo lá. Isto porque Sampaio Pereira, integrante do Exército durante o Estado Novo de Getúlio Vargas, era considerado um adepto da filosofia nazista, em uma época em que o governo brasileiro parecia manifestar simpatia pelas ações do nazismo de Hitler e pelo fascismo de Mussolini. O Planeta caminhava, célere, para um conflito que ficaria registrado nos anais como a Segunda Guerra Mundial.

Para melar a candidatura de Sampaio Pereira, alguns acadêmicos descobriram outro escritor tão militar quanto ele, ou talvez até melhor, porque General, de patente superior, apto a concorrer com o Coronel, embora seus escritos não fossem lá essas coisas: tratava-se do General Waldomiro  Moreira, respeitado muito mais que o oponente.

OS ACONTECIMENTOS DE SANTA CATARINA
No livro, em determinado momento, para abafar as manifestações nazistas, pró Alemanha, que ocorriam em Santa Catarina, foi designado para salvaguardar a lei e a ordem em território catarinense o capitão Joaquim Gravatá, oficial educado no amor à Pátria e que, chegando ao destino, seria um ferrenho cumpridor da lei. Gravatá não desconfiava, porém, que movimentos pró Hitler poderiam ter simpatizantes entre os integrantes do Estado Novo, a ditadura implantada por Getúlio em 1937.

Jorge Amadoé quem conta em sua ficção, que beira a realidade:
“Vindo diretamente do meio dos caboclos ribeirinhos para comandar a Companhia sediada em Blumenau, cidade de colonização alemã, o Capitão Gravatá pensou ter desembarcado em terras estrangeiras. Menos pela brancura da gente ariana, os cabelos loiros, os olhos azuis, a inconfortável predominância do idioma alemão sobre o português, mas sobretudo por constatar completo desprezo e freqüente desobediência às leis ditadas pelo Governo – mau ou bom, tratava-se do Governo do Brasil, país independente, situado na América do Sul.
Até bem poucos anos brasileira e pacífica, durante a guerra Blumenau parecia belicosa colônia germânica. Sergipano, favorável à miscigenação, exigente no respeito à soberania nacional, o Capitão aborreceu-se com o que ali viu e constatou. Realizavam-se constantes manifestações políticas, públicas e ruidosas, em clubes, escolas, templos, ruas e praças. Passeatas percorriam a cidade, comemorando vitórias dos exércitos nazistas, conduzindo bandeiras e emblemas, a suástica e retratos do Führer. Desfiles paramilitares, os jovens fardados com uniformes dos SS e dos SA, camisas pardas e camisas negras, marchando a passo de ganso, os braços levantados em saudação aos Chefes, os gritos de Heil Hitler!“Nos palanques dos jardins e parques, pronunciavam discursos exaltados e agressivos- em dialeto bávaro soavam ainda mais insolentes.”
A narrativa de Jorge Amado prossegue contando o que o Capitão
Gravatá fez para instaurar a ordem em Blumenau:
“Ora, as manifestações políticas em recinto fechado ou em praça pública, estavam todas elas proibidas. Também o funcionamento dos partidos, sem exceção. Todavia, o Partido Nacional-Socialista Alemão, cujos órgãos supremos sediavam em Berlim, agia abertamente naquela cidade que, na opinião do Capitão Joaquim Gravatá e da tropa sob seu comando, devia permanecer brasileira.
Disposto a fazer respeitar a lei, o oficial procurou o Prefeito para uma ação conjunta. O antigo Prefeito fora substituído no começo da guerra e o novo acumulava o cargo de chefe da secção local do Partido. Sorriu da ingenuidade do molesto e mestiço Capitão – os decretos sobre concentrações políticas não se referiam às manifestações de júbilo com que a comunidade germânica comemorava as vitórias da Wehrmacht e, quanto ao partido, escapava, por alemão e nazi, das injunções da lei brasileira.
Sorriu de novo, dando o assunto por encerrado. O Capitão não gostou das explicações nem do sorriso e agiu. Apreendeu bandeiras, cruzes suásticas, emblemas diversos, ampla literatura em língua alemã, cartazes com palavras de ordem, inúmeros retratos do Führer e boa quantidade de armas. Fechou a sede do Partido, guardou a chave. O Prefeito revidou com uma passeata, o Capitão a dissolveu, trancafiando no xadrez alguns dos manifestantes mais exaltados.”

Jorge Amado narra que foi então que aconteceu a precipitada viagem do Coronel Agnaldo Sampaio Pereira a Santa Catarina e a Blumenau. Pereira, contrariado, deixou de lado no Rio de Janeiro a campanha para sua eleição à Academia de Letras, e veio resolver a situação criada pelo Capitão Gravatá.
Trazendo instruções dos superiores, não fez por menos: providenciou a imediata remoção do Capitão, contra o qual foi instaurado inquérito militar.
Houve então a reintegração da suástica ao som das fanfarras, os braços para o alto, os discursos e os rugidos de Heil Hitler !
SEM MÁGOAS, FICA O REGISTRO
Esta é a ficção que Jorge Amado colocou  nas páginas 78, 79 e 80 da 3ª. edição de Farda Fardão Camisola de Dormir, lançada pela Editora Record em 1980.
 
Integralistas em Blumenau

Muito do que o livro conta realmente aconteceu, mas ao utilizar  nomes fictícios e fatos ocorridos em ordem não cronológica, Jorge Amado apenas corroborou posições de outros literatos brasileiros, entre os quais Rachel de Queiróz, que no final dos anos 50 escreveu uma crônica na revista “O Cruzeiro”, na época a de maior circulação nacional, criticando os olhos azuis dos blumenauenses e o falar arrastado e germânico da nossa gente.

Jorge Amado, na introdução da obra, esclarece que “Toda e qualquer semelhança com tipos, organizações, academias, classes e castas, figuras e sucessos da vida real será pura e simples coincidência ...”

Não nos move a intenção de tecer aqui críticas ao que se escreveu, em qualquer tempo, a respeito da identidade cultural de Blumenau, seja ela realidade ou ficção; apenas rememoramos Jorge Amado e este seu romance no sentido de agregar ao acervo histórico da nossa terra as manifestações que importantes mestres um dia fizeram sobre nossa cidade.

Mas afinal, como termina a história de Farda Fardão Camisola de Dormir? O Coronel conseguirá eleger-se membro da Academia de Letras ?
Recomendo a leitura do livro, uma gostosa incursão nos bastidores da Academia e nos circunlóquios dos seus ilustres “imortais”.
(Carlos Braga Mueller) Arquivo Adalberto Day e fotos divulgação.
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Já que estamos falando de escritores, aproveito a oportunidade para anunciar o livro do amigo Flávio Monteiro de Mattos  é carioca de nascimento e blumenauense por opção. e de coração, também colunista deste espaço. Sugiro adquirir o exemplar.
e-mail para contato e adquirir o livro:

- Na Vila

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Mais uma bela crônica da historiadora/doutora em Geografia, escritora Urda Alice Klueger nascida no Garcia como eu,  mas além de garcienses somos  blumenauenses. 
                                   (Para S. R. V. S.)

A VILA
Por Urda Alice Klueger                                  
A Vila estava ali – foi-se desenvolvendo ao longo do tempo, uma casa hoje, outra ano que vem, pastos com vacas, carreiros para carroças, morros com velhos brabos, a pedreira do seu Thomé, de onde se tiraram os paralelepípedos para a Rua XV, menino brincando com caminhões de madeira, a casa de comércio, sonhos e energias que circulavam, sílfides e outras crianças que nasciam... A Vila crescia, se esparramava, mandava energias para o entorno, trocava as carroças por automóveis antigos, trocava velhos acordeons por músicas de Roberto Carlos, a descendência do homem da pedreira crescia e se multiplicava como em alguns episódios bíblicos, na casa de comércio se tomava Laranjinha com pão e linguiça nas tardes de preguiça, quando meninas douradas ajudavam a arrumar as prateleiras...

                                   A partir de certo momento, estrangeira que era, vi-me tão envolvida com a Vila como se tivesse sido presa lá por cadeados de tão resistente aço que nunca mais se abriram. Disse: era estrangeira, nunca poderia fazer parte da Vila. Então havia que estar lá do jeito que dava: no silêncio das noites, parada, silenciosa, nos aceiros que ligavam as roças simples aos jardins que tinham as mais magníficas flores, tentando aspirar, na aragem, alguma molécula de perfume que as flores espalhavam sem saber, ou simplesmente sentindo o vibrar da Vila, quieta, imóvel dentro da velha carruagem puxada à lua, sentindo a intensidade daquele lugar que tanto podia, que tudo podia na minha emoção, sentindo o vibrar das energias da Vila, energias que pulsavam na mesma velocidade do meu coração que amava àquela Vila porque lá era o lugar sagrado onde, na caverna sagrada, sílfides de luz existiam e davam sentido ao fato de eu existir.
                                       
Vila rua da Glória
Também havia outro jeito de estar lá, e era quando dormia e saía vagando dentro dos sonhos. Os sonhos eram mais complexos – na verdade, eram atrozes, porque neles a minha nacionalidade estrangeira não importava, e eu andava pela Vila toda procurando, procurando, porque houvera alguém dentro do meu sono que dissera que o tesouro maior estava lá e eu poderia acha-lo. Noites terríveis eram aquelas, tantas vezes repetidas – afundei os caminhos da Vila com meus pés descalços de sonâmbula, e de todas elas despertei em profundo pranto, por causa da realidade da ausência – a Vila continuava sendo um mistério e um escrínio pejado de coisas maravilhosas, e nada daquilo estava ao meu alcance.
Igreja Nossa Senhora da Glória
                                             Penso, agora, como pude suportar a alegria do outro dia, tão imensa e maravilhosa era! Até agora custo a entender que aquilo aconteceu mesmo! De repente, eu estava na Vila, no Templo da Vila, lugar sagrado, impunemente sentada ali ao lado de uma das sílfides, e havia um halo dourado contornando tudo e ninguém parecia se importar com a minha condição de estrangeira nem que estivesse sendo recebida por um daqueles seres mágicos que exalavam aromas, como as flores. Mantive-me atenta ao que dizia o sacerdote, mas dentro de mim era tão imensa e intensa a alegria que, repito, não sei como podia suportar! Aquele era um templo de milagres e a magia andava solta, em girândolas coloridas por todos os lados – eu havia chegado à Vila! Dentre outras coisas, a água que se bebia lá era translúcida e brilhante, capaz de matar todas as sedes!
                                            Nossa, que caminhada longa que fora, e talvez nunca mais tenha outra oportunidade como aquela! Mas como valeu a pena!

                                            Blumenau, 06 de Março de 2016.

                                            Urda Alice Klueger
                                            Escritora, historiadora e doutora em Geografia.

Arquivo de Adalberto Day/Cientista social e pesquisador da história em Blumenau.

- Necrológio Irmã Martha Kunzmann

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Necrológio Irmã Martha Kunzmann
Casa - Schwester Martha Kunzmann e sua bicicleta
Esta casa ainda se encontra no local, na Rua Amazonas, 4075 nos fundos da Padaria e Confeitaria Ki-Baguetti. Schwester Martha Kunzmann, (carinhosamente chamada pela comunidade de “O Anjo Branco”) que além de parteira era muito popular, devido a prática de caridade e espiritualidade, sem distinção de confissão religiosa. Com sua bicicleta (em outubro de 2004 este tão importante patrimônio que tanto significou para a comunidade Garciense, foi roubado) se locomovia para atendimento em diversas localidades do bairro. Depois a substituiu por pouco tempo Frieda Claus”. Este local era conhecido como “Kindergartenschwester” (Irmã de Jardim de Infância) em 1935 foi contratada especialmente para dar início aos trabalhos junto ao jardim de infância, que em sua origem era semelhante a uma escola, Schwester Martha Heimmuhle. A partir de 1961 com o nome definitivo de “Jardim de Infância Dr. Blumenau” sito a rua Amazonas nº 4075, de propriedade da Igreja Bom Pastor – paróquia Garcia Rua Amazonas nº 3839. A primeira presidenta desta sociedade foi a Sra. Else Huber esposa de um dos fundadores da Artex, Sr. Otto Huber.

NECROLÓGIO IRMÃ MARTHA KUNZMANN
Necrológio: Texto geralmente elogioso, escrito ou falado sobre pessoas falecidas, elogio fúnebre, parte de uma publicação periódica onde se noticiam falecimentos. Obituário.
Obs.: o que está entre colchetes, não consta no original, são acréscimos meus para esclarecimentos.
Tradução: Osmar Hinkeldey presidente da Paroquia Bom Pastor do Garcia.

                                                            Jesus Cristo diz:  “ [Não temas; eu sou o primeiro e o último] e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno”
                                                           Apocalipse 1,18

No domingo da Páscoa nossa Irmã Diaconisa Martha Kunzmann
foi chamada por Deus para a Sua paz.

Irmã Martha nasceu em [11/10] 1901 em Eisingen/Baden num vasto círculo de irmãos.
Dois anos após sua formação como parteira, ela entrou em 1929 como estagiária na Casa Matriz de Wittenberg e seis meses depois foi enviada para o Brasil onde assumiu uma missão em Blumenau.
Após cinco anos, obteve as primeiras férias, retornou para Wittenberg e ali em abril de 1936 foi instalada como diaconisa e recebeu a bênção.
Em outubro do mesmo ano retornou para Blumenau.
Durante o período da guerra trabalhou no Brasil e aqui entrementes soube que a Casa Matriz de Wittenberg foi assumida pela Casa Matriz Kaiserswerth, sendo que seu trabalho no Brasil passou a ser conduzido por esta Casa de Irmãs.
Somente em 1951 a Irmã Martha obteve novo período de férias para retornar à Alemanha.
Até 1961 trabalhou em Blumenau e então retornou à terra natal e teve que deixar o trabalho diaconal que tanto amava.
Até o início de sua aposentadoria a Irmã Martha ainda trabalhou alguns meses em Kaiserswerth em um ambiente que congregava pessoas aposentadas, antes de retornar a sua Comunidade natal.
Também ali na sua Comunidade natal permaneceu ativa por mais alguns anos, até sua aposentadoria definitiva.
Só podemos supor o quão rica e realizada esta Vida chegou ao seu destino.
Deus conduziu amigavelmente a Irmã Martha e misericordiosamente a protegeu de uma enfermidade prolongada.
Juntamente com seus parentes estamos de luto e sabemos que a Irmã Martha está junta com o Cristo ressuscitado.

                                                 Em nome da Casa das Irmãs

O funeral será na quarta-feira dia 14 de abril de 1982 no Cemitério da cidade natal.
                                                
 ( assinado )  

Kaiserswerth, 13 de abril de 1982
 
AGG - Ambulatório Geral Schwester (Irmã) Marta Elisabetha Kunzmann
... e todas as luzes ... se acenderam ...
O dia 12/Setembro/2008 ficará gravado na história deste nosso Grandioso Bairro e as solenidades e festividades deste presente momento representará, simbolicamente, todo um grande período de uma época com toda uma somatória de fatores, de acontecimentos, de movimentos, de desempenho, de coragem, de mobilização, de sofrimentos, de perseverança, de bravura, de determinação ... e, principalmente de “orgulho” - “orgulho pelo dever cumprido”, “orgulho por fazer justiça”, “orgulho pela união” ... e, “orgulho pela conquista”. 
Para saber mais acesse:
Schwester Martha Kunzmann
AGG – Ambulatório Geral do Garcia
CORAL MISTO GARCIA 
OASE – Ordem auxiliadora de Senhoras Evangélicas

- Godofredo Heiden

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Memorial à Godofredo Heiden
Por André Luiz Bonomini
Senhoras e senhores, amigos e amigas de A BOINA: Godofredo Heiden (Arquivo Pessoal / André Bonomini)
(Escrito em 13 de outubro de 2016)
É dia 13 de outubro, pós-feriado, chuva no ar, e pela mente corre os acordes de Mário Zan, inigualável acordeonista cujas notas de suaTodeschini me fazem correr brevemente para um momento da infância/adolescência. Hoje, dei um breve breque nas minhas notícias diárias para prestar uma reverencia única ao meu avô, homem histórico para o Garcia e inspiração até para o nome de nosso espaço:Godofredo Heiden.
Foi no 13 de outubro de 2014que ele despediu-se de nosso convívio, partindo com 101 anos de vida bem vivida e registrada em histórias e mais histórias de um passado distante e um tanto inocente. Quis o destino que sua partida para junto de minha avó – Maria Heiden – fosse num dia 13, seu número preferido, e numa segunda-feira, onde há algum tempo e quase que religiosamente, exercitava os dons de bailador no salão do CSRCT Garcia-Jordão, onde também tinha recordações mil dos tempos de grande atirador… Quantos caprichos da vida.
Os pais: Ida Baumgart e Henrique Heiden (Arquivo Pessoal / André Bonomini)
Godofredo, último dos irmãos da numerosa família de Henrique Heiden e Ida Baumgart, nasceu num dia 19 de junho de 1913 na ainda diminuta cidade de Brusque, que ainda descobria-se como o berço da fiação catarinense. Um ano em que ainda se ouvia falar de Áustria-Hungria, de política do café-com-leite, imigração e que a guerra estava perto nas monarquias da Europa. Em busca de uma vida melhor, a família atravessou a primitiva estrada de Guabiruba (hoje chamada coloquialmente de SC-420) a pé, levando muitos dos pertences em um baú surrado rumo a Blumenau, onde estabeleceu primeira residência na Rua Belo Horizonte, bairro Glória.
O jovem Godofredo (Arquivo Pessoal / André Bonomini)
Jovem, espoleta mas trabalhador, Godofredo começou a garimpar a vida mesmo nas fileiras daEmpresa Industrial Garcia (EIG), decifrando os segredos dos clássicos teares que costuravam o progresso do bairro que emergia a sua volta. Longe do parque fabril, Godofredo aprendera a domar uma de suas grandes paixões na vida: A gaita. Uma aparentemente tímida gaitaHohner de botão, importada da Alemanha, com 12 baixos, muitas belas canções tocadas e muitos causos contados.
Era um tempo mais raçudo dos músicos que tocavam tudo de ouvido e aprontavam as maiores nos bailinhos da região. Alias, entre bailes e contos de antigamente Godofredo tinha uma caixa cheia de histórias, ávidamente ouvidas por mim independente de quantas vezes ele as contasse para mim. Até posso ver a imagem daqueles dias: Sentado na mesa da cozinha, implorando para que me repetisse algum daqueles causos e ouvindo com a curiosidade saudável de uma criança.
A famosa Hohner da década de 30 ou 40. Originalmente de oito baixos, com mais 10 colocados e uma escala de quatro notas a mais (Arquivo Pessoal / André Bonomini)
Se eu fosse contar todos os causos de Godofredo aqui iriamos ter um quase-livro neste post. O dia de furou o fole da gaita depois de uma bebedeira inocente; os causos do sr. Vicente, que dizia ter visto o diabo na Rua Julio Heiden e quase matou um homem com tantos tiros na cabeça; as viagens para Iguape e São Paulo, começando com Malária e terminado cercados de jagunços; a perda do pai justo no dia que fora desligado do quartel; os causos do temo do táxi, do armazém de secos e molhados e por ai afora… Não duvide, leitor amigo e amiga, eu ainda vou contar mais sobre eles aqui no blog. Questão de tempo.Mas ah, Dindo…as histórias que nunca esqueço. Elas moveram sua existência de tal maneira que tornaram-se retratos da história e da batalha de um pai de família que apenas queria construir uma vida tranquila para a Dinda e para os seus na esquina do Progresso com aGuarapari, onde moramos até hoje. A vida permitiu que ele encontrasse o amor junto de minha avó e, dele viessem cinco rebentos que, direta ou indiretamente, carregam um pedaço de você, assim como hoje carregam em suas lembranças. 
O amor da vida: A jovem Maria Heiden (Arquivo Pessoal / André Bonomini)
Entre as tantas ocupações de vida – nos teares, como taxista, dono de armazém, músico e entregador – talvez uma das mais nobres tenha sido a ocupação de avô. Das histórias contadas no berço e lições que tomava nas broncas que dava, Godofredo sabia como arrancar um sorriso de quem o visse. Tinha aquele jeito bonachão de um bom senhor alegre com a sabedoria de quem havia vivido tantas coisas em um tempo tão longo. A vida foi-lhe generosa em lhe dar uma resistência tão grande quanto o carvalho, muito embora, assim como nós mesmos, as árvores também partem.
Não há mais as reuniões animadas dos netos e sobrinhos na cozinha apertada dos fundos do 2405, como haviam no passado, não há mais a gaita rasgando a noite para abafar os sons dos programas políticos, o cheiro de galinha ensopada no velho Dako vermelho, os pães amassados junto de minha avó, o terço da Rede Vida rezado e intercalado com cochiladas da idade e nem a presença constante do vigilante moço de boina branca cuidando dos gatos e jogando papo fora no velho banco.
Mas hoje não é um dia para entristecermos, talvez até o velho senhor cujo nome em alemão significa a paz de Deus não quisesse assim. Nada destas memórias é motivo para nos encolhermos no nosso canto lamentando, pois figuras históricas e marcantes de nossa vida não morrem por completo, deixam pegadas na trilha de nossas lembranças e que fazemos de tudo para que não se apaguem. E, como neto, como esquecer Godofredo e suas histórias?
Amigo leitor, amiga leitora, sei que devo ter me alongado muito neste memorial, mas quando se trata de uma figura história – além de um amado avô – não posso me omitir a poetizar. Se você, Dindo, estiver lendo em algum lugar lá em cima, ao lado da Dinda e de outros tantos entes queridos e personas históricas do Garcia, saiba que tudo está bem na terra, pelo menos no nosso lado. Sentimos sua falta, é verdade, mas eu e tantos outros parentes e amigos não deixamos de toma-lo como inspiração na vida, a começar por mim e pela boina que, independente do que os outros falam e difamam, está na minha cabeça como herança constante de seus ensinamentos.
Obrigado sempre, Dindo! Um dia nos vemos por ai!
 Arquivo de André Bonomini
Leiam: A Boina
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Adendo de Lauro Eduardo Bacca que entrevistou o senhor Godofredo.
ENTREVISTA COM O SR GODOFREDO HEIDEN, em 13/06/2006.
Data de Nascimento = 19/06/1913
Local = Guabiruba, então Brusque – SC
Cônjuge = Maria Constant
Endereço = Rua Progresso, 2.405 – Blumenau – SC
Entrevistador = Lauro Eduardo Bacca
Data da entrevista = 13 de junho de 2006, aos 93 anos menos três dias do entrevistado.
Local da entrevista = residência do entrevistado.
Observações do entrevistador entre [ ... ].
Dados da Entrevista:
O Sr. Godofredo informou:
- que tinha 19 anos e sua esposa tinha 16 anos quando casaram-se;
- que foi casado durente 69 anos, até sua esposa falecer e que tiveram cinco filhos e mais um adotado.
- que é sobrinho de Júlio Heiden, nome de rua no bairro Progresso em Blumenau;
- que se criou na localidade de “Russolana”, em Guabiruba, [que no mapa IBGE 1:50.000, folha de Botuverá, aparece atualmente com o nome de Sibéria];
- que já mora há mais de 60 anos em Blumenau;
- que foi o primeiro a ter carro da Artex para cima, em Blumenau, uma camionete Chevrolet 1934;
 
- que morou na casa com fundos de madeira e bela frente tipo enxaimel, que existiu até 02/05/2006 na esquina par da rua Guarapari com a rua Progresso, onde também teve casa de comércio, ou seja uma venda de secos e molhados quando a filha Julia tinha três anos e que ali permaneceu pagando aluguel por 18 anos e dois meses, onde tinha duas canchas de bocha, onde ele tocava gaita e era a única venda que tinha na região, mudando-se depois para a outra esquina da mesma rua, onde está desde cerca de 1960;
- que pegou dois ou três anos de Guerra quando tinha a venda e que nesse período tudo era mais difícil, racionado, como o açúcar, por exemplo;
- que mudou-se de Guabiruba para Blumenau quando tinha seus sete anos, [portanto em cerca de 1920], para morar na rua Belo Horizonte, atual bairro da Glória, e que por isso, pouco se lembra dos primeiros anos passados na Russolana da Guabiruba, mas informou que na Russolana o pai tinha Engenho de Farinha. Não se lembra de ter tido serraria lá, mas antes de nascer o Stefano (Lauritz ??) tinha uma, naquela localidade;
- que do Garcia, quando veio de muda, lembra-se da Empresa Industrial Garcia;
- que morou 30 anos sem luz elétrica e que por muito tempo usou luz de bateria;
- que seu pai caçava, adentrando no mato e chegando até onde nasce o Ribeirão Garcia;
- que caçava também, junto com o irmão João, que na primeira vez pegou porco (o de queixo branco, [portanto o queixada] na corrida, pois não caçava com cachorros. Já os parentes da rua da Glória caçavam com cachorros;
- que gostava de caçar mais “passarinho”, [denominação usada para aves em geral] e que caçava de tudo: jacutinga, jacupema, etc. Jacutingas chegou a ver seis numa árvore, quando já morava em Blumenau;
- que conheceu quase todas as cabeceiras do Garcia (caçando) e que conheceu o Bepe quando já tinha duas filhas e quatro filhos;
- que para ir ao Bepe o pior trecho de passagem era o morro após a Serraria do Moretto, que antes passava por cima, agora é por baixo, evitando o tope feio;
- Informou que conheceu a Nova Rússia já pelo caminho atual [e não pelo acesso através do Jordão];
- que em Blumenau conheceu tudo. Especificamente sobre as matas do atual Parque Nacional, lembra que na Terceira Vargem tinha uma Serraria dupla, tocada com uma única caldeira (locomóvel) e que lá tinha também umas 4 ou 5 casas, a estrada no meio e a serraria do lado direito;
- que o Leopoldo Zahrling tinha Serraria na Nova Rússia, especificamente na Segunda Vargem e na Terceira Vargem a serraria dupla;
- que o Leopoldo Zahrling tinha 400 toras cortadas no mato, na Terceira Vargem, mas chegou à conclusão de que era mais lucro deixá-las apodrecer no mato do que puxar até a serraria para serrá-las;
- que o Knapel [que outros entrevistados chamaram de Knapa e um outro supõe ser Knaper] tentou buscar estas toras. Quando veio embora, no topo do morro olhou para trás e viu fumaça ... (A Serraria da Terrceira Vargem estava queimando)?;
- que na região do Bepe chegou a existir uma serraria, na região de Águas Pretas;
- que foi comerciante, tinha 5 – 6 cavalos e com eles ia para o Encano;
- que o Tallmann tinha uma Serraria no Encano junto com o Sr. Masen;
- que sobre possíveis áreas de mata ainda virgens, informou que entre o Jordão e a Nova Rússia, o Sachtleben tinha 120 morgos de terra, “que ia até Gaspar e não deixava cortar nada” e que mais para dentro, no seu tempo, era tudo mata virgem e que uma vez viu seis canelas (-pretas) de cerca de um metro de diâmetro, na Buraqueira, no Encano;
- que nas Minas (de Prata) era muito ruim para subir, para ir a pé para o Encano;
- que na Chapada (ponto mais alto da estrada, então caminho que ia para o Encano), viram revirado de terra de porco, com pegadas fresquinhas de onça-pintada e que a água ainda estava suja da sua presença;
- que viu a onça-pintada morta na Toca da Onça em Blumenau, sobre um Ford 1948;
- que subiu o Spitzkopf várias vezes e que uma vez desceu pela água e saiu no Encano;
- que não sabe se ainda tem mata virgem no Spitzkopf, pois “tiraram muita madeira”;
- que sobre acidentes de caça soube de um genro do Roepke e que na família houve um acidente desses;
- que seu irmão João sempre dizia que ....///????;
- Sobre sua vida social, contou que entrou como sócio do Clube de Caça e Tiro Jordão depois da II Grande Guerra e que foi Rei do Alvo ou Rei do Tiro e que suas filhas foram damas e ele foi ainda duas vezes Primeiro Cavalheiro e uma vez Segundo Cavalheiro e que o café do Rei era na casa do Rei, mais ou menos como hoje. Tocava também na Orquestra Jazz Ideal, que se apresentou no Teatro Carlos Gomes, no Hotel Elite; tocava um acordeão italiano, muito lindo, que vendeu para poder comprar uma camionete pick-up e saiu da orquestra em cerca de 1942.
- Ainda sobre suas atividades, foi taxista por 20 anos, foi mascate na região do Alto Vale do Rio Itajaí do Norte e que ia com o seu carro, junto com o vendedor Alfredo Krug e que ainda foi tecelão por 17 anos, sendo 13 anos na Empresa Industrial Garcia e 4 anos na Artex S/A.
- Voltando ao assunto CAÇA, disse que comentava-se que iam proibir a caça por 5 anos mas que a proibição permaneceu até hoje;
- que seu pai chegou a matar jacutinga até num cafezalzinho que tinha;
- que nos últimos anos que caçaram, mataram 31 jacutingas em três caçadas, na área do Moreira Bastos (no Braço do Encano) e que não matavam mais por que não tinha como carregar os bichos mortos;
- que aos sábados, na rua Progresso, diante de sua Venda, “era só carroça passando e latidos de cachorros” do pessoal que se dirigia às matas do Garcia e Encano, para caçar nos fins de semana;
- ainda sobre bichos de caça, comentou enfático: “oh, comemos muuuita carne de anta e que viu uma sendo carneada no Bepe e naquela mesma manhã, pelas dez horas, vieram com mais um veado abatido e que uma semana após viu outra anta.
- sobre ideia de reintrodução, ele acha que daria certo “só se os caçadores não caçarem mais”;
- informou ainda que parou de caçar quando foi proibido, “para não ser preso, ir para a cadeia” e que não tinha graça ir caçar com medo dessa possibilidade;
- Sobre o Parque Nacional da Serra do Itajaí, disse “que é bom ...”,  apenas;
- Sobre SECAS, disse que nos fundos de seu terreno, que tinha mais de 600 metros de fundos, um ribeirãozinho chegou a secar, mas não se lembra o ano;
- sobre o nome do morro Bugerkopf, disse que sempre o conheceu com esse nome;
- sobre ÍNDIOS, disse que seu pai chegou a ver um mas ele mesmo não viu.
[FIM da entrevista].

"arquivo de Lauro Eduardo Bacca e Parque Nacional da Serra do Itajaí"

- Frederico Kilian

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Frederico Kilian nasceu em 8 de julho de 1898, em Palhoça (SC). Filho de Eduardo Kilian e Helena Burckardt, casou-se na década de 1920 com Gertrudes Müller. Desta união nasceram os filhos Orla, Horst, Ursel,Helma e Fritz. Kilian colaborou em diversos segmentos da sociedade. Foi professor, escrevente juramentado do Cartório Frederico Müller de Indaial e Escrivão de Paz em Massaramduba. Durante muitos anos manteve a coluna Efemérides na Revista Blumenau em Cadernos e foi tradutor de artigos extraídos dos jornais Blumenauer Zeitung e Der Urwaldsbote.Frederico Kilian faleceu em 4 de janeiro de 1995, aos 96 anos.
(Fonte: Arquivo Histórico José Ferreira da Silva / Fundação Cultural de Blumenau)
Mais uma bela crônica da escritora, historiadora Urda Alice Klueger. Fala de um dos cidadãos mais conhecidos pelos blumenauenses principalmente na parte de grande memorialista que foi o senhor Frederico Kilian. morou por muitos anos na rua amazonas próximo a antiga fábrica TECELAGEM união.
Por Urda Alice Klueger.

Meu tipo inesquecível
Ele nasceu no finalzinho do século passado, e seu sonho era o de viver em três séculos diferentes. Com o maior bom humor, planejava alcançar o ano 2.000, coisa difícil, que acabou não dando certo, mas que o fez sonhar muito.
Seu Frederico Kilian tinha 54 anos quando eu nasci, mas só fui conhecê-lo quando ele já passara dos oitenta. Era um homem pequenino e baixinho, que parecia ter encolhido com a idade. Como não o conheci quando mais jovem, fiquei sempre com a impressão de que encolhera mesmo.
Seu Frederico Kilian me deu a maior lição de vitalidade e de amor à vida que jamais tive. Lúcido, alegre e brincalhão quase até o fim, cheio de incontestável energia física, ele me impressionou desde o dia em que o conheci. Fiquei a observá-lo com muita atenção por algum  tempo, até que nos tornamos amigos. Que amigo que era seu Frederico! Beirando os noventa anos, tinha um pique difícil de acompanhar. Todas as tardes podia se encontrá-lo a caminhar pelas ruas, no seu passinho ágil e miúdo, sempre com destino certo.
– Para onde vai, seu Frederico?
Ia sempre visitar alguém, e parava para me contar que na véspera visitara o amigo tal, que tivera um derrame e estava paralítico, e abanava a cabeça com pena:
– Os meus amigos estão acabando! Quase todos estão doentes ou morreram!
Era uma constatação lúgubre, normal na avançada idade dele, mas ele não se deixava abater. Mudava logo de assunto:
– Hoje à noite...
Sempre tinha um plano para a noite, depois da visita da  tarde. Comparecia a todos os coquetéis, vernissages e outros eventos que acontecessem na cidade. Eu freqüentava os mesmo ambientes que ele, e nas festas, abismava-me com o seu pique: se havia uísque, ele bebia uísque: se havia vinho, ele bebia vinho; se havia cerveja, ele bebia cerveja, e assim por diante, numa demonstração de vitalidade que a gente julga presente só nos jovens.
Nas manhãs, ele trabalhava. Exercia sua antiga profissão de fazer inventários, fazia traduções para a revista Blumenau em Cadernos, escrevia textos. E era galante o nosso velhinho, ah! como era! Não perdia manifestação pública, e lembro bem da Copa do Mundo de 1986, quando, numa das primeiras vitórias do Brasil (só houve as primeiras, mesmo), eu fui com minha turma festejar no carnaval que, aqui em Blumenau, acontece na Rua XV de Novembro. Seu Frederico Kilian, com seus 88 anos, lá estava no carnaval do Brasil, dançando e fotografando. Dançou samba comigo no meio da rua, num arrasta-pé que abriu a roda e fez todo o mundo por perto aplaudir. Agradeceu, depois, a ‘marca’, como se estivesse em elegante salão de baile.
Ele gostava da minha companhia, e, galantemente, convidava-me para festas mais solenes, aos sábados, aonde íamos de braços dados. Tenho as fotografias dessas ocasiões para lembrar-me com saudade.
Mais que ninguém, seu Frederico gostava de viajar. Beirando os noventa anos, decidiu fazer viagem em navio de turismo até o extremo sul da América do Sul. Era um mês no mar, e a família julgou que voltaria morto. Preocupados, os familiares sequer o deixaram volta com o navio até Santos: forma de carro, buscá-lo no porto de Rio Grande/RS. Esperavam encontrar lá um velhinho derreado, mas seu Frederico saltou do navio lépido e faceiro, delirantemente aplaudido por todos os passageiros. Tinha sido eleito o passageiro mais simpático, tinha gravado entrevistas com todo o mundo do navio, e, ah! ele delirava ao contar! – num baile à fantasia, fantasiara-se de beija-flor para poder beijar todas as moças! Assim era seu Frederico!
Depois dos noventa anos, ainda fez muitas viagens. Creio que a mais ousada foi ter ido conhecer o Egito, e se aventurado a andar de camelo, lá pelos 92 anos. A família já não o deixava viajar sozinho, e a gente via que aquilo não lhe agradava muito.
Ele faleceu nos primeiros dias de 1995. Só ‘baixara a bola’ nos últimos meses, e quando o vi pela ultima vez antes da sua morte, ele ainda estava planejando escrever um romance. Contou-me todo o enredo do romance, sobre uma moça que se suicidara em Blumenau no final do século XIX. Talvez, algum dia, eu escreva o romance por ele.
Seu Frederico Kilian sonhava em viver em três séculos diferentes, e não conseguiu. Mas como viveu intensamente os 96 anos de vida que Deus lhe deu! Quero, um dia, ser uma velhinha como ele!

Blumenau, 17 de agosto de 1996.
Urda Alice Klueger
_________________________________________
Adendo do Ecólogo Lauro Eduardo Bacca
Obrigado Urda por nos fazer lembrar do amigo Kilian, que caracterização bonita e perfeita do homem e cidadão, parabéns!
Reforço o seu gosto por passear: Kilian foi numa excursão da Acaprena ao Pantanal Mato-grossense aos 88 anos. A certa altura da viagem ele "desapareceu". Cadê seu Kilian? está no banheiro do ônibus? Não! estava lá na frente, com o motorista, sentado sobre o capô do motor, caderninho à mão, tomando notas, não é fantástico? Depois, em Porto Jofre, o pessoal saiu prá caminhar. Bem consciente da sua condição física, ainda que invejável para a idade, participou, mas, ao invés de caminhar 1,5 hora de ida e outro tanto de volta, fez 45 mim respectivamente. Vou enviar uma foto dele bem longe, na transpantaneira!
Depois, aos 90 anos, foi conosco a Urubici e morro da Igreja. Dormiu sobre uma carroça, num galpão de fazenda com uma fresta de mais de meio metro de altura entre o chão e a grande porta de madeira de entrada, junto com todos, alguns em saco de dormir no chão batido, outros sobre montes de capim seco para o gado. Dia seguinte lá foi ele, com mais alguns que não foram a pé, sobre uma espécie de "galhota" (carroça de duas rodas) puxada a trator, atravessar por dentro do rio Cachoeira.
No morro da Igreja, no tempo em que ainda era possível adentrar na área da Aeronáutica, caminhando por quase um km pela via interna, uma rajada de vento de quase 100 km/h o derrubou sobre umas pedras, felizmente, sem consequências maiores que um muito pequeno corte em uma das mãos. Grande Kilian!

- S.R.D. Centenário

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Sociedade Recreativa e Desportiva Centenário.

Rua Centenário, 240, Bairro Val Paraiso no Grande Garcia.
O bairro possui a Sociedade Recreativa e Desportiva Centenário, fundada em 8 de janeiro de 1950. Após três anos, adquiriu-se a área onde foi edificada a sede.



História:
Com um convite feito pelo senhor Johann (João) Iten reuniram-se na propriedade do mesmo no segundo pavimento (foto do local) no dia 08 de Janeiro de 1950, 47 abnegados do Garcia e região e fundaram a S.R.D. Centenário.  A Origem do nome foi que neste ano se comemorou o Centenário de fundação da cidade de Blumenau.
    
Foi neste prédio ao centro (foto) sito a Rua Amazonas,4200, no segundo andar que foi a reunião. Neste local na parte de baixo era o Comércio muito famoso do senhor João Iten. Ao lado Bar e Cancha de boxa. Por bom tempo foi o conhecido Bar Tubarão. Outros também tiveram o comércio e bar depois do senhor João Iten. A Sociedade inicialmente realizava suas festas e atividades  no segundo pavimento deste prédio.
Nesta reunião de amigos, formou-se a primeira diretoria do clube, que ficou assim constituída:
    Francisco Klutzke - Presidente
    Fritz Hochleitner - Vice Presidente
    Rolando Misfeldt - Primeiro Secretário
    Nélio da Silva Fontanela - Segundo Secretário
    Alfredo Olegário - Primeiro Tesoureiro
    Osvaldo Huewes - Segundo Tesoureiro
    Armando Silva - Conselho Fiscal
    Gustavo Maas - Conselho Fiscal
    Oscar Lindner - Conselho Fiscal
    Athanasio Moritz - Cobrador
    Otto Freygang - Cobrador

    Na presidência do Sr. Cristiano Theiss, foi adquirido uma área de terra com 4.000 m2 no ano de 1953.  
     A construção da atual sede, teve inicio na presidência do Sr. Johann Iten e sua conclusão na presidência do Sr. Gerhard Schmidt.
     Em 1980 tendo como Presidente o Sr. Frederico Huscher, foi adquirido um terreno de 12.000 m2.   
     Atualmente o clube ocupa uma área de 16.000 m2.
     O clube conta hoje com uma moderna Sede Social e ainda, Canchas de Bolão com Salão de Festas, Piscinas, Campo de Futebol Suíço, um Pavilhão com modernas Canchas de Bocha, Ginásio de Esportes e um Pavilhão de Festas.
     O Clube participa de diversos eventos esportivos, sendo Campeão Estadual de Bolão 23 Feminino e Campeão Brasileiro de Bolão 16 Feminino. 
    Atualmente o clube participa de Torneios e Campeonatos de Bocha Masculino e Feminino.
Fotos antigas do clube:


Antigas instalações




Construção do prédio atual em 1958


Concurso da rainha de 1958


Concurso da Rainha de 1960


Festta de Natal em 1958

 Arquivo Roberto Schmidt e Adalberto Day

- O último Olímpico e Palmeiras

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Nos últimos anos nas década de 1940 até 1970, o clássico principal da cidade de Blumenau era entre as equipes do Grêmio Esportivo OlímpicoPalmeiras Esporte Clube.
Nesses período existiam outras grande equipes em Blumenau, o Amazonas Esporte Clube do Bairro Garcia que chegou a dominar muitas vezes o cenário esportivo da região, e assim o Guarani da Itoupava Norte que levantou o titulo citadino em 1963, ASociedade Desportiva Vasto Verde do Bairro da Velha.
Tarcísio Torres com a camisa do Flamengo e do Olímpico. Encerrou sua carreira entre 1972 e 1974 no Glorioso Amazonas Esporte Clube
Dérbi Olímpico e Palmeiras o derradeiro.
Tarcísio Torres marca o último gol do derradeiro jogo entre G.E. Olímpico e Palmeiras de Blumenau
Bons Tempos
O último clássico entre Palmeirase Olímpico, de Blumenau foi realizado no dia 22 de novembro de 1970. Nessa ocasião o G.E. Olímpico encerra as atividades de seu futebol profissional. Vários jogares do clube grená, vão vestir a camisa do arquirrival Palmeiras. Entre Ele Tarcísio Torres que havia marcado o último gol desse confronto, Mauro Longo, Britinho, Coral, Rubinho e outros.
 O assíduo leitor Rafael Dalagnolo do Jornal Santa, fez uma pertinente pesquisa sobre esta partida e brinda a coluna com o histórico momento.
Coluna Passe Livre comandada por Cláudio Holzer.
Relato
Transcrevi as matérias publicadas no jornal A Nação do dia 22 de novembro e do dia 24 de novembro de 1970 (a cobertura da “pelejá”, como dizia na época). Procurei manter a grafia exatamente como a do jornal.
Rafael Dalagnolo, de Blumenau

“O quadro palmeirense embora sempre inferiorizada nas ações, deu conta do recado até levar, no curto período de 120 segundos, os tentos que praticamente deitaram por terra as suas pretensões no maior espetáculo do esporte de Blumenauense”. Isso aconteceu no tempo inicial. Aos 36 minutos, Jorginho envolveu ao lateral Adalberto e ergueu centro que o avante Sado escorou com certeiro golpe de cabeça.
            Aos 38, dono da situação no setor direto de sua retaguarda, ao invés de tocar a bola pela lateral, entendeu o zagueiro Krueger de recuá-la para o zagueiro Jorge. Fê-lo defeituosamente, oferecendo a Tarcísio, atento ao lance, a chance de apanhar a esfera e desferir arremesso indefensável ao fundo das malhas.
            “O Olímpico tratou de segurar a vantagem na segunda etapa, sem se perturbar com as manobras mal organizadas pelos palmeirenses”.
OLIMPICO: Batista, Coral, Brito, Jairzão e Gonzaga; Mauro e Chiquinho; Jorginho (Gauchinho), Sado, Tarcísio e Rubinho.
PALMEIRAS: Jorge, Osvaldo, Krueger, Edgar Lopes e Adalberto; Gentil e Luiz Carlos; Zinho, Leal (Anísio), Parobê e Oreco.
Placar:
                      Olímpico   2 x 0    Palmeiras 
Local: Baixada em Blumenau estádio do Olímpico.
Para saber mais sobre a história das duas agremiações, clique nos links:
Acervo Adalberto Day

- Avião com delegação da Chapecoense cai na Colômbia

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Site oficial da Associação Chapecoense de Futebol

Tragédia: avião da Chapecoense cai na Colômbia e 71 morrem
Para saber mais Clique em

https://goo.gl/yjMns6 


Tragédia com a Chapecoense começou com mudança de voO


 https://goo.gl/mDhBgp

Mais noticias sobre o Acidente
https://goo.gl/kYZhCL




- As pontes de Blumenau

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Com a colaboração do amigo Carlos Braga Mueller, estamos apresentando algumas, das principais  pontes de Blumenau. Também apresentamos algumas fotos de algumas pontes. 

AS PONTES DE BLUMENAU


Por Carlos Braga Mueller/escritor e jornalista

Blumenau foi fundada por causa de um rio. Um rio que encantou o alemão Hermann Bruno Otto Blumenau quando por aqui passou em busca de um lugar aprazível onde pudesse fundar uma Colônia que atraísse imigrantes europeus. O Itajaí Açu e a curva que faz, ao receber seu afluente, o Ribeirão Garcia, foram vitais para que o local fosse o escolhido para fincar as raízes da Blumenau que conhecemos nos dias atuais.
E por causa do Rio surgiram as Pontes.
Ponte Lauro Müller (do Salto)

Vamos enumerar algumas, as principais, e seus nomes. Nomes que, infelizmente, são pouco conhecidos, porque a maioria delas se identificam pelos apelidos, como Ponte do Salto, do Tamarindo, da Ponta Aguda, da Itoupava Norte ou a Ponte de Ferro.
A primeira a ser construída sobre o majestoso Itajaí Açú levou nada menos que 17 anos entre seu início e a inauguração: foi a Ponte do Salto, que teve seus pilares lançados em 1896 sendo inaugurada somente em 29 de junho de 1913, recebendo o nome de Ponte Lauro Müller, em homenagem ao ilustre catarinense que foi Governador do Estado de 1889 a 1902, Ministro dos Transportes de 1902 a 1906 e Ministro de Relações Exteriores de 1915 a 1920. Ainda em vida ele pôde passar por aquela ponte, que a maioria não sabe que continua a chamar-se Ponte Lauro Müller
Ponte sobre Rib Garcia de ferro 1906
Ponte Desembargador Pedro Silva - Foz Rib. Garcia

Já quem está na “Stadtplatz”, onde se localizam a antiga Prefeitura, hoje Fundação Cultural, Mausoléu Dr. Blumenau e Praça Hercílio Luz, e quer acessar o centro da cidade pela continuação da Rua 15 de Novembro ou pela Beira-Rio, passa por uma ponte de concreto sobre a foz do Ribeirão Garcia. Inaugurada em  3 de junho de 1906, tinha sua estrutura de ferro até os anos 50, quando foi reformada e feita de concreto. Em 4 de março de 1950, ano do Centenário de Blumenau, foi batizada de Ponte Desembargador Pedro Silva, em homenagem ao ilustre Juiz de Direito que chegou em Blumenau em 1915, exercendo esse cargo até 1919.
Ainda sobre o Ribeirão Garcia, na Rua 7 de Setembro em direção ao Hospital Santa Catarina, está situada a Ponte Engenheiro Udo Deeke, homenagem a um blumenauense que governou o Estado no período de 1946 a 1947.
E ali perto, na Rua Amazonas, em sua confluência com a Alameda Duque de Caxias (Rua das Palmeiras), existe uma pequena ponte sobre o Ribeirão Fresco. Ela foi inaugurada em 25 de julho de 1937 pelo então prefeito Alberto Stein e batizada de Ponte 25 de Julho, homenagem ao Dia da Imigração Alemã no Brasil. Durante muito tempo foi chamada de Ponte do Fantasma, porque fica perto de um cemitério, o evangélico.
Ponte Adolfo Konder
A Ponte da Ponta Aguda, bem no centro (Castelinho), tem nome desde  1º de dezembro de 1957, quando foi inaugurada: chama-se Ponte Adolfo Konder, ilustre catarinense que foi Deputado Estadual de 1919 a 1924; Governador de 1926 a 1930, e Deputado Federal de 1933 a 1935. Por laços familiares era muito ligado a Blumenau.
Ponte de "Ferro" Aldo Pereira de Andrade
Outra ponte no centro da cidade, a de Ferro, foi erguida sobre fortes pilares de pedra para servir à Estrada de Ferro Santa Catarina no seu prolongamento de Blumenau até Itajaí. A construção teve início em 1929 e a ponte somente foi utilizada pela linha férrea a partir de 1954, quando a primeira composição ferroviária percorreu o novo trecho. Em 1971, a estrada de ferro deixou de existir. Restaurada em 1991, a ponte foi re-inaugurada para trânsito de veículos automotores pelo então prefeito Victor Sasse com a presença de Roberto Marinho, cuja Fundação auxiliou nas obras. E batizada de Aldo Pereira de Andrade, o Deputado Estadual que representou Blumenau durante sete legislaturas seguidas na Assembléia Legislativa.
Ali perto, ligando a Avenida Beira-Rio com a Avenida Martin Luther situa-se uma ponte sobre a foz do Ribeirão da Velha. Ela tem nome: Gerhard Carlos Francisco Neufert, que exerceu as funções de Deputado Estadual e foi Prefeito Interino de Blumenau por um ano, de 26 de janeiro de 1955 a 31 de janeiro de 1956.
Sobre o mesmo Ribeirão da Velha, na Rua São Paulo, na confluência desta com a Rua Paulo Zimmermann, situa-se uma ponte que foi batizada em homenagem a um Governador que morreu tragicamente em um desastre aviatório: Jorge Lacerda. Ninguém a conhece por esse nome, até porque a placa que ali se situava foi roubada; era de bronze, material muito visado pelos ladrões de metais.
Ponte Vilson Pedro Kleinubing - Tamarindo
E por causa desses ladrões de placas de bronze a homenagem aos ilustres catarinenses, gravadas em placas afixadas nas pontes de Blumenau, foi desaparecendo sistematicamente.
Importante para a mobilidade urbana da região norte de Blumenau, a Ponte do Tamarindo foi inaugurada em 18 de dezembro de 1999. Mas oficialmente foi batizada de Ponte Vilson Pedro Kleinubing, homenageando aquele que foi Prefeito de Blumenau, depois Governador e Senador.
A ponte da Itoupava Norte, que liga a Itoupava Seca àquele bairro,  pela Rua Santa Catarina, inaugurada em 15 de novembro de 1953, chama-se Ponte Governador Irineu Bornhausen. Como o próprio nome indica, Irineu foi governante do nosso Estado.
Ponte Engenheiro Antônio Vitorino Ávila Filho - dos Arcos
Já em direção à Itajaí, ligando a margem direita à margem esquerda, existem duas pontes importantes: uma delas é muito conhecida como a Ponte dos Arcos. Mas tem nome: Engenheiro Antônio Vitorino Ávila Filho. Construída pela Estrada de Ferro, para o prolongamento da via férrea até Itajaí, teve em Ávila Filho um importante incentivador para sua consecução. Foi inaugurada em 18 de dezembro de 1954 e a viagem inaugural  entre Blumenau e o litoral, teve um ilustre passageiro: o então Presidente da República, Café Filho.
Mais adiante, ligando a Rua República Argentina (Ponta Aguda) à Rua Antônio Treis (lado direito do rio), temos a Ponte José Ferreira da Silva, homenagem ao ex-prefeito de Blumenau e ilustre historiador.
No bairro Testo Salto, próxima à fábrica Karsten, sobre o Rio do Testo, se localiza a ponte que foi batizada de Emílio Baumgart, em homenagem ao  engenheiro blumenauense pioneiro em projetos de estrutura em concreto, que ficou conhecido como “o pai do concreto armado”.
E outra ponte, ali próximo, no Badenfurt, é a Ponte Emma Hemmer, na Rua Arnold Hemmer, homenagem à veneranda senhora, já falecida, de ilustre família daquela região.
Ligando a Rua Alberto Stein à Rua Almirante Tamandaré, sobre o Ribeirão da Velha, está situada a Ponte Alberto Busnardo. Homenagem a um tradicional comerciante da Rua Mariana Bronemann, líder do já extinto Operário Futebol Clube, da Velha, do qual muitos ainda se lembram.
Quase ao lado, fazendo a ligação da Rua Mariana Bronemann também com a Almirante Tamandaré, situa-se uma ponte  recentemente entregue à comunidade, que substituiu uma antiga passagem naquele local. Ainda não tem nome, como a antiga nunca teve.
E uma ponte importante, sobre o Ribeirão da Velha, na Rua 7 de Setembro ao lado da Praça do Estudante, segundo consta nunca foi batizada.
Outras pontes em Blumenau que receberam nomes através de leis municipais:
Ponte Afonso Manoel Tobias, sobre o Ribeirão das Cabras (Ruas Pedro Kraus/Urubici), no Vorstadt;
Ponte Alfredo Maul na Rua Prof. Hermann Lange, sobre o Ribeirão Fidelis, no Fidelis;
Ponte Armando Silva na Rua Capinzal, sobre o Ribeirão Garcia, no Garcia;
Ponte Arno Max Júlio Gaertner, na Rua Heirich Hosang, sobre o Ribeirão da Velha, no bairro Victor Konder;
Ponte Bernardo Wolfgang Werner, ligando à Rua Bahia à BR-470, sobre o Rio Itajaí-Açu, no Badenfurt;
Ponte Bertoldo Bachmann, ligação da Rua dos Caçadores com a Rua Guilherme J. Nazario, sobre o Ribeirão da Velha, na Velha Central;
Ponte Carlos Jensen, na Rua Mário Giese, sobre o Ribeirão Itoupava, na Itoupava Central;
Ponte Claudino Kienen, ligação da Rua Werner Duwe coma Rua Helmund Trapp, sobre o Ribeirão Testo Salto, no Testo Salto;
Rua Dr. Edgar Barreto, na Rua Itororó, sobre o Ribeirão da Velha, na Velha Central;
Ponte Ervin Wendelich, na Rua Santa Maria, sobre o Ribeirão Garcia, no bairro Progresso;
Ponte Frida Rosemann, na Rua Guilherme Scharf, sobre o Ribeirão Fidelis, no Fidelis;
Ponte Guilherme Prim, na Rua Alfredo Pfiffer, sobre o Ribeirão Garcia, no Progresso;
Ponte Gustavo Krug, na Rua Ruy Barbosa C (onhecida como Ponte Preta) , sobre o Ribeirão Garcia, no Progresso;
Ponte Heinrich Feldmann, na Rua Henrique Conrad, sobre o Ribeirão Sarmento, na Vila Itoupava;
Ponte Heinrich Georg Weise, na Rua Bahia, sobre o Ribeirão Branco, bairro Salto Weissbach;
Ponte Heinrich Gieland, na Rua Jordão, sobre o Ribeirão Jordão, no bairro Progresso;
Ponte Helmut dos Santos, na Rua Emil Wehmuth, sobre o Ribeirão da Velha, na Velha Grande;
Ponte Henrque Duggen, na Rua General Osório, sobre o Ribeirão da Velha, no bairro da Velha;
Ponte Henrique Kratz, na Rua Henrique Kratz, sobre o Ribeirão do Cego, na Velha Grande;
Ponte Hermann Gebien, na Rua Harry Brehmer, sobre o Ribeirão Velha Grande, na Velha Central;
Ponte Alvino Volpi, na Rua Martin Jensen, sobre o Ribeirão Itoupava, na Itoupava Central;
Ponte Erno Otto, na Rua Rio Bonito, sobre o Córrego Itoupava Central, no bairro Itoupava Central;
Ponte José Hercilio Junges, na Rua Erich Belz, sobre o Córrego Tatutiba I, na Itoupava Central;
Ponte José Reuter, na Rua Franz Müller, sobre o Ribeirão do Cego, na Velha Grande;
Ponte José Rulenski, na Rua Germano Roeder, sobre o Ribeirão Garcia, no bairro Progresso;
Ponte Justino Regis, na Rua Antônio Zendron, sobre o Ribeirão Garcia, no bairro Garcia;
Ponte Linda Seibt, na Rua Bernardo Reiter, sobre o Ribeirão Velha Pequena, na Velha Central;
Ponte Manoel Emilio Laurentino de Souza, na Rua Júlio Rudiger Sênior, sobre o Ribeirão Jararaca, no bairro Água Verde;
Ponte Oscar José Pering, na ligação da Rua Canto do Rio com Rua Santa Maria, sobre o Ribeirão Garcia, no Progresso;
Ponte Ottomar Belz, na ligação da Rua Irai com a Rua Pedro Zimmermann, sobre o Ribeirão Itoupava, na Itoupava Central;
Ponte Paulo Kowatsh, na Rua Professor Max Humpl, sobre o Ribeirão Salto do Norte, no bairro Salto do Norte;
Ponde Rudolfo Ruediger, na Rua Marechal Deodoro, sobre o Ribeirão da Velha, no bairro da Velha;
Ponte Tekla Rulenski, na ligação da Rua São Januário com Rua Progresso, sobre o Ribeirão Garcia, no Progresso;
Ponte Victorino Goll, na Rua Bruno Schreiber, sobre o Ribeirão Garcia, no Garcia;
Ponte Willy Hartung, na Rua dos Pescadores, sobre o Ribeirão da Velha, na Velha Central.

FINALIZANDO
Além destas, já existe denominação de uma ponte ainda não construída: pela  Lei Municipal nº 6.239 foi dado o nome de Ponte Acácio Bernardes à futura ligação da Rua Rudolfo Freygang com a Rua Chile, no centro de Blumenau.
Já a ponte que foi construída no prolongamento da Rua Humberto de Campos, ligando a Rua Marechal Deodoro com a Rua General Osório, ainda não inaugurada porque depende dos acessos, já recebeu a denominação de Ponte Ademar João Maiochi, através da Lei 8.164.    
Uma curiosidade: de todas estas dezenas de pontes que foram “batizadas” em Blumenau, apenas quatro levam nomes de mulheres:
Emma Hemmer, no Testo Salto;
Frida Rosemann, no Fidelis;
Linda Seibt, na Velha Central, e
Tekla Rulenski no bairro Progresso.
As 51 pontes que têm nomes, mais 154 ainda inominadas, compõem o varal que se estende sobre os rios, riachos, ribeirões e filetes de água que abundam em nosso Vale do Itajaí.
Mas  quando se constata o quase completo desconhecimento sobre seus patronos, é
de se perguntar: será que vale a pena homenagear alguém dessa forma ?
O presente estudo está sendo levantado em novembro de 2016.
É possível que nos próximos dias, meses ou anos, novas homenagens sejam feitas obrigando a uma atualização deste levantamento.
ADENDO
São tantas as pontes que dão passagem sobre nosso Itajaí Açu, ribeirões e córregos,  que acabei esquecendo de uma.Ela é usada diariamente por milhares de veículos e pedestres. Apresso-me em incluí-la na relação, embora também não tenha sido batizada.
Dificilmente um blumenauense ainda não passou por ela...fica na Rua Paraíba, sobre o Ribeirão da Velha.
Deve existir há mais de 100 anos, é estreita e muito diferente das demais.
Por situar-se em um declive da rua, logo é inundada quando existe ameaça de enchente e as águas do Ribeirão da Velha atingem os 8 metros.
Carlos Braga Mueller

Blumenau, novembro de 2016.
Carlos Braga Mueller
Jornalista e Escritor

- Fotos e documentos família de Victor Soares

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Foi com muito orgulho que no dia 28 de novembro 2016, recebi este e-mail conforme dados  descritos abaixo.
Boa noite Sr. Adalberto.
Sou natural de Gaspar, nascido em 1955, mas fui criado em Blumenau desde os dois anos, resido em São Paulo a mais de trinta anos.
Quando batem as saudades eu acesso a sua página e fico olhando de tudo sobre a minha cidade.
Tenho alguns documentos, (anexos) que eram do meu avô e do meu pai, caso o Sr. tenha interesse em postar na sua página eu ficaria contente em poder compartilha
r.
Foto: 1970
Sou Vitor Soares nascido em Gaspar SC aos 06 de abril de 1955 e fui criado em Blumenau desde os dois anos de idade, estudei no Grupo escolar Adolfo Konder onde a diretora da época chamava-se Doracy Inês Dalsenter, o curso primário foi concluído no ano de 1968 conforme certificado .
Não tenho importantes informações sobre os meus avôs paternos, apenas sei que o meu avô paterno Chamava-se Victor Soares e a avó paterna chamava Maria Soares.
Casa de meus avós 1980
O meu avô materno chamava-se Leonel Próspero de Aguiar, nasceu em 10 de junho de 1898 e faleceu no ano de 1967, foi casado com Amélia de Aguiar onde teve seis filhos, após o falecimento de sua esposa o meu avô casou-se com a irmã da sua esposa Eletlvina onde teve duas filhas sendo uma delas a minha mãe Alzira.
Esse meu avô fazia o cultivo de arroz em grandes campos alagados, criava gado tinha também plantações de cana e tinha um engenho onde a cana era moída através da força de animais de tração como bois ou cavalos que atrelados andavam em círculos para movimentar o engenho.
Eu era muito pequeno, não posso precisar a idade, mas ainda lembro-me dos animais andando em círculos quase que o dia todo para movimentar as moendas do engenho onde o meu avô produzia o melado de cana, o açúcar mascavo e a cachaça, anos mais tarde o meu avô substituiu os animais por um motor a diesel de apenas um pistão e eu adorava ver o meu avô dar a partida nesse motor manualmente com uma manivela.
O meu avô mantinha guardado um baú pequeno confeccionado de folhas de flandres onde ele guardava todos os documentos que achava ser importante, antes do falecimento da minha avó eu pedi a ela esse baú com a promessa de preservar os documentos guardados pelo meu avô e ela me concedeu o baú.
Entre os documentos estão notas fiscais de compras efetuadas em Gaspar e Blumenau bem como notas promissórias, um mapa de Blumenau e arredores datado do ano de 1905, imposto de carroça, certificado de propriedade de bicicleta, etc.
Um bilhete de um farmacêutico chamado Anfiloquio Nunes Pires convidando o meu avô a participar de uma reunião do partido revolucionista, mas não me lembro do meu avô participando de atos políticos.
O meu pai Osvaldo Soares, nascido em 02 de abril de 1933 e falecido no ano de 1994 trabalhou na antiga fábrica de chapéus Nelsa que era instalada perto no SENAI na Rua São Paulo e depois que a empresa encerrou as atividades ele trabalhou até a sua aposentadoria na Cia Hering no bairro do Bom Retiro.
Com o início da televisão no Brasil, no ano de 1969 o meu pai comprou um aparelho da marca Telefunken na loja Germano Stein conforme cópia da nota .
Documentos e fotos

Meu avô. esposa, cunhada e filhos.
Casa de meus pais em Blumenau em 1980
Minha irmã Solange em 1962 em Blumenau
 
Bilhete de um namorado de uma tia
Certificado de Bicicleta
Convite de casamento
Duplicata
Nota de entrega
Nota fiscal de Televisão
Regras de imposto
Telegrama
Emplacamento de carroça
Nota de compra
Nota de entrega
Arquivo e texto
Vitor Soares

- Nossa Senhora e São José

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Crônica de Adalberto Day
Maria e José
Em 1929 a história da Igreja Nossa Senhora da Glória e do Grupo Escolar São José começa a se tornar realidade.
Tudo começou na Rua Belo Horizonte bairro da Glória em terras da família Loos e com o nome de Escola Paroquial São José. Depois se mudou para frente da atual Igreja Nossa Senhora da Glória e a partir da década de 1940 para o endereço atual Rua da Glória, 888 bairro Glória. 
Frei Beda Koch (ao centro) com os alunos na antiga escola da Rua da Glória, em Blumenau, na década de 1930. 

Desde minha infância e de milhares que moravam no então Garcia, um dos locais mais frequentados pelos moradores eram a Igreja Nossa Senhora da Glória e Grupo Escolar São José. Um ao lado do outro no mesmo número. Quantos encontros amorosos que resultaram em casamento na própria igreja, batizados, festas populares aconteceram desde 1929.
A Escola formou grandes cidadãos que se tornaram trabalhadores das empresas principalmente Garcia e Artex. Cidadãos e cidadãs que saíram pelo Brasil com um aprendizado exemplar podendo exercer funções com destaques por todos os cantos. Uma igreja linda, que merece ser tombada pelo patrimônio histórico de Blumenau, uma preciosidade.

 A Igreja Nossa Senhora da Glóriaé imponente, bela, majestosa, uma das mais lindas de nossa cidade. Sua edificação foi inaugurada em 1947, baseada na Igreja São Paulo Apóstolo que infelizmente foi demolida em 1956. Alguns Padres marcantes, o primeiro Frei Beda Koch, Frei Raul Bum, Frei João Maria, Padre Silvio, Padre Virtulino, Monsenhor Geraldo e tantos outros.
E o Grupo Escolar São José, que maravilha, que sonho para todos nós. Lembrar-se das Freiras de Minas Gerais e de todos que lecionaram neste Educandário Atual Celso Ramos. A primeira Professora Júlia Strzalkowska.
Abaixo parte da história da Igreja Nossa Senhora da Glória e Grupo Escolar São José.
 
1976
 
1978
A Igreja Nossa Senhora da Glória (pedra fundamental em 1942) inaugurada em 16 de março de 1947.A imagem mostra a igreja na década de 50, 60 e atual.
 
Freiras de Minas Gerais
Da esquerda pra direita, começando do primeiro degrau, ou seja, de baixo para cima.
Nomes das Irmãs que trabalhavam no Garcia e Apiúna na visita da Superiora Madre Maria Elizabeth no ano 1960.
1ª fila: Irmã Maria Dora (com as mãos dentro da manga) Irmã Maria Artêmia (sem óculos) Irmã Maria Hilária (com óculos) Irmã Maria do Pilar (com óculos) Irmã Maria Ludovina (que é natural de Apiúna) e Irmã Maria Joelma (que deixou o Convento)
2a fila: Irmã Maria Ignácia (com óculos) Irmã Maria de Fátima (sem óculos) Irmã Maria Rosina Irmã Maria Trindade, Irmã Maria da Paixão Irmã Maria Josélia (com óculos e que deixou o Convento) e Irmã Maria Simone.
3a fila: Irmã Maria Benigna, Irmã Maria do Rosário (com óculos) Irmã Isabel Maria (com óculos e no alto) Madre Maria Elizabeth (bem no meio) Irmã Maria Conceição (sem óculos e alta) Irmã Conceição que depois adotou o nome de Marina Resende, falecida dia 28/07/2013 com 86 anos, em Itajubá - Minas Gerais.  Irmã Maria São Mauro e Irmã Maria Caridade (com óculos) As que estavam em Apiúna no Grupo Escolar São João Bosco: Benigna, Isabel Maria, São Mauro, Caridade, Trindade, Maria de Fátima, Artêmia, Hilária. 
Já falecidas: Irmãs Conceição, São Mauro, Benigna, Trindade, Hilária, Madre Elizabeth. 
As Irmãs dizem que foi o melhor tempo da vida delas, o tempo de Garcia e do que passaram no Sul e que o povo as queria um bem enorme. Irmã Mercedes Darós (natural do Apiúna).
Colaboração Guiomar Daros Peixe e Mercedes Daros Peixe
Imagem Orlando de Oliveira e Edite de Oliveira Buerger 

História
Lado a lado Igreja e Educandário
A Escola de Educação Básica Governador Celso Ramos foi fundada em 14 de fevereiro de 1929, com o nome de Escola Paroquial São José (servia de Capela pela comunidade – com sede inicialmente na Rua Belo Horizonte, em propriedades da família de Carlos Loos), abrigando os primeiros 50 alunos na única sala. Nesta sala a professora lecionava para alunos de 1a, 2a e 3a séries.
“A primeira comissão formada para a construção da escola e a igreja era formada por Henrique Heiden, Carlos Loos, Roepcke, Gustavo Weinrich. Compraram o terreno da família Schatz (antes o terreno era da família Sasse). Todos com exceção de José Schatz doaram o terreno, que chegou a estar em mãos da professora Júlia Straskowsky. Antes dessa negociação do terreno, cogitou-se a construção de um cinema e de um hotel” (depoimento do senhor Nicolau Schtaz em 2002). O primeiro Presidente da escola foi Paulo Schatz, vice-presidente Carlos Loos e o primeiro secretário Nicolau Schatz.
 
Década de 1950, de 1970 e atual
Quem sugeriu o nome da igreja e ajudou a fundá-la foi frei Beda Koch, já na segunda comissão presidida pelo Sr. Rafael Rosini.
- Em meados de 1951, a Escola já contava com mais de 500 alunos.
- Em 1953, uma nova comissão em prol da ampliação da Escola foi formada, comandada pelo Frei Raul Bunn.
 - Em 1957, a Escola que era particular foi transformada em Grupo Escolar São José, por decreto do então governador Jorge Lacerda.
- Em 1960, o novo prédio foi oficialmente inaugurado pelo Governador Jorge Lacerda, que assinou convênio com a escola, decretando que as professoras seriam remuneradas pelo Estado.
- No ano de 1966, pelo Decreto Nº 3823, de 21 de janeiro, foi criado o Ginásio Normal Governador Celso Ramos, funcionando somente no período noturno em salas cedidas pelo Colégio São José e tendo como diretora a Professora Dóris Terezinha Sanceverino
- Em 1969, o Ginásio passou a funcionar em prédio anexo ao Colégio São José, com 12 salas de aula, além de salas destinadas à secretaria, à direção e aos professores.
- Em 31 de março de 1971, com a implantação do novo plano estadual de educação, a Escola foi transformada em Escola Básica Governador Celso Ramos.
- Em 1974, houve a fusão do Grupo Escolar São José com a Escola Básica Governador Celso Ramos.
- Em 1976 houve a implantação do 2º grau e a Escola passou a ser denominada Conjunto Educacional Governador Celso Ramos atual Escola de Educação Básica Governador Celso Ramos.
Essas terras onde estão o colégio foram adquiridas da família Schatz , pela comunidade de todos os credos, mas por indução do Frei Raul Bunn, a comissão comandada pelo Sr. Rudolfo Papst passou a emprestar o nome da Igreja como proprietária que iria assegurar em nome da comunidade.
Lamentavelmente em agosto de 2002, o Bispo diocesano da catedral São Paulo Apostolo Dom  Dom Angélico Sândalo Bernardino de Blumenau através da MITRA, vendeu ao governo do Estado o Colégio que foi construído pela comunidade sem distinção religiosa. Um ato que revoltou toda uma comunidade, de uma atitude prepotente, e sem fundamentação histórica. Observação.: Pelo que sei e toda a comunidade nunca prestou conta da Venda, ou seja onde anda esse dinheiro?, onde foi aplicado. Pergunta que não quer calar.
A comunidade no geral não foi consultada, apenas alguns lideres que não aceitaram a venda, gerando discussões em Rádios e Jornais.
O colégio e a Igreja foi o esforço de toda uma comunidade, ainda quando a Rua da Glória era conhecido com o nome de Spectife (palavra de origem alemã que quer dizer terra gordurosa ou lamacenta – barro vermelho) e foi nessas terras lamacentas que a comunidade do grande Garcia independente de credo, política, e pessoas representativas do bairro, como o Sr. Rudolfo Papst, Orlando de Oliveira, Francisco de Oliveira, João Heiden, José Klein Jr., Júlio Corsini, Antonio Tillmann, Nelson Salles de Oliveira, José de Oliveira, posteriormente Frei João Maria e o Padre Virtulino que introduziu o segundo grau e tantos outros que poderíamos nominar, levantaram tijolos por tijolos deste grande Educandário. Quero aqui relatar que dentro do direito judicial a venda do educandário foi efetuada dentro da legalidade, porém nem tudo que é moral é ético, e foi isso que foi ignorado.
Quando falamos que foi a comunidade que construiu, foram de todos os credos, inclusive os céticos, maçônicos espíritas e ateus, o que eles queriam era uma escola. - Houve participação efetiva da Empresa Industrial Garcia, inicialmente nos anos 20 e 30 com o Sr. João Medeiros Jr. (que também foi fundador da Radio Clube) e depois a partir de 1940 com o Sr. Ernesto Stodieck Jr. Como também da Artex S/A
- Dizem os moradores: "Foi o resultado de uma luta de classe, e deve ser melhor esclarecido pela Mitra, que precisa primeiro conhecer melhor a história de luta do povo do Garcia, antes de tomar qualquer atitude" . Essa historia começa antes da fundação da colônia Dr. Blumenau, de pessoas que já residiam por aqui desde 1846, nas imediações do inicio da Rua da Glória e que vieram do antigo Ribeirão Garcia, hoje Ribeirão Camboriú, conhecida como gente do Garcia.
“Mas o que queremos e sempre faremos é defender os interesses desta que foi a primeira comunidade organizada de Blumenau argumentou um dos moradores.” Até quando veremos esses tipos de desmandos e desrespeito a nossa comunidade. 
Arquivo de Dalva e Adalberto Day 

- Natal do imigrante em Blumenau

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Texto enviado pela historiadora Sueli M,V. Petry
Diretora Patrimônio histórico de Blumenau

Entre o sonho do imigrar e a realidade do chegar:
Natal do imigrante

 Com o processo civilizador dos europeus no Vale do Itajaí ocorreu a introdução de uma diversificação de usos e costumes que se são marcantes nas áreas colonizadoras do sul do Brasil.
  Muitas das tradições que ainda hoje se preservam fazem parte do cotidiano das pessoas, as quais herdaram dos imigrantes  que a trouxeram na sua  bagagem cultural. Nesta interface do “sonho do imigrar e a realidade do chegar”, uma série de transformações ocorreram nas vivências dos imigrantes.
Uma destas vivências é narrada pelo imigrante Karl Kleine, ao chegar no ano de 1856.
 A chegada ocorreu justamente no dia de Natal  eis o que narra o imigrante: “Naturalmente faltava muito para que pudéssemos nos instalar confortavelmente, contudo, precisaríamos nos conformar....
À noite, depois do jantar todos estavam sentados ao ar livre e um sentimento estranho invadiu cada um – era a primeira noite na nova pátria, era Noite de Natal! – Todos recordavam os natais na antiga pátria e, de repente, fez-se um silêncio estranho (....)
A princípio baixinho e timidamente, a seguir, cada vez mais alto e forte, ouvia-se a canção “Noite feliz”, que se misturava com o canto estridente das cigarras. Ninguém sabia quem havia iniciado, mas todos acompanhavam a pequena canção, mas de conteúdo rico, cujos acordes ecoavam pelo céu estrelado.
Era como se um anjo tivesse descido para acalentar todos os corações. Nessa noite, mais do que durante a viagem inteira, todos se sentiram muito próximos uns dos outros. – Ninguém percebeu que já era meia noite!”.[1]
Arquivo família Oliveira
As lembranças dos imigrantes não param por aqui, um outro imigrante revela que chegou (1875), alguns meses antes da festa natalina. E, conta... “Na véspera donatal nossa comida estava chegando ao fim, comemos pão seco e já mofo, acompanhado de água do ribeirão”. Como se constata, muitos sentimentos tomavam conta dos corações dos imigrantes, com eles agregaram-se novos elementos para a celebração da festa Natalina nostrópicos. O antigo costume europeu de decorar a árvorecom maçãs enozes para se fazerem mais visíveis eram dourados ou prateados e recobertos de açúcar.
Foto reprodução
Nas áreas de colonização alemã este costume foi substituído por novos componentes. Vejamos o que nos diz Frederico Kilian num conto inspirado nas memórias de imigrantes:
“O nosso primeiro pinheirinho de natal. Mas não é o pinheiro alemão, “Abies pectinata”, mas sim, uma árvore com folhas aciculares mais duras, que nasce no planalto, a “auracária brasiliensis”, e que foi introduzida aqui na colônia pelo próprio Dr. Blumenau que arranjou as sementes da zona serrana. Cresce muito ligeiro e dentro de quatro a cinco anos já pode ser cortada para servir de árvore de natal.
Nos anos anteriores nossa árvore de natal era um arbusto ou pequena árvore com galhos simétricos e que enfeitávamos com pequenas fitas de cores, cortadas de restos de fazenda, com as quais prendíamos aos ramos as flores das múltiplas orquídeas que aqui abundam, e pendurávamos em falta das costumeiras gulodices (doces, maçãs e peras), as frutas que nascem aqui, como bananas, cachos de uvas maduras e várias frutas silvestres.
Também não faltavam as velinhas de cera de cera, pois existem aqui nas matas abelhas, de várias espécies, que se alojam nos troncos ocos das árvores que produzem uma cera escura, mas que serve para fazer velas.
Assim, em todos os anos não deixamos de ter a nossa árvore de natal, mesmo nos três primeiros anos em que a vida era dura de fato.(...) Aqui estamos, com a graça de Deus, vivendo felizes e contentes,...”.[2]
 Hoje há árvores de Natal que são artisticamente decoradas. Os adornos empregados para decorar a árvore de Natal experimentaram grande mudança.  Também se generalizou o uso de filetes dourados e prateados, conhecidos como lameta, feito a base fino estanho, de 30 a 40 centímetros de comprimento e apenas um a dois milímetros de largura,para estender sobre as ramas do pinheiro, realçando suas linhas.
Agregou-se a isto “Cabelos de anjo” de lã de vidro, algodão brilhante e estrelas prateadas ou outro material que cause efeito, e eis que está pronto o Pinheirinho ou o Tannenbaun. 

(....) O iniciador desse costume  do “Natal de rua” foi um paulista chamado Carlos Mazzei, filho de italianos. Recebera de seus pais, católicos praticantes, o ensinamento cristão de festejar o nascimento de Cristo com grandes solenidades e efusivas alegrias. Desde sua adolescência, seu espírito de observação foi acumulando uma profunda piedade por inúmeros semelhantes seus, menos afortunados, que não possuíam recursos para que o seu Natal se tornasse uma data mais festiva e algo diferente da triste rotina de privações de todos os outros dias.  Idealizou, então, um meio de transformar as praças públicas, as ruas da cidade e os logradouros comuns em grandes presépios coletivos.”
Tradição alemã trazida para Blumenau - Papai Noel do Mato
Ornamentação natalina nas ruas de Blumenau
                   A tradição da ornamentação natalina em nossa cidade teve início na década dos anos setenta. Neste tempo, a Comissão de Turismo da cidade, juntamente com o apoio do comércio, ornamentou a cidade e os bairros da Velha, Garcia e Vila Itoupava. Esta Ornamentação deu um toque todo especial, principalmente à noite.
Mereceu por parte de toda a imprensa e visitantes os maiores elogios, tanto pela beleza e bom gosto, como pelas inovações. É  o caso da Avenida Beira Rio - que foi decorada de ponta a ponta.
 O projeto decorativo do ano de 1971 contou com o apoio do artista carioca Almir Silva. As peças decorativas foram todas confeccionadas pela própria prefeitura, que contou com a supervisão da Comissão.
Esta novidade, copiada anos mais tarde por outras cidades, trouxe muitos turistas que vinham apreciar e realizar compras nas casas de comércio. Esta tradição, com o passar dos anos, teve os seus altos e baixos.
 Arquivo de Adalberto Day
Ao ser retomado, através do Projeto “Magia do Natal”, este evento se expandiu também para a Vila Germânica e ruas da cidade. A visitação de blumenauenses e turistas que acorrem para apreciar este local de encantamento das ornamentações natalinas, encontram locais de venda de produtos relacionados ao período festivo, exposições, desfiles, oficinas de pintura em doces, visita à casa do Papai Noel e outras atrações culturais que marcam esta programação natalina que se encerra em 6 de janeiro. 
Sueli M.V.Petry
Diretora Patrimônio Histórico

[1] Suas memórias foram publicadas em alemão sob o título  “Blumenau de Ontem: experiências e recordações de um imigrante” - (Blumenau einst Erlebnisse und Erinnerungen eines Eingewanderten). Os originais manuscritos em 35 cadernos foram doados pela família. Os mesmos estão sob a guarda do Arquivo Histórico Prof. José Ferreira da Silva, órgão vinculado à Fundação Cultural de Blumenau.  Fundo Memória da Cidade – Coleção “Família Kleine”.  

[2]Arquivo Histórico José Ferreira da Silva: Fundo Memória da Cidade. Família Kilian – série Produção Intelectual.
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OS “PELZNICKEL” MORAM AQUI PERTINHO...EM GUABIRUBA PARA SER MAIS EXATO!
Texto enviado por
Carlos Braga Mueller (Jornalista e Escritor)
 
pelznickel.blogspot.com

Em Blumenau, antes da chegada do Natal, mais precisamente na noite de 6 de dezembro, as crianças deixavam suas meias ou sapatinhos na janela para que o Papai Noel, ou seus ajudantes, colocassem ali guloseimas: bombons e pequenas lembranças. Mas existia uma recomendação: só as crianças obedientes e estudiosas receberiam presentes.
As malcriadas e as que não haviam estudado durante o ano teriam que rezar muito e pedir perdão pelas suas faltas.

Esta situação era comum na Blumenau da metade do século passado. É possível que esta tradição ainda permaneça no seio de algumas famílias.
 
pelznickel.blogspot.com

Em algumas regiões da Alemanha, Croácia, Eslovênia, Hungria e Suíça , existe um personagem nas comemorações natalinas que, longe de ser simpático como o Papai Noel, é um ser que mete medo: coberto de folhas, máscara diabólica e chifres, ele é conhecido na Alemanha como o Pelznickel, que ao invés de brinquedos e doces, sai da floresta trazendo nas mãos um chicote para assustar as crianças que não gostam de estudar. E tem uma missão importante: é o ajudante do Papai Noel !

Nos relatos dos imigrantes que colonizaram Blumenau, não encontramos referências a essa figura, que certamente não era tradição nas regiões de onde os migrantes vieram, por isso não a trouxeram consigo.

Acontece que foi em Guabiruba, aqui em Santa Catarina, que aflorou a ideia, recente, de se introduzir o Pelznickel nas comemorações do Natal. Com chicote na mão e um saco para levar as crianças mal educadas e desobedientes !

Há cerca de 10 anos foi fundada em Guabiruba a Sociedade Pelznickel, que tem sede própria no bairro Imigrantes, naquela cidade.
  
Segundo um estudo feito pela blumenauense Marion Bubeck no opúsculo “Desfile Natal Alles Blau”, editado em 2009 pela Fundação Cultural de Blumenau, “outra tradição, fortemente difundida entre os povos germânicos e em algumas regiões da América colonizadas por grupos étnicos europeus, nos conta que São Nicolau (o Papai Noel alemão) possui ajudantes, que são os Pelznickel.
No dia 06 de dezembro, dia de São Nicolau, os Pelznickel saem da floresta para buscar as cartas de Papai Noel e verificar como as crianças estão se comportando. Sua indumentária são roupas velhas escuras, com máscaras muito feias e chifres. Nas mãos levam acessórios como correntes, chicotes e um saco. Neste dia eles vêm para verificar quem são as crianças desobedientes. Se o comportamento da criança não melhorar até o dia 24 de dezembro, eles virão buscá-la e levá-la para a floresta.”

Como se depreende, causavam terror nas crianças, sob o pretexto de que iriam corrigi-las.

Lembro que quando criança, na noite de São Nicolau, eu deixava um sapato na janela e esperava que o Papai Noel e seus ajudantes colocassem as guloseimas. De manhã lá estava um chocolate. Mas minhas tias, que cuidavam disso, sempre diziam que só viria o presente se eu fosse obediente.
 
pelznickel.blogspot.com

Pelo que consta, os ajudantes conhecidos como Pelznickel só têm atuação no município de Guabiruba.
Nas semanas que antecedem o Natal, começando em 6 de janeiro, eles andam pelas ruas daquela  cidade, participam de desfiles e recebem turistas na sede da Sociedade Pelznickel, onde – em um bosque – fazem representações.   


É possível que alguns imigrantes que aportaram na região de Guabiruba tenham transmitido a seus descendentes por tradição oral, a existência desses duendes da floresta, adotados pelos guabirubenses como mais uma tradição natalina do Vale Europeu.
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Arquivo da família de Nahir de Oliveira envida por Ângela Maria de Oliveira
Adendo de José Geraldo Reis Pfau – Publicitário em Blumenau
Bolas ou bagas de Natal
Material (bolas de natal em vidro) são muito lindas. 
Lembro que na casa de meus pais a árvore (tannenbaun) era feita na sala que ficava trancada até na noite do dia 24. Nós ficávamos olhando pelas frestas da porta e janela e tentando ver lá dentro quando eles abriam a porta. Os conjuntos de portas da sala na nossa casa eram com vidros martelados, portanto se viam vultos. Claro que, tinha momentos, em que víamos o Papai Noel de vermelho lá dentro da sala. Imaginação infantil. Junto à arvore ficavam os presentes. Cinco filhos era uma maravilha de Natal. Na árvore colocavam algodão para imitar a neve, as bolas de vidro eram grandes, reluzentes, coloridas e castiçais pequenos com velas eram distribuídos pelos galhos. A árvore chegava até perto do teto - aonde tinha uma ponteira na forma de estrela e de vidro também. Minha mãe tinha o talento de cantar (principalmente nas missas) e se fazia uma fila para entrar na sala na hora “H”. O pinheiro já estava aceso com dezenas de velinhas. Era maravilhoso. Luz só do lustre no canto da sala. E entravamos na sala cantando o NOITE FELIZ, a mãe e o pai atrás, com a voz de minha mãe em evidencia. Emocionante. Daí em diante era o sonho se realizando. 

Tradição Alemã do Pelznickel em Guabiruba (SC)
Papai Noel Existe?

- Livros

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Recomendo a leitura
Últimos livros que recebi e sugiro a leitura. Para adquirir exemplar mandar e-mail para cada um conforme na descrição de cada um. Todos lançados em final de 2016.

Vagões de Lembrança
Um livro que só acrescenta mais sobre a nossa antiga EFSCEstrada de Ferro de Santa Catarina inaugurada em 1909em Blumenau, infelizmente desativada em 13 de março de 1971. O autor fez entrevistas com muita gente que fez parte da história riquíssima de nossa EFSC. E ao abordar sobre todas as Estações que compunham a EFSC, em consequência os entrevistados contam parte da história de Blumenau e região. Maravilhoso conteúdo. Parabéns Felipe Adam, jovem escritor com sucesso desde seu primeiro livro!
Jornalista nascido em Blumenau, formado na UNIVALI – Universidade do Vale do Itajaí. Agradeço por citar meu nome.
Contato: e-mail felipeadam91@gmail.com


Alinhavando “Poesia”
Um livro de poesias escrito pela consagrada e renomada escritora gasparense Arlete Trentini dos Santos. Já recebeu diversos prêmios e comendas. Embaixadora da Paz da Divine Academie Française des Arts Letres el Culture, Membro Efetivo da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta brasileiro entre outros adjetivos. O livro de fácil agradável leitura apresenta diversos poemas. Colaborador a e colunista no Jornal Sem Fronteiras de Gaspar/SC.
Contato: e-mail arletesan@terra.com.br



Ecos de um Peta
Um livro maravilhoso de autoria de Júlio Cesar – JC BRIDON, nascido em Blumenau e casado com a gasparense escritora Arlete Trentini dos Santos  . O autor escreve no Jornal Metas e no Jornal Cruzeiro do Vale ambos de Gaspar. Embaixador da Paz da Divine Academie Française des Arts Letres el Culture, Membro da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro, cadeira 12, entre outras atribuições e virtudes“Podem me impedir de escrever mas, de pensar, jamais” JC BRIDON.
Contato: e-mail bridon@terra.com.br

Agradeço a todos pelo carinho:
Adalberto Day cientista social e pesquisador da história em Blumenau. 

- Pensando Nele

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                            PENSANDO NELE
(Para meu bisavô Katzwinkel, que veio no século XIX de Kaunas, Lituânia, e para minha prima Ivone Narloch, nascida Katzwinkel).

Por Urda Alice Klueger 


                                   Se procurar nos velhos documentos da família vou encontrar, mas a verdade é que não sei de cor sequer o seu nome. Minha avó, que estava prestes a fazer 7 anos quando chegou aqui, casou-se com 26 por volta de 1908 ou 1909 – o que significa que eles vieram mais ou menos no ano de 1889... No tempo em que convivi com ela ouvi-a falar muitas vezes nele, mas ela dizia “Meu pai”, e então nunca soube o nome dele, mas ele é muito forte na minha vida.
                                   Estou na madrugada de Natal e penso nele, como pensei tanto hoje, e nos últimos dias, e nos últimos anos, pois quando era mais jovem não chegava a me aprofundar neste assunto. Esta é uma época em que ele fica mais forte dentro de mim, pois fez uma coisa, no seu primeiro Natal no Brasil, que só gente muito especial teria feito: para não deixar passar em branco o Natal das suas crianças, andou 30 quilômetros a pé de ida e 30 quilômetros de volta para, na manhã do dia festivo, suas crianças terem a surpresa de UM docinho de Natal cada uma, escondido sob o prato emborcado na mesa rústica de uma cabana de imigrante dentro da floresta ainda praticamente virgem.
                                   Quem era ele, como era? Penso no meu pai, nos meus tios – o que teriam herdado dele? Penso em mim: a oitava parte da minha genética vem dele, e fico a lembrar como o meu pai era em relação ao Natal, data mágica e sagrada dentro da magia, fazendo tudo o que estivesse ao seu alcance para que cada Natal fosse um sucesso dentro de cada um de nós. Penso em mim e em toda esta curtição do Natal que possuo decerto porque herdei, e que faz com que eu faça todos os ritos, todas as comidas, enfeite a casa, mesmo que seja para comemorar a data apenas com os meus animaizinhos, como já fiz algumas vezes, como fiz hoje.
                                   Com meus cachorros empanturrados de peru saí para a noite, para a beira do mar desta enseada aonde vivo, e me sentei um pouco na beira daquela água que fica magnífica assim de noite, com os diversos pontos de luzes no seu entorno, tanto cá pelo continente quando mais lá longe, na ilha... Fiquei admirando a beleza daquilo tudo e pensando nele, naquele meu bisavô que me passou esta curtição do Natal, e me indaguei coisas: será que algum dia ele pensou que a sua filha teria um filho que teria uma filha, isto é, eu, que em pleno século XXI estaria na beirada do mar a pensar nele e a querer saber mais sobre aquele homem quase estranho mas que vivia tão fortemente nela? Imagino que ele fosse um jovem quando atravessou o grande mar-oceano num navio à vela que saiu de Hamburgo, navegou até Lisboa e depois ficou três meses vendo só “céu e mar”, conforme minha avó Emma Katzwinkel Klueger contava tantas vezes, pois quando se aventurou assim sua criança mais velha ainda não completara sete anos... Imagino que depois daquela travessia é provável que nunca mais tenha visto o mar...
O que pensava ele, o que sonhava? A luta pela vida era difícil e perigosa, então – dentre outras coisas, com sua família, estava dentre o fogo cruzado do genocídio Xokleng que acontecia no Vale do Itajaí, coisa tão criminosa e abjeta que foi parar num julgamento na Corte de Haia, na Holanda – a situação era difícil e imagino que sonhava, sobretudo, com segurança, com muita comida para suas crianças, com uma casa mais confortável do que sua cabana de palmitos... É provável que muita gente tenha esquecido dele, depois da luta que foi sua vida, mas agora ele está tão vivo e tão forte aqui dentro de mim! 


Feri João Maria

                                   Então fiquei lá na praia, nesta noite, olhando no entorno e pensando nele, e estar ali, com aquela água linda e aqueles colares de luzes me dava a sensação de estar dentro de um presépio, daqueles que o Frei João Maria o.f.m. fazia na igreja de Nossa Senhora da Glória, na Garcia, em Blumenau, quando eu era pequena, e então ficou mais forte a sensação de que ele estava ali comigo, quiçá em mim, pois se vim dele...
                                   Só queria contar que tenho pensado muito nele, naquele meu bisavô Katzwinkel que um dia veio lá do Mar  Báltico, da cidade de Kaunas, na Lituânia. Como ele é forte em mim!
                                   Enseada de Brito, 25 de Dezembro de 2016.

                                   Urda Alice Klueger

                                   Escritora, historiadora e doutora em Geografia.   

- O Rádio do meu Pai

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Crônica de Vitor Soares
Sou formado nas profissões de mecânica e eletrônica, por hobby sou brevetado como piloto privado de aeronaves, mas foi através da eletrônica que garanti o meu sustento até que pude me aposentar, ainda continuo na ativa com a eletrônica.
A inspiração pela eletrônica surgiu através do antigo rádio que o meu pai ganhou de um parente dele por volta dos anos 1960 ou 1962 da marca Saratoga. O rádio era movido a válvulas. Sus cobertura (capa) é de madeira. 
Todas as vezes que o meu pai ligava o rádio eu ficava repleto de curiosidade, queria descobrir a todo custo como é que aquela caixa falava.
O rádio era ligado apenas em algumas ocasiões como no horário almoço antes do meu pai ir trabalhar onde ele ouvia o repórter Esso e as notícias.
Também era ligado aos domingos onde meu pai ouvia musicas sertanejas, ele ouvia a Rádio PRC4 (rádio Clube), a Rádio Nereu Ramos e se não me engano também existia a rádio Difusora. Nós crianças não tínhamos permissão para mexer no rádio.
Impaciente eu queria a todo custo descobrir como aquilo falava, então sem o meu pai me visse eu ia atrás da cômoda onde estava o rádio e tentava meter os dedos pelos buracos de ventilação da tampa traseira.
Levei inúmeros choques porque conseguia encostar os dedos nas partes vivas do chassi do rádio, mas não desistia, a curiosidade apenas aumentava cada vez mais então havia prometido a mim mesmo que quando chegasse a mocidade iria estudar para saber como funcionava e como deveria ser consertado quando desse algum defeito porque me lembro do meu pai ter levado o rádio para o conserto em uma certa ocasião em que não funcionava mais e ficamos alguns dias sem ouvir nada.
Lembro que eu e a minha mãe costumava sintonizar a Rádio Aparecida de Aparecida do Norte, não lembro se a sintonia era feita em ondas curtas, médias, tropicais ou longas, mas dependia do tempo era possível ouvir bem as preces do Padre Vitor diretamente de Aparecida do Norte.
Eu e a minha mãe também ouvíamos rádio novela nesse rádio nas horas em que o meu pai (Osvaldo Soares) estava no trabalho, acho que uma das radio novela que ouvíamos era o direito de nascer ou viver, não lembro, e eu ficava encantado com as histórias, então decidi que queria ir assistir a novela ao vivo, queria conhecer os artistas e queria saber como é que eles se apresentavam.
Acho que era a rádio PRC4 que transmitia a radio novela e após ter saído da escola no meio de uma tarde, em vez de ir para casa fui procurar a rádio porque estava decidido a ver a novela pessoalmente.
Descobri onde era a rádio e chegando aos estúdios estranhei por ser tão pequeno e perguntei ao funcionário se eu podia assistir à novela que estava quase começando, ele disse que sim, apontou uma cadeira e pediu que eu me sentasse, na minha santa inocência fiquei esperando ansioso para a chegada do momento achando que o funcionário da rádio fosse me levar até uma enorme sala ou em algum enorme pátio onde teriam os artistas, chuva, vento, cavalos, crianças, etc.
Para o meu espanto olhei o funcionário colocando um LP de vinil no toca discos e foi a minha decepção, mesmo assim ouvi a novela até o final e fui para casa, a minha mãe só não me deu uma surra por chegar tarde em casa porque tratei de dar detalhadas explicações da minha curiosidade e ela me alertou que da próxima vez em que eu saísse da escola e não fosse diretamente para casa iria apanhar uma bela surra.
E essa é uma das passagens da minha infância relacionada ao rádio antigo do meu pai o qual eu preservo ele até hoje junto comigo.
Texto e foto do rádio de Vitor Soares
 Para saber mais sobre o dia do Rádio acesse:
Pra saber sobre PRC4 Rádio Clube de Blumenau acesse:
Para saber mais sobre a família de Vitor Soares acesse:

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- Promenor

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Histórico
A PROMENOR foi fundada em 23 de julho de 1974 (Prefeito Felix Theiss) na cidade de Blumenau, com a finalidade de promover e estimular a criança economicamente necessitada, num incentivo de inclusão social, proporcionando-lhe oportunidades de educação integral, formando-a e orientando-a de acordo com os princípios básicos de cidadania.
Inicialmente, uma pequena Associação de Engraxates, como entidade civil, sem fins lucrativos, desenvolveu suas atividades na garagem do prédio da antiga Prefeitura, situada no início da Rua XV de Novembro. Na ocasião, amparou 20 crianças, filhos das “Margaridas” – Mulheres Garis de Limpeza de Ruas – que necessitavam trabalhar e não tinham um local seguro para deixar seus filhos. Nesses primeiros anos de trabalho, a PROMENOR encaminhava para estágio nas empresas os alunos com idade inferior a 14 anos.
Apoio pedagógico 

Após dois anos com número bem mais elevado de adolescentes, os atendimentos passaram a ser realizados na então PROEB, local que atualmente é ocupado pelo parque Vila Germânica. Com as enchentes de 1983 e 1984, a PROMENOR teve que, novamente, mudar sua sede, pois o local havia sido atingido e apresentava-se sem condições de uso.
Precisando, portanto, de outro local para abrigar seus alunos, solicitou a Paróquia São Paulo Apóstolo, situada no centro da cidade, que cedesse parte das dependências do Salão Paroquial Porta Aberta o que, na ocasião, foi prontamente atingido, considerando a importância do trabalho então realizado. Até 25 de fevereiro de 1986, o Salão Paroquial serviu de sede para a entidade. A partir dessa data, houve a mudança para a sede própria, construída na Rua Humberto de Campos, 170, no Bairro da Velha.
A partir de então, a Entidade passou por várias reestruturações no que diz respeito ao sistema de atendimento. A comunidade blumenauense, que delineava um novo perfil no que se refere ao atendimento à criança e ao adolescente, passou a encaminhar ao estágio laborativa também os alunos maiores de 14 anos.
Oficina de escultura

Em 1993, houve cessão por parte da ABAM das instalações na Rua Araranguá e a SEMED assume a direção das atividades neste local.
A partir de 1997, a Entidade observou que, dentro do município, outras necessidades de atendimento às crianças e adolescentes haviam surgido. Com alterações na rede regular de ensino, as crianças de 6 anos, que já iniciavam a pré-escola, ficavam sem atividades no outro período, uma vez que as creches não podiam mais ser frequentadas por essa clientela. Assim, a PROMENOR reformulou-se e passou a atender crianças a partir dos 6 anos de idade e não mais a partir dos 7 anos.
As crianças e adolescentes eram integradas em diversos programas (oficinas), em horários opostos ao escolar e, para a admissão dos mesmos na Entidade, era fator decisivo a assiduidade escolar. Eram atendidas crianças e adolescentes oriundos de todos os bairros do município. Entretanto, em cumprimento as exigências do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), somente eram encaminhados ao estágio laborativo os alunos maiores de 14 anos.

 Projeto  Atletismo
Em 1997, ocorreu o surgimento da unidade II da PROMENOR. Para ampliação das atividades, foi reformado o prédio de propriedade da Associação Blumenauense de Amparo ao Menor (ABAM), localizado na Rua Araranguá, 648, no Bairro Garcia. Em 04 de abril de 1998, houve sua inauguração. Essas instalações foram cedidas à PROMENOR por meio de um contrato de comodato com a ABAM. 
Projeo Basquete 
Em meados de 2001, iniciou-se uma nova fase para a PROMENOR, situada no Bairro da Velha quando, em novembro de 2001, houve a inauguração da nova sede da Entidade que conta com 3.336,55m² de área construída, em espaço organizado para bem receber e atender as necessidades dos alunos. A nova sede da PROMENOR situava-se na Rua Itapiranga, 368, no Bairro da Velha, sede que abriga atualmente a Fundação Pró-Família.
Como a PROMENOR situava-se num ponto estrategicamente comercial, o seu prédio foi cedido para a construção de um supermercado, instalando-se na sua atual sede, na Rua Itapiranga, 368, a partir de novembro de 2001.
Projeto dança

Em 2005, sentiu-se a necessidade de transformar a PROMENOR que era uma ONG em uma Fundação Pública (OG) para melhor gerenciar o dinheiro público e também para aumentar o atendimento da Entidade. Portanto, a partir desta data a Fundação do Bem-Estar da Família Blumenauense – Pró-Família atende crianças, adolescentes, os grupos organizados de voluntários (Clubes de Mães) e a Terceira Idade.
A primeira presidente da PROMENOR foi a senhora Murita Úber que dirigiu a Entidade até meados de 1978. Na Gestão do prefeito JPK, a  presidente foia senhora Patrícia Kleinübing.
Projeto Flauta e Teclado
A Fundação Pró-Família foi criada pelo prefeito municipal, Sr. João Paulo KLeinübing, por meio da Lei Complementar nº 515, de 18/3/2005. O objetivo geral da Instituição é promover o bem estar da família blumenauense por meio dos programas da criança e do adolescente, da terceira idade e voluntários em grupos organizados, orientados pelas políticas públicas a cada público alvo, no que diz respeito ao desenvolvimento e promoção humana. Dentre os programas da criança e do adolescente, é propiciado o acesso às atividades que contribuem para o processo de desenvolvimento dos mesmos que estão em situação de risco social ou com situação econômica comprometida.
Em Janeiro de 2007 passou a ser administrada pela Secretaria Municipal de Educação com denominação de Jornada Ampliada que viabilizou equipe técnica pedagógica, docentes e estrutura física disponibilizando as crianças e adolescentes um atendimento educacional de qualidade.
Projeto Judo

Em 17 de junho de 2008 a convite do Secretário Municipal de Educação Dr Maurici Nascimento assumiu a direção da referida Instituição a pedagoga Maria Luiza Oliveira Machado, a qual reformulou em parceria com a Secretaria Municipal de Educação toda a estrutura física e pedagógica. Neste período a Secretaria Municipal de Educação encaminhou a Instituição sugestões de três nomes que através de votação, deveriam ser escolhidos pelos alunos, surgindo assim, o Centro Municipal de Ampliação do Tempo e Espaço Pedagógico da Criança e do Adolescente – CEMATEPCA.
O Centro Municipal de Ampliação do Tempo e Espaço Pedagógico da Criança e do Adolescente – CEMATEPCA, está localizado na área central do bairro Ribeirão Fresco (Beco da rua Araranguá).
Paradoxalmente, nesta região, existem poucos espaços Institucionais disponíveis para atender o número significativo de crianças, sendo que o referido centro comporta a oferta deste serviço. 
O Centro atende aproximadamente 500 crianças e adolescentes oriundas de diversos bairros de Blumenau, com idade entre 06 a 14 anos. O acesso se dá através da matrícula e rematrícula durante o ano letivo e no final do mesmo. O horário de atendimento no período matutino é das 7h30min as 11h30min e no período vespertino é das 12h30min as 16h30min. È oferecido duas refeições diárias em cada período e vale transporte. O referido Centro desenvolve Projetos Educacionais com duração de 60 minutos cada modalidade, sendo os seguintes: Apoio Pedagógico(alfabetização, inglês, matemática, língua portuguesa e hora do conto), Atividades Esportivas (atletismo, basquete, futsal, futebol de areia, psicomotricidade, capoeira, ginástica artística, recreação e judô), Atividades Artísticas (teatro, artes visuais, dança contemporânea, percussão e coral). Os recursos utilizados para o desenvolvimento dos Projetos estão contemplados com materiais esportivos, pedagógicos e tecnológicos. Muitas das crianças e adolescentes que participam do Programa são de famílias em situação de vulnerabilidade social, tornando o nosso compromisso maior na compreensão das questões educacionais e sociais.
Diante das ações que a Jornada Ampliada vem desenvolvendo o nosso grande desafio é o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – (PETI). O mesmo é um dos Projetos Sociais do Governo Federal Brasileiro, concedido em 1996 pela Secretaria de Estado de Assistência Social vinculado então ao Ministério da Previdência Social e de acordo com o art. 136 do Estatuto da Criança e do Adolescente e da Lei Federal 8.069/90. Consiste em oferecer: 1º – renda às famílias (Bolsa Criança Cidadã) que tenham crianças e adolescentes envolvidos com trabalho infantil e em situação de risco social; 2º – apoio social e orientação a programas de geração de emprego e renda a estas famílias e 3º – atividades educacionais, culturais e esportivas complementares ao ensino regular, ampliando em três horas ou mais, sua permanência nas dependências da escola ou outro prédio público (denominada Jornada Ampliada). Estes objetivos são atingidos por uma rede de parcerias envolvendo diversos setores dos governos estaduais, municipais e sociedade civil.
Dulce Maria Lehnen
Diretora
FONTE: https://www.facebook.com/pg/Cematepca-413680755402508/about/
Cematepca - Centro Municipal de Ampliação do Tempo e Espaço Pedagógico da Criança e do Adolescente.
Com funciona atualmente (2017)
Fundação do Bem-estar da Família Blumenauense
E-mail: pro.familia@blumenau.sc.gov.br
Telefone: (47) 3381-6972
Endereço: Rua Itapiranga, 368 - Velha CEP 89036-230 Blumenau – SC
Presidente
Nome: Karin Zadrozny Gouvêa da Costa
 (47) 3381.6972 | 99968.9927
Missão
Promover, por meio de programas voltados à criança e ao adolescente, terceira idade e grupos voluntários organizados, o bem-estar da família blumenauense. Permitir o acesso às atividades que contribuem para o desenvolvimento da criança e do adolescente, promovendo sua socialização e o exercício da cidadania. Proporcionar à pessoa idosa proteção à vida, bem como saúde física e mental, o que contribui para um envelhecimento digno e saudável. Valorizar e promover o incentivo às habilidades manuais para voluntários dos grupos organizados e clubes de mães.
Crianças e Adolescentes
Programas Internos e Externos
A Fundação Pró-família oferece às crianças e adolescentes, com idade entre 6 e 16 anos, diversas oficinas. Este programa tem o objetivo de proporcionar lazer e a prática de modalidades como dança, capoeira, ballet, violão, judô, entre outros. Estes programas funcionam interna e externamente, atendendo toda a demanda de Blumenau.
Vale destacar que todas as atividades são gratuitas e a criança ou adolescente poderá optar por mais de uma atividade. O material pedagógico, inclusive o violão e o violino, por exemplo, são emprestados para os alunos que desejam exercitar o instrumento musical e não tem condições financeiras de comprá-lo.
Além das oficinas internas. Mais de 100 núcleos estão à disposição da comunidade Blumenauense, atingindo 29 bairros da cidade.
Mais informações por meio do telefone (47) 3381.6973 ou e-mail profamiliaexternos@blumenau.sc.gov.br 
Adolescente Aprendiz
A Fundação Pró-família oferece a comunidade blumenauense o Programa Adolescente Aprendiz. O projeto visa inserir os jovens no mercado de trabalho e suprir necessidades das empresas de Blumenau, foi criado em 2005, e desde então tem proporcionado emprego a mais de 5.100 adolescentes. Hoje, são mais de 275 aprendizes e em torno de 100 empresas parceiras.
O programa Adolescente Aprendiz oferece os cursos Aprendiz em Serviços Administrativos, Aprendiz em Alimentação, Aprendiz Auxiliar de Produção e Aprendiz Assistente de Vendas a jovens entre 14 e 18 anos incompletos.
Nossa estrutura se encontra no prédio do Pró-adolescente, localizado na rua Jacó Brueckheimer, 370 - Velha, que funciona das 8h às 12h e das 13h às 17h30. É necessário que o adolescente resida no município de Blumenau e esteja frequentando a escola.
SEJA UMA EMPRESA PARCEIRA
O Programa Adolescente Aprendiz oferece uma série de vantagens, tanto aos adolescentes como às empresas participantes. Os aprendizes têm garantia de todos os benefícios previstos a empregados, como registro na CTPS, vale transporte, FGTS entre outros. Além disso, têm a oportunidade de crescer profissionalmente e adquirir experiência para futuros empregos. As empresas, por sua vez, recebem o Selo Empresa Amiga do Aprendiz, que é concedido a quem oportuniza o trabalho dos adolescentes.
Fotos da entidade.
Colaboração Carlos Braga Muller e Dalva Day 

- Adelina Hess de Souza

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Texto produzido por  Jacqueline Hess e me enviado gentilmente para que eu pudesse postar em meu blog. Uma riquíssima história de sucesso. Este trabalho servirá de pesquisas. Eu Adalberto Day adquiri a minha primeira camisa nas Lojas DUDALINA na Rua XV de novembro em 1968, mesmo ano que a empresa veio para  Blumenau. Lembro-me que no inicio o tecido da qual adquiri a camisa, foi comprado pela senhora Adelina na antiga empresa Industrial Garcia. 
Os Moldes do Sucesso
Adelina 
A história de empreendedorismo, luta e sucesso de Adelina Clara Hess de Souza, Mãe de 16 filhos e fundadora de uma das maiores empresas brasileiras.
A palavra empreendedor é de origem francesa, entrepreneur, e denomina aquela pessoa que assume riscos e inicia algo novo.
O Brasilé um dos países onde mais se criam negócios. Nós brasileiros somos um povo muito empreendedor.
Nestas páginas Você conhecerá um caso real de empreendedorismo. A história de uma mulher verdadeiramente empreendedora, uma catarinense cuja vida foi dedicada a grandes ideias, costuradas com talento, amor e muito trabalho.
A história começa nos últimos anos da década de 19(40), quando um jovem casal apaixonado, Adelina e Duda, iniciava uma vida de sonhos e esperanças na pequena cidade de Luís Alves, num cantinho do Vale do Itajaí, em Santa Catarina.
Eles planejavam uma família de 20 filhos; tiveram 16.
Não havia telefone e nem energia elétrica. Mas o que poderia ser um drama rural brasileiro foi o princípio de uma história de grande sucesso pessoal e empresarial.
O relato de vida apresentado nas páginas a seguir é uma homenagem à memória de Dona Adelina Clara Hess de Souza, mulher à frente de seu tempo, que teve coragem, força e ousadia para dar início ao seu próprio empreendimento e torná-lo um negócio muito bem sucedido.
Mas este texto é também dedicado a todas as pessoas criativas e empreendedoras que constroem diariamente o nosso Brasil, do Norte ao Sul, do Leste ao Oeste.
A história de vida aqui contada é fonte de inspiração às mulheres e aos homens, jovens, adultos ou idosos, pois é através da ideia, do estudo, da vontade, da perseverança e da esperança, e do amor, que todos nós podemos deixar nossa marca no mundo, fazendo-o um lugar melhor do que estava quando nascemos.
Vejamos como tudo aconteceu!
Adelina era uma jovem inteligente, feliz, aplicada nos estudos, tinha muitos amigos e ajudava em casa nas tarefas do mésticas.
Era a década de 40 e a adolescente morava em Luís Alves. Mas, durante 6 anos estudou em escola interna na vizinha cidade de Blumenau.
Leopoldo e Verônica, pais de Adelina
Aos 14 anos ela  terminou o ginásio e resolveu, a partir de então, ajudar seus pais no pequeno comércio de secos e molhados da família em Luís Alves.
Observando a gestão da casa de comércio, Adelina notou que era preciso mudar a forma de organizar a loja e que era necessário motivar os vendedores que estavam muito acomodados. Além disso ela começou a implantar alguns controles, tais como o livro de estoque.
Os pais ofereceram a Adelina 1% de comissão sobre todas as vendas que ela fizesse e isso a motivou a ampliar os negócios.

Com muita disposição, ânimo e força de vontade ela conseguiu, num curto prazo ,obter sucesso nas vendas, melhorando o atendimento aos clientes, e com essa nova postura de negócios as vendas da lojinha foram aumentando.
“Já de manhã, por volta das 5 horas, estávamos de pé e começava a nossa lida: os carroceiros tratando os animais e buscando os produtos agrícolas; os operários iniciando a secagem do açúcar na eira e os balconistas abrindo a venda, para atender os primeiros colonos que já nos aguardavam com suas carroças.”
Adelina
Ao final de cada dia de expediente Adelina reuni aos balconistas e todos juntos colocavam em ordem as mercadorias, para que no dia seguinte a loja estivesse perfeita para os clientes.  Aqueles eram tempos difíceis, nos anos 1940. Luís Alves não tinha luz elétrica e as notícias podiam ser ouvidas no rádio à bateria.
Mas havia muita alegria também! Aos 15 anos Adelina fundou o Clube de Vôlei Luisalvense e a juventude passava os domingos jogando, pedalando bicicleta, fazendo passeios e piqueniques.
Quando da II Grande Guerra, Adelina quis se incorporar ao Corpo Expedicionário da Cruz Vermelha para prestar socorro às vítimas de guerra, mas seus pais não deixaram que ela fosse.
Entre 1944 e 1945, então com 18 anos, Adelina ficou em Blumenau para cursar corte e costura, bordado à máquina e economia doméstica. Terminados os cursos ela voltou para casa e retomou suas funções na loja, no balcão e no escritório da casa comercial de seus pais.
Em 1945 Adelina conheceu Rodolfo (o Duda) com quem casou em 24 de maio de 1947. Iniciava-se uma história de amor que durou meio século!
Após o casamento, os pais de Adelina ofereceram ao jovem casal a aquisição da pequena loja. Naquele momento iniciou-se uma saga de muito trabalho, determinação, inovação e visão de negócios  A jornada de trabalho na loja de secos e molhados era de 18 horas diárias e embora estivesse constantemente grávida Adelina não perdia o entusiasmo. Em 1955 ela e o marido decidiram fechar o açougue mas mantiveram a casa de comércio, abriram uma serraria e compraram um caminhão para transportar a madeira. O comércio e a serraria davam suporte ao sustento da família que aumentava, afinal em 1955 já tinham seis filhos.
Contudo, Adelina só pensava em fazer os negócios crescerem e para isto não media esforços. Duda se dedicava ao contato com os colonos, com os clientes e cuidava do abastecimento dos produtos para a venda.
Adelina se encarregava do setor de tecidos, confecções, sapatos, perfumaria e armarinhos. Para manter a loja abastecida, Adelina costumava buscar os produtos em São Paulo e nos atacadistas catarinenses.
Numa dessas viagens ela não pôde ir devido à gravidez adiantada. Então Duda teve que viajar a São Paulo sozinho e foi quando um dos fornecedores, um turco da Rua 25 de Março, o convenceu a comprar um grande lote de tecidos por um preço vantajoso e prazo a perder de vista. O turco falou ao Duda:
“Tenho um saldo bem ‘baratinho’
Que o ‘brimo’ leva de graça;
Umas peças de faill e xadrez,
‘Breço’ assim não tem na ‘braça’;
Negócio como este hoje, ‘brimo’
A gente procura e não acha.”
Quando as peças de tecido chegar amem Luís Alves Adelina levou um baita susto, pois não haveria consumidores para tanto tecido.
Bem, o que fazer então?
Colocou-se um preço baixo no tecido, fizeram uma promoção, mas a quantidade era muito grande.
Foi quando Adelina teve um estalo, percebeu uma oportunidade e pensou:
“Se não consigo vender o tecido em metro, vou transformá-lo em confecção, já que um dos cursos que fiz quando jovem era de corte e costura !”
Era maio de 1957 quando Adelina chamou 2 amigas, Lídia e Gertrudes, que eram costureiras e propôs um negócio: elas trariam suas duas máquinas de costura e juntas as três transformariam aquele tecido todo em camisas!
As amigas gostaram da ideia e as máquinas foram instaladas num dos quartos da casa de Adelina e foi iniciada a produção.
Trabalhavam durante o dia e à noite as máquinas eramretiradas para recolocar as camas.
Naquele período estava em construção a linha de transmissão de energia da Usina Jorge Lacerda para Joinville, que passava por Luís Alves.
Um grande número de trabalhadores foi deslocado para a obra e abrigavam-se perto da loja de Adelina. Eles foram os primeiros compradores das camisas e rapidamente o estoque de tecido acabou, estimulando a visionária Adelina a continuar com sua confecção.
Ela alugou a casa em frente à sua loja, comprou mais tecidos e iniciou a sua indústria. É preciso lembrar que naquela época não havia incentivos do governo; o casal não possuía capital e a cidade ainda não tinha eletricidade. Eram tempos duro se para manter o empreendimento era preciso enfrentar toda sorte de desafios e dificuldades

A alternativa encontrada foi contratar as costureiras e pagar aluguel pelo uso de suas máquinas.

Em 1959 Adelina e Duda instalaram um gerador elétrico e esta iniciativa possibilitou que fossem compradas máquinas industriais usadas, o que foi um novo impulso na fábrica. “Para crescer é preciso investir”, Adelina dizia.
Ela própria ia com seu caminhão vendendo as camisas para comerciantes de diversas regiões de Santa Catarina.
Adelina resolveu também contratar representantes que logo colocaram a produção no comércio da região Mas, com seu espírito sempre inovador, ela queria aumentar a produção de camisas e para isso foi adquirindo máquinas semi automatizadas. A fábrica primava pela qualidade para conquistar o mercado. O trabalho da confecção era quase artesanal. Adelina pessoalmente revisava peça por peça. Os filhos todos a ajudavam na revisão das camisas e corte dos fios
Nessa época foi criada a primeira logo marca e o nome DUDALINA (junção de DUDA com AdeLINA).
Em 1965 Adelina e Duda adquiriram duas lojas em Balneário Camboriú, SC. Numa loja o atendimento era feito por Duda e 4 filhos; na outra loja estava Adelina com mais 4 filhos e eram estabelecidas competições entre as equipes para ver quem vendia mais e os vencedores eram premiados.
O atendimento prestado pelos filhos e filhas, já perfeitamente entrosados com a arte do comércio, encantava os turistas, que sempre voltavam no ano seguinte para prestigiar a família que trabalhava unida.
Adelina revezava-se entre a fábrica de Luís Alves e as lojas de Balneário Camboriú. Os filhos menores ajudavam na loja de Luís Alves, atendendo os fregueses, pesando alimentos, medindo tecidos, revisando as camisas prontas, datilografando as etiquetas.
Porém, o estudo das crianças preocupava o casal e também o crescimento da indústria demandava maior infraestrutura (transporte, telefone, suprimento de matéria-prima e serviços bancários). Adelina, face a essas necessidades, já planejava a mudança para Blumenau.

Blumenau, anos 60
Ela poupou tudo o que pôde e quando já tinha o dinheiro suficiente adquiriu uma loja em Blumenau (era o ano de 1968). No mesmo ano Adelina e Duda compraram uma residência em Blumenau e em 1969 transferiram a família e a fábrica para a cidade. Com um espaço e uma equipe maior a confecção começou a se consolidar nomercado.

Os filhos mais velhos assumiam cada vez mais responsabilidades na empresa. Os filhos mais novos cuidavam da loja de Blumenau e também desenvolviam inúmeras atividades na fábrica e nas demais lojas.
Com isto a indústria seguia crescendo e novas praças iam sendo abertas.
Em 1983 Adelina achou que era hora de transferir o comando da empresa para seus filhos e a partir disso ela dedicou-se à administração do Himmelblau Palace Hotel, em Blumenau, recém adquirido pela família. Adelina dirigiu o Himmelblau até 1991 quando então passou tal incumbência aos filhos.

Nem mesmo as grandes enchentes de 1983 e 1984 em Blumenau derrubaram o espírito empreendedor da Família Hess de Souza.
A DUDALINA edificou uma nova sede em Blumenau, no bairro Fortaleza, inaugurada em 1984. Em 1985 foi construída mais uma fábrica em Luís Alves. E em 1986 uma unidade industrial em Presidente Getúlio.
Também a abertura de um escritório de vendas em São Paulo visou aumentar a presença da DUDALINA na região Sudeste.
Ainda nos anos 90 Dona Adelina iniciou mais um empreendimento: a confecção de “patchwork” até então inédita no Brasil. Montou a fábrica nos fundos de sua casa em Blumenau e pessoalmente fazia os desenhos e compunha os mosaicos. Ela revendia os produtos no hotel e também para várias lojas do Brasil e exportava para a Argentina e o Chile.
Dona Adelina faleceu em 2008, aos 82 anos de idade. Teve uma trajetória de vida marcada por trabalho, visão e disciplina, legado este ao qual seus filhos e filhas, netos e netas, dão continuidade com respeito, carinho e competência.
Adelina
Uma mulher de visão, que sempre soube que bons empresários são aqueles que não se intimidam diante das adversidades. Eles acreditam nas suas ideias, tomam iniciativas, assumem riscos e passam por cima dos problemas.
 “Devemos ter uma postura franca e buscar êxito nos negócios, o que só se consegue com muito empenho, determinação e vontade de vencer.
E claro, é preciso ter criatividade.”
Adelina
COMPROMETIMENTO é criar tempo, quando não existe nenhum. Passar horas após horas, anos após anos, ficando no mesmo, é estacionar e não procurar progredir para si e para os outros.
Comprometimento é formado pelo caráter de cada um, é o poder de mudar a cara das coisas. É o triunfo diário da integridade, do interesse próprio e da empresa. O orgulho é um comprometimento pessoal. É uma atitude que separa a excelência do inferior. Ele nos inspira a entrar na frente dos outros, mas devemos é entrar na frente de nós mesmos.”

Este relato:
CENTRO DE MEMÓRIA FAMÍLIA HESS DE SOUZA –DUDALINA


Texto e fotos  Enviado gentilmente por Jacqueline Hess 
Adelina nasceu em Luís Alves, em 20 de março de 1926 e faleceu no dia 31 de outubro de 2008 aos 82 anos.
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