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- Churrasco de Igreja

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 Churrasco de igreja
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                                   (Para meu amigo Adalberto Day e para meu pai, Roland Klueger).
A historiadora, escritora e Colunista Urda Alice Klueger, nos apresenta uma crônica em homenagem ao seu pai e a mim. O assunto se desenrolou em conversas com a Urda enquanto eu estava em tratamento de radioterapias e quimioterapias de um câncer na Rinofaringe em 2012/13, onde por diversas vezes ela e outros amigos diziam que iriamos logo comer “um churrasco de Igreja”.  Ainda não é possível devido à destruição da glândula salivar com a Radioterapia, e carne não passa na garganta, assim como alguns alimentos, porém o aroma eu sinto todos os dias. Que saudades!      
Por Urda Alice Kluger
Urda

                                   Aquele aroma vem lá da minha infância mais antiga, do tempo em que ainda não tinha quatro anos, e é inesquecível e incomparável. Em dias de festa, e houve alguns naquele período em que começo a lembrar das coisas, meu pai fazia o perigoso braseiro no chão do rancho, rodeado por alguns tijolos, e meninas pequenas como eu ficavam proibidas de aproximar dali um dedinho que fosse.
O fogo, assim como a água, continuam exercendo seu fascínio atávico sobre o ser humano, e ainda me lembro muito bem do rubor daquelas brasas vivas e perigosas, que logo eram cobertas pela grelha de ferro, utensílio importantíssimo naqueles tempos remotos – e que continua a existir, principalmente em festas de igreja.

                                   Então, quando a grelha incandescia, lá vinham os churrascos para assar, mergulhados no tempero desde a véspera, e meu pai, que sempre foi hábil cozinheiro, sabia direitinho o que se usar para um churrasco, ou cinquenta, ou cem – temperava os churrascos para um casamento inteiro, ou para o que fosse, as quantidades sabidas de cabeça, tanto de sal, tanto de pimenta do reino, tanto de cebola cortada, tanto de vinho, tanto de cerveja, um pouco de limão.
Igreja Bom Pastor - Garcia
Acho bom clarear o conceito de churrasco para quem não é nativo do Vale do Itajaí – nosso churrascoé aquilo que os gaúchos, por exemplo, chamam de chuleta, e quando, aos poucos, outros povos começaram a povoar este vale que fora por algum tempo dominado pelos imigrantes e seus descendentes, e se espantarem pelo nosso conceito de churrasco, espantamo-nos também, pois, para nós, o churrasco era aquilo que a nossa cultura nos passara.
Igreja Nossa Senhora da Glória
                                   Lembro da primeira vez em que estive num churrasco em distante lugar, e o quanto me espantei com tantas carnes, porcos cortados ao meio com os dentes ainda formando meio sorriso e coisas assim, sal grosso em lugar de vinha d’alhos, espetos – tive um choque, assim como devem ter tido os que vieram de fora e se depararam com o que sabíamos. Imagino, no entanto, que os migrantes não devem ter se chocado com aquele aroma que se espalha pelo ar quando aquelas chuletas temperadas de véspera vão para a grelha e rescendem àquela inebriante fumaça de carne assando no seu melhor tempero, assim como meu pai fazia.
                                   Ao longo das últimas décadas, o churrasco gaúcho foi tomando conta dos restaurantes e costumes desta região onde vivo, e penso que hoje já pouca gente sabe, como meu pai sabia, as quantidades certas de tempero para cinquenta ou cem churrascos, e além de um ou outro lugar esparso, como algumas casas ou alguns assadores, o nosso churrasco tradicional está circunscrito às festas de igreja. E hoje é um tempo em que a gente diz coisas assim:
                                   - Vou comer um churrasco de igreja na festa da Nova Rússia! – pode ser em outro lugar, o que importa é a tradicionalidade daquele tempero de véspera, a grelha de pernas curtas sobre o braseiro, aquele aroma que eu diria divino se espalhando pelo ar, coisa que foi tão bem preservada pelas igrejas, nas suas festas! O nosso churrasco tradicional hoje se chama “churrasco de igreja”, e lembrando o que meu pai fazia, eu ainda arrisco fazer o tempero de uma ou duas peças daquelas, para obter resultado mais ou menos igual, e fico caçando os anúncios de festas de igreja para ir lá comer aquele que é o tradicional churrasco da minha infância, e nessas ocasiões, sinto tamanha saudade do meu pai
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Urda foi homenageada por parlamentares
A historiadora e escritora blumenauense Urda Alice Klueger foi homenageada dia 25 de novembro/2014 na Assembléia Legislativa de Santa Catarina. Recebeu a medalha Mérito Legislativo,considerada a maior honraria  do parlamento catarinense, em sessão solene . Urda é membro da Academia Catarinense de Letras, do Instituto Geográfico  de Santa Catarina, da União Brasileira de Escritores  e da Associação de Jornalistas e escritores do Brasil.Autora de Romances e Ficção. inclusive para crianças, atualmente faz pesquisa sobre os povos sambaquianos. 
                                   Blumenau, 18 de novembro de 2014. 
                                   Urda Alice Klueger
                                   Escritora, historiadora e doutora em Geografia.   

- Onde rola a bola

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“Em histórias de nosso cotidiano, apresentamos Flavio Monteiro de Mattos (foto), carioca de nascimento e BLUMENAUENSE POR OPÇÃO”, contando um pouco de suas lembranças quando vinha do Rio de Janeiro visitar Blumenau, com sua família.

ONDE ROLA A BOLA, TODO MUNDO VAI ATRÁS!
Sou de uma época em que o futebol era a principal diversão dos garotos da maioria das cidades brasileiras e a postagem “Futebol anda de trem” do cronista José Geraldo Reis Pfau" Zé Pfau" me fez reviver um pouco desse tempo.
Fosse onde estivesse, fanáticos como eu davam um jeito de jogar uma “pelada” (termo empregado na época), desde que para isso houvesse ao menos um parceiro. O resto era detalhe. A bola, necessariamente, não precisava ser uma bola tradicional, bastava algum objeto que pudesse ser chutado e aí eram considerados desde uma pequena pedra, passando por chapinhas de refrigerante (dava-se esse nome às tampas, que eram de metal chanfrado), caixas de papelão e, claro, as amadas bolas, de couro plástico ou até as feitas com meias. Os “campos” variavam desde quartos, corredores, garagens, calçadas ou pátios e as disputas tinham formatos variados: desde o rudimentar “gol a gol” (com apenas dois “atletas”, um chutando para o outro, alternadamente), duplas ou times. O tempo de duração da competição era totalmente imponderável. Podia ser breve por conta da “bola” improvisada desfazer-se e não haver outra disponível, ou ainda muito breve, interrompida por alguém extra-campo que constatava assoalhos arranhados; copos, vasos, cinzeiros, vidraças atingidos por “boladas”, ou ainda as sumárias, interrupção da disputa por um dos “atletas” machucados e/ou “desgaste do material“ – rasgos nas roupas, destruição de sapatos.
Mas sem dúvida era tudo muito simples se comparado às exigências de hoje. Aconteciam em função da oportunidade – dois ou mais “jogadores” disponíveis -, e capacidade de improvisação dos “atletas” – balizas, a bola e uniformes, geralmente eram os sem camisa contra os de camisa.

O passar do tempo e uma maior autonomia de ir e vir foram responsáveis por uma mudança de status das disputas e a orla marítima do Rio passou a ser o novo palco desses “atletas”. As “peladas” continuavam sendo disputadas nas suas variadas formas, mas a areia abria um “novo” formato de participação para os que evoluíram nos fundamentos demonstrassem habilidades, que era a chamada “linha de passes” (ou “modernamente” batizada de altinho). O objetivo era a troca de passes sem deixar a bola tocar no chão, tendo o chute liberado ao arco quando o número de toques fosse igual ou maior do que o número dos atletas presentes. Se resultasse em gol, o escalado para o gol – tinha que haver um! - permanecia de castigo debaixo das traves. Haviam duas únicas oportunidades de deixar o castigo e integrar a linha: o goleiro defender o chute ou que fosse para fora.  
O futebol de areia foi fundamental para definir se você levava jeito para a coisa ou deveria procurar outro esporte. Muitos dos que se tornaram profissionais vieram do futebol de praia e entre eles, os que voaram mais alto foram o Paulo Cesar Cajú, Júnior, Edinho, que atuaram nos campos do Colúmbia (Leblon), Lagoa (Ipanema), Tatuís, La Vai Bola, Juventus, Radar, Copaleme (Copacabana), entre outros.
O futebol de areia também foi a escola para alguns juízes que se destacaram no futebol de campo. Entre eles o que mais alcançou fama e prestígio foi o Arnaldo Cesar Coelho. Entre os folclóricos o mais lembrado foi o Jorge Emiliano dos Santos, o Margarida, homossexual assumido.
Mas não pensem que era fácil apitar na areia, pois não era mesmo! Não havia arquibancadas, curralzinho vip ou sequer policiamento, por isso era muito comum ver vários árbitros encerrarem as partidas próximos ao mar, que era a única rota de fuga disponível para escapar dos torcedores e jogadores inconformados com as atuações das “vossas senhorias”.
Deverá estar se perguntando o leitor o que o futebol de areia tem a ver com Blumenau, que nem praia tem, exceto a prainha do rio Itajaí.
Acreditem, prezados leitores do prestigioso blog do Amigo Adalberto Day, que este que vos escreve testemunhou em Blumenau o mesmo afã da “piazada” local no que diz respeito às disputas de suas “peladas”.
O primeiro palco que conheci em Blumenau foi a casa dos meus parentes na Alameda Rio Branco, que ainda está de pé. Os “jogos” aconteciam em um pequeno gramado lateral onde se estendiam roupas, cujas dimensões eram totalmente adequadas ao porte dos “atletas” da época. Comportava times com até quatro ou cinco jogadores de cada lado e os suportes dos varais serviam como balizas.
Quando o “campo” era ocupado pelas roupas postas para secar, utilizávamos a área em frente à garagem, que reduzia significativamente o número de jogadores por time e até mesmo a própria garagem, nos dias de chuva. Na impossibilidade do uso desses “estádios”, as “peladas” aconteciam ainda na rua lateral, que se a memória não falha era a continuação da Rua Paraná. Esse trecho da rua não tinha saída e o piso era de terra e as muitas pedras no chão, pequenas é verdade, provocavam dor quando as pisávamos descalços. Por várias vezes tentei retirar as maiores do “campo”, mas as esquecia por completo quando começava o “jogo”.
Havia ainda outro detalhe que nos fazia evitar a rua terra, além das eventuais interrupções por conta da passagem de veículos dos moradores. Era quando a bola caia no jardim da casa da temida fräu Scholz, que nos espreitava de uma das janelas. Decidia-se quem seria o corajoso na recuperação da bola no par ou impar, mas bastava que o valente pulasse o muro para que a dona da casa aparecesse, esbravejando em alemão palavras que aos meus ouvidos soava como uma real ameaça à nossas vidas. Meia hora depois já estávamos lá novamente...
Depois de um tempo as dimensões do campo da casa dos parentes não comportavam as estaturas dos “atletas”, lembro ter jogado algumas vezes em um terreno gramado que existia no Olímpico, para além do campo oficial e na direção no ribeirão Garcia, acredito.
O terreno ficava em um nível inferior aos demais e olhando de lá na direção da Alameda, somente se via as últimas fileiras da arquibancada coberta e o muro da rua parecia gigantesco.
O “campo” era comprido, porém estreito e um chute transversal jogava a bola no mato, que era alto e dificultava a recuperação do esférico. Creio que dali avistava-se o ribeirão Garcia, mas era certo ouvir o ruído de suas águas fluindo.
São também dessa época as lembranças das “peladas” ocorridas em um campo verdadeiro com balizas e tudo, que ficava atrás do prédio que foi o primeiro ginásio do Estado, do antigo Clube de Ginastica de Blumenau -  atual de propriedade do Colégio Pedro II. Não lembro por onde era o acesso, entretanto é quase certo que após o campo havia uma grande construção, que não lembro como era utilizada.
Com a mudança dos primos para uma casa na Frederico Guilherme Busch, não dispúnhamos de área como a da Alameda, em compensação havia um terreno desocupado em uma das esquinas da Rua Nereu Ramos com uma de suas transversais que se transformou quase em um estádio permanente. Primos, amigos dos primos e amigos dos amigos dos primos puseram balizas e mesmo com um chão de terra era ideal para a prática futebolística. Partidas disputadas sob a chuva ou debaixo dos súbitos temporais que comumente desabavam nos dias abafados de verão eram saudados quase como os praticantes de esportes de inverno saúdam a neve, muito mais pela diversão de patinar na lama do que jogar futebol, propriamente dito.
Ficávamos imundos e nossa entrada em casa somente era liberada após um banho de mangueira para tirar o grosso e sempre ouvíamos o alerta de que um dia um de nós seria atingido por um raio, que felizmente nunca aconteceu.  
E esse deveria ser o caminho traçado de alguns dos que vi jogar no Olímpico, que levavam um número significativo de torcedores ao estádio da Alameda, que ficava tomada por carros, lambretas e bicicletas dos que vinham prestigiar o evento, lotando não somente as arquibancadas cobertas, mas também em torno do alambrado que cercava o gramado. Ficava-se tão próximo do campo que se ouvia claramente o barulho dos chutes mais violentos, das disputas pela bola ou dos gols, quando as redes recebiam o impacto da bola. Nas partidas noturnas, as lâmpadas dos refletores atraiam uma infinidade de insetos e lembro algumas partidas disputadas sob chuva, com os jogadores enlameados deixando a cancha ao término das partidas.
Como disse a crônica do "Zé Pfau" que inspirou tais lembranças, ouso acrescentar que não somente o futebol andava de trem, mas também de carro, motos, bicicletas, a pé ou qualquer outro meio de locomoção, todos válidos para se torcer por nossos times de coração.

Flavio Monteiro de Mattos
Referencias: 
- Columbia Praia Clube - http://blogdoiata.com/?p=2200
- Paulo Cesar Lima (Caju) - http://oglobo.globo.com/blogs/blog-do-caju/ 

- 54º JASC – Blumenau x Itajaí

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Uma colaboração de Theodor Darius, da Darius Turismo, que acompanhou alguns dias da competição dos JASC e nos Traz uma crônica muito boa para nossa reflexão.
 54ºs.  JASC  - BLUMENAU X ITAJAÍ  - REFLEXOES
Os Jogos Abertos de Santa Catarina são uma competição fantástica e emocionante, inclusive reconhecida como uma das melhores no Brasil.
Ao colocar em disputa atletas que representam diferentes cidades, faz aflorar o sentimento de amor a terra em todos os envolvidos.  A busca pela vitoria adquire um sabor especial quando  se representa uma cidade, estado ou país, talvez mais do que um clube. Este espírito e uma das grandes marcas dos JASC. Quem levantará o troféu de campeão geral?        
Em 1979, aos 14 anos, fui pego de surpresa por esta emoção. Os JASC aconteciam em Blumenau. Não resisti e passei os jogos inteiros “pulando” de quadra em quadra torcendo por Blumenau aonde haviam atletas representando-a. Era o auge da hegemonia. Lembro-me da cerimônia de encerramento e a grande quantidade de troféus que Blumenau conquistou. Acho que foram 17 só de 1º. Lugar. Fiquei fascinado por esta relação BLUMENAU/JASC.  De lá para cá tenho acompanhado de perto o evento, inclusive presencialmente quando posso.
Como pode uma cidade ser tão expressiva com 40 títulos de 54 possíveis  no estado mais equilibrado na renda e população do Brasil ? E de fato impressionante.
E os JASC 54? Como foi nossa delegação? O que impediu Blumenau de somar mais um titulo após a vitória em 2013?
      Estive durante 02 dias em Itajaíao meu estilo, com a programação na mão, novamente “pulando” de quadra em quadra para  acompanhar  e torcer pelos atletas da nossa cidade.  Neste ano com uma ansiedade maior pois já desde 2013 nos bastidores dos JASC comentava-se da invencibilidade de Itajaí em 2014.
Mas Blumenau foi a Itajaí teoricamente com chances pois só não marcou presença em  02 modalidades: no Bolão 23 Masculino e no Tênis de Mesa Feminino. Na 1ª Por não ter se classificado e na 2ª. por não contar com uma equipe montada  (uma pena).
E os jogos iniciaram e o que era previsto começava a se concretizar: Itajaí larga na frente.  Eu consultava varias vezes ao dia os resultados e a cidade sede simplesmente “não tomava conhecimento”.
(foto acima: esforço da atleta blumenauense no Bolão 23 Fem. – vice-campeão)
Mas o que está acontecendo me perguntei ? Não via a hora de sentir os calor das competições. Mandei-me para Itajaí. Minha pergunta era uma só: “o que aconteceu com Blumenau (e Itajaí) neste ano para tamanha disparidade?”. Conversei com inúmeros atletas, técnicos e dirigentes esportivos, tanto de Blumenau como de outras cidades, curioso para obter uma explicação. Teria Itajaí evoluído tanto e Blumenau regredido?
Assim como minha pergunta  era quase uma gravação, a resposta também o foi: “contratação maciça de atletas”. Após 02 dias nos JASC, muitos diálogos e acompanhamento direto das competições, retornei a Blumenau com algumas impressões  que compartilho aqui.
E inegável a boa organização dos jogos (elogiada pela FESPORTE), e o esforço dos atletas de Itajaí  por um bom resultado.
Por outro lado, saltou-me aos olhos a presença de quase outra delegação  que não pertencia a nenhuma cidade, embora representando Itajaí , ou seja,  um grande contingente de atletas arrebanhados pela cidade sede para conquistar o tão sonhado titulo geral.
Isto foi notório em modalidades como o bolão,  o takendoo, o judô e a ginástica rítmica por exemplo.
Não há dúvidas dos aspectos positivos deste expediente, utilizado pela maioria das delegações (inclusive Blumenau) o  que aumenta o nível da competição e inspira os mais jovens. Mas a julgar pelo que vi e ouvi em Itajaí, os 54os. JASC foram marcados por uma extrapolação deste recurso talvez como nunca visto antes. Comenta-se oficialmente em 80 atletas importados (dos 450 que compunham a delegação de Itajaí), mas nos bastidores este numero teria sido ainda maior.
Os  JASC de Itajaí foram considerados um sucesso, e Io município entra para a galeria dos campeões (composta apenas por Blumenau, Florianópolis e Joinville),  mas a sensação e a pergunta que ficam para quem acompanhou os jogos de perto  e: SERA QUE A CIDADE SEDE (com os seus reais atletas) REALMENTE FOI CAMPEA ?
Fotos (acima à esquerda: a conquista do 2º. Lugar na Ginastica Rítmica. A direita o troféu e abaixo uma medalha dos 54os. JASC.

Texto e arquivo Theodor Darius. 

- Natal em Blumenau

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Após trabalhar meses no Polo Norte, o Papai Noel cansou do frio e vem passar o verão em Blumenau

VILA DE NATAL PROMETE RESGATAR AS TRADIÇÕES DO NATAL DE BLUMENAU.
Um dos objetivos do projeto é o resgate da essência do natal, que desperte sentimentos genuínos. “A Vila de Natalé uma oportunidade única de vivenciar os valores implícitos desta época do ano, como a solidariedade e o amor ao próximo. 
As atrações da Weinachtsdorf serão a Oficina da Família Noel, Feira de artesanato, Feira de Livros, Caminho das Neves, Bosque dos Presépios, Projeto Árvore Solidária, Projeto Árvore das Águas, Estação Vila Germânica, Exposição de mesas natalinas, Palco Cultural, Casa do Papai Noel e Jantar de Natal. "A Vila de Natalé um espaço destinado às famílias, para que tenham momentos de confraternização e resgate do espírito de Natal".
O Magia de Natal é um projeto gratuito ao público e acontece de novembro a 6 de janeiro. Organizado pela Câmara de Dirigentes Logistas de Blumenau em parceria com a Prefeitura Municipal e com apoio do Governo do Estado de Santa Catarina, da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte com o Funturismo. Confira a programação completa no site oficial do evento, www.magiadenatal.com.br.


O Natal na minha Infância
Meus avós, pais todos cultivam essa tradição que representa o nascimento de Jesus. A cidade se enfeitava, os presépios eram sempre as atrações principais, acompanhada do “bom velhinho”. 
- Mas as festas natalinas começavam mais cedo, no dia 6 de dezembro, onde a figura de Bispo Nicolau, que viveu e pontificou na cidade de Myra, na Turquia, no século quatro. São Nicolau era rico, mas costumava ajudar pessoas pobres, que estivesse em dificuldades financeiras, colocando sacos de moedas, nas chaminés das casas. Uma vez ao atirar pela chaminé, essas moedas teriam entrando em uma meia, daí o termo “pé de Meia”.  E foi assim que aprendi com minha avó Ana e meus pais, que a figura do Papai Noel teria se inspirado no Bispo Nicolau.
- No dia 24 de dezembro véspera de Natal, já cedo íamos ao mato cortar uma arvore (ou na casa do Senhor Djalma e Ingeborg (Inha) Fontanella da Silva, ou ainda na Frau Bachmann, mãe do meu amigo Walfrido – da antiga Rua 12 de outubro) para depois durante a tarde enfeitá-la com bolas coloridas e como não havia luzes “piscas-piscas” eram colocados velinhas também coloridas para iluminar o pinheiro. Muita alegria e confraternização entre os moradores das Ruas próximas onde morávamos: Almirante Saldanha da Gama, da Glória, 12 de outubro, Belo Horizonte, Progresso, e Vila. Mas um natal desses não foi tão bonito, pois uma  velinha de cera ao cair nas vestes de nossa vizinha e colega Sandra, pegou fogo em suas vestes e lhe causou graves queimaduras em seu pequeno corpo, já que era uma garotinha de uns 10 anos.  Era um dia especial, se colocava a árvore somente no dia 24,  devido ao calor sempre predominante, a ramas murchavam facilmente. 
Antiga Lojas HM - Hermes Macedo
A Weihnachtsdorf ou Vila de Natal
Livro que recebi dos meus queridos amigos Ricardo e Fabiana Lange Brandes - Histórias de Natal, escritores renomados relando o cotidiano vivenciado por eles nos Natais. Contos & Crônicas. Na dedicatória diz  o seguinte:
Para Adalberto,
Um presente dos amigos Ricardo Brandes e Fabiana Lange Brandes, com votos de muita saúde, felicidade e luz em sua vida!
Blumenau, P.S. Prosit!
- Em nossas ruas do bairro Garcia e Glória, eram colocados enfeites coloridos em toda extensão das vias públicas, da Rua Amazonas e Rua da Glória. Também havia sempre um presépio em forma de personagens de tamanho natural, colocado na antiga Praça Getúlio Vargas, no início do Progresso, Glória e final do Garcia. E as músicas natalinas que ouvíamos bem cedo provenientes dos auto-falantes da casa Nº. 111 da Rua 12 de Outubro, residência do Senhor David Hiebert, mais conhecido como  Russo, (hoje praça Getúlio Vargas). 
- Essa era a década principalmente dos anos de 1960, esperávamos ansiosos os presentes, que naquela época era raro, era costume os pais dar o mesmo presente, durante alguns dias, e depois os guardava para o ano seguinte. Da mesma forma as bonecas eram recolhidos alguns dias antes do Natal, e as mães as vestiam com roupinhas novas, para dar novamente as filhas na noite véspera do Natal. Os carrinhos eram todos de madeira, mas a bola para jogar o ano inteiro no clube doze (no Morro) há essa não podia faltar, e não era recolhida, ganhava todos os anos.
- E o presépio lindo que data de 1950, era da minha avó Ana, guardo em nossa residência desde 1976 quando nos casamos e “tomei posse desta tão linda ornamentação”. A confraternização era linda entre os moradores, em nossa aldeia social, morávamos nas casas pertencentes a E.I.Garcia. Não Faltavam os lindos cantos natalinos, pura nostalgia e que cultivamos nos dias de hoje mantendo a tradição. 
História 
Há 16 séculos na Turquia, havia um menino rico que não suportava ver a miséria existente. Então decidiu distribuir brinquedos, alimentos, roupas.
O Papai Noel foi inspirado no Bispo Nicolau, que viveu e pontificou na cidade de Myra, na Turquia, no século 4. São Nicolau era rico, mas costumava a ajudar pessoas pobres, que estivesse em dificuldades financeiras, colocando sacos de moedas, nas chaminés das casas. Uma vez ao atirar pela chaminé, essas moedas teriam entrando em uma meia, daí o termo “pé de Meia”.
Quando cresceu se tornou bispo “São Nicolau” (dia de São Nicolau comemorado em 06 de dezembro) e continuou com sua generosidade.
Foi através dele que surgiu a lenda do Papai Noel na Finlândia, já com trenó, renas, descendo as montanhas geladas.
Mas foi na França que surge o termo “Papai Noel”  depois imitado pelos Italianos que antes chamavam o bom velhinho de “Babbo Natale”.
O Cartão de Natal surgiu na Inglaterra em 1843. Mas foi em 1849 que começam a serem comercializados, tornando-se populares.
A figura do Papai Noel, foi elaborado pelo cartunista Thomas Nast, da revista Harper”s Weekly em 1881.
A tradição de arvores  de Natal foi a partir do século XVI em 1525 na Alemanha, pelo pastor protestante Martinho Lutero.. Já o presépio acredita-se é desde o século 8 em Roma, e mais tarde em 1223 São Francisco de Assis fez o primeiro presépio vivo que se tem noticia.
O dia 25 de dezembro começou a se comemorar o nascimento de Jesus a partir do ano 353, até então eram em diversas datas. 
Noite feliz
A canção mais popular da noite de Natal nasceu na Áustria, em 1818. Na cidade de Arnsdorf, ratos entravam no órgão da igreja e roeram os foles. Preocupado com a possibilidade de uma noite de Natal sem música, o padre Joseph Mohr saiu atrás de um instrumento que pudesse substituir o antigo. Em suas peregrinações, começou a imaginar como teria sido a noite em Belém. Fez anotações e procurou o músico Franz Gruber para que as transformasse em melodia.
A versão brasileira da canção também foi feita por um religioso: o Frei Pedro Sinzig. Também nascido na Áustria, em 1876, estudou música em sua terra natal e veio morar na cidade de Salvador, na Bahia, em 1893. O frei naturalizou-se brasileiro em 1898 e se destacou como um grande incentivador da música religiosa no país. Em 1941, criou a revista Música Sacra e fundou a Escola de Música Sacra, na cidade de Petrópolis, Rio de Janeiro. Frei Pedro é autor de várias músicas do mesmo estilo e livros sobre o assunto e também atuou como consultor e conselheiro de muitos compositores, inclusive de Villa-Lobos, que dedicou a ele a canção "Missa S. Sebastião". Frei Pedro morreu na Alemanha em 1952.
Mensagem
Dentro de alguns dias, um ano novo vai chegar a esta estação.
Se não puder ser seu maquinista, seja o seu mais divertido passageiro.
Procure um lugar próximo a janela e desfrute cada uma das paisagens que o tempo lhe oferecer com o prazer de quem realiza a primeira viagem.
Não se assuste com os abismos, nem com as curvas que não lhe deixam ver os caminhos que estão por vir.
Procure curtir a viagem da vida observando cada arbusto, cada riacho, beiras de estrada e tons mutantes da paisagem.
Descobre o mapa e planeje roteiros. Preste atenção em cada ponto de parada e fique atento ao apito de partida.
E quando decidir descer na estação onde a esperança lhe acenou, não hesite.
Desembarque nela os seus sonhos.

Colaboração: José Geraldo Reis  Pfau – Zé Pfau Publicitário./Arquivo de Adalberto Day 

- Origem e Curiosidades sobre o Ano Novo

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Você sabia que o Ano Novo se consolidou na maioria dos países há mais de 500 anos? Desde os calendários babilônicos (2.800 a.C.) até o calendário gregoriano, o réveillon mudou muitas vezes de data. A primeira comemoração, chamada de "Festival de ano-novo" ocorreu na Mesopotâmia por volta de 2.000 a.C. Na Babilônia, a festa começava na ocasião da lua nova indicando o equinócio da primavera, ou seja, um dos momentos em que o Sol se aproxima da linha do Equador onde os dias e noites tem a mesma duração. No calendário atual, isto ocorre em meados de março (mais precisamente em 19 de março, data que os espiritualistas comemoram o ano-novo esotérico). Os assírios, persas, fenícios e egípcios comemoravam o ano-novo no mês de setembro (dia 23). Já os gregos, celebravam o início de um novo ciclo entre os dias 21 ou 22 do mês de dezembro. Os romanos foram os primeiros a estabelecerem um dia no calendário para a comemoração desta grande festa (753 a.C. - 476 d.C.) O ano começava em 1º de março, mas foi trocado em 153 a. C. para 1º de janeiro e mantido no calendário juliano, adotado em 46 a. C. Em 1582 a Igreja consolidou a comemoração, quando adotou o calendário gregoriano. Alguns povos e países comemoram em datas diferentes. Ainda hoje, na China, a festa da passagem do ano começa em fins de janeiro ou princípio de fevereiro. Durante os festejos, os chineses realizam desfiles e shows pirotécnicos. No Japão, o ano-novo é comemorado do dia 1º de janeiro ao dia 3 de janeiro. A comunidade judaica tem um calendário próprio e sua festa de ano-novo ou Rosh Hashaná, - "A festa das trombetas" -, dura dois dias do mês Tishrê, que ocorre em meados de setembro ao início de outubro do calendário gregoriano. Para os islâmicos, o ano-novo é celebrado em meados de maio, marcando um novo início. A contagem corresponde ao aniversário da Hégira (em árabe, emigração), cujo Ano Zero corresponde ao nosso ano de 622, pois nesta ocasião, o profeta Maomé, deixou a cidade de Meca estabelecendo-se em Medina. Contagem decrescente os últimos minutos do dia 31 de Dezembro seja: 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1.Feliz Ano Novo!!!!!!
A passagem de Ano Novo é o fim de um ciclo, início de outro. É um momento sempre cheio de promessas. E os rituais alimentam os nossos sonhos e dão vida às nossas celebrações. Na passagem de Ano Novo, não podemos deixar de aproveitar a oportunidade para enchermos o coração de esperança e começar tudo de novo. E para que a festa corra muito bem, há algumas tradições e rituais que não podemos esquecer... - Fogos e barulho. No mundo inteiro o Ano Novo começa entre fogos de artifício, buzinadas, apitos e gritos de alegria. A tradição é muito antiga e, dizem, serve para espantar os maus espíritos. As pessoas reúnem-se para celebrar a festa com muitos abraços.- Roupa nova. Vestir uma peça de roupa que nunca tenha sido usada combina com o espírito de renovação do Ano Novo. O costume é universal e aparece em várias versões, como trocar os lençóis da cama e usar uma roupa de baixo nova.
Origem do Ano Novo
As comemorações de Ano Novo variam de cultura a cultura, mas universalmente a entrada do ano é festejada mesmo em diferentes datas. O nosso calendário é originário dos romanos com a contagem dos dias, meses e anos. Desde o começo do século XVI, o Ano Novo era festejado em 25 de Março, data que marcava a chegada da primavera. As festas duravam uma semana e terminavam no dia 1º de Abril.
O Papa Gregório XIIIinstituiu o 1º de Janeiro como o primeiro dia do ano, mas alguns franceses resistiram à mudança e quiseram manter a tradição. Só que as pessoas passaram a pregar partidas e ridicularizar os conservadores, enviando presentes estranhos e convites para festas que não existiam. Assim, nasceu o Dia da Mentira, que é a falsa comemoração do Ano Novo. Tradições de Ano Novo no mundo:
Itália:
O ano novo é a mais pagã das festas, sendo recebido com Fogos de artifícios, que deixam todas as pessoas acordadas. Dizem que os que dormem na virada do ano dormirão todo o ano e na noite de São Silvestre, santo cuja festa coincide com o último dia do ano. Em várias partes do país, dois pratos são considerados essenciais. O pé de porco e as lentilhas. Os italianos se reúnem na Piazza Navona, Fontana di Trevi, Trinitá dei Monit e Piazza del Popolo.
Estados Unidos:
A mais famosa passagem de Ano Novo nos EUA é em Nova Iorque, na Time Square, onde o povo se encontra para beber, dançar, correr e gritar. Há pessoas de todas as idades e níveis sociais. Durante a contagem regressiva, uma grande maçã vai descendo no meio da praça e explode exatamente à meia-noite, jogando balas e bombons para todos os lados.
Austrália:
Em Sydney, uma das mais importantes cidades australianas, três horas antes da meia-noite, há uma queima de fogos na frente da Opera House e da Golden Bridge, o principal cartão postal da cidade. Para assistir ao espetáculo, os australianos se juntam no porto. Depois, recolhem-se a suas casas para passar a virada do ano com a família e só retornam às ruas na madrugada, quando os principais destinos são os "pubs" e as praias.
França:
O principal ponto é a Avenida Champs-Elysées, em Paris, próximo ao Arco do Triunfo. Os franceses assistem à queima de fogos, cada um com sua garrafa de champanhe (para as crianças sumas e refrigerantes). Outros vão ver a saída do Paris-Dacar, no Trocadéro, que é marcada para a meia-noite. Outros costumam ir às festas em hotéis.
Brasil:
No Rio de Janeiro, precisamente na praia de Copacabana, onde a passagem do Ano Novo reúne milhares de pessoas para verem os fogos de artifício. As tradições consistem em usar branco e jogar flores para "Yemanjá", rainha do mar para os brasileiros.
Inglaterra:
Grande parte dos londrinos passa a meia-noite em suas casas, com a família e amigos. Outros vão à Trafalgar Square, umas das praças mais belas da cidade, à frente do National Gallery. Lá, assistem à queima de fogos. Depois, há festas em vários sítios da cidade.
Alemanha:
Na Alemanha na passagem para o ano novo, é um show de fogos de artifícios. Nao só em Berlim como em várias cidades da Alemanha. Essa tradição é bem forte .Foto do Brandenburger Tor e os fogos.
Curiosidades:
Em Macau, e para todos os chineses do mundo, o maior festival do ano é o Novo Ano Chinês. Ele é comemorado entre 15 de Janeiro e 15 de Fevereiro de acordo com a primeira lua nova depois do início do Inverno. Lá é habitual limparem as casas e fazerem muita comida (Bolinhos Chineses de Ano Novo - Yau Gwok, símbolo de prosperidade). Há muitos fogos de artifício e as ruas ficam cobertas de pequenos pedaços de papel vermelho. Cada cultura comemora seu Ano Novo.
Os muçulmanos têm seu próprio calendário que se chama "Hégira", que começou no ano 632 d.C. do nosso calendário. A passagem do Ano Novo também tem data diferente – 6 de Junho, foi quando o mensageiro Mohammad fez a sua peregrinação de despedida a Meca. As comemorações do Ano Novo judaico, chamado "Rosh Hashanah". É uma festa móvel no mês de Setembro (este ano foi 6 de Setembro). As festividades são para a chegada do ano 5763 e são a oportunidade para se deliciar com as tradicionais receitas judaicas: o "Chalah", uma espécie de pão e além do pão, é costume sempre se comer peixe porque ele nada sempre para frente. O primeiro dia do ano é dedicado à confraternização. É o Dia da Fraternidade Universal. É hora de pagar as dívidas e devolver tudo que se pediu emprestado ao longo do ano. Esse gesto reflecte a nossa necessidade de fazer um balanço da vida e de começar o ano com as contas acertadas.
Tradições Portuguesas:
As pessoas valorizam muito a festa de Ano Novo, porque sentem o desejo de se renovar. Uma das nossas tradições é sair às janelas de casas batendo panelas para festejar a chegada do novo ano. Nos dias 25 de Dezembro e 1º de Janeiro, costumamos comer uma mistura feita com as sobras das ceias, que são levadas ao forno. O ingrediente principal da chamada "Roupa Velha"é o bacalhau cozido, com ovos, cebola e batatas, regados a azeite.Para as superstições, comer 12 passas durante as 12 badaladas na virada do ano traz muita sorte, assim como subir numa cadeira com uma nota (dinheiro) em uma das mãos. Em várias zonas do litoral, há pessoas que mesmo no frio do Inverno conseguem entrar na água e saudar o Ano Novo.I
E-mail recebido de Aderbal Tortatto/ Antonio Roberto Dalfovo/José Geraldo Reis Pfau - Leandro Panosso
Arquivo: Adalberto Day e foto do Brandenburger Tor

- O Carrossel de Cavalinhos

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BAÚ DA SAUDADE
Carlos Braga Mueller (foto)







O CARROSSEL DE CAVALINHOS DA FESTA DO DIVINO EM BLUMENAU 
Por Carlos Braga Mueller
Embora não acompanhe as tradições portuguesas que reverenciam o Divino Espírito Santo, Blumenau sempre teve, na Festa do Divino da Paróquia de São Paulo Apóstolo, um dos seus grandes eventos comemorativos. 
Lá pelos anos 50, 60, era considerada a maior festa do município, antes mesmo da Oktoberfest assenhorear-se deste título.

Dos meus tempos de infância e adolescência me vêm à lembrança momentos inesquecíveis da festa blumenauense do Divino. 
GANHE UM CANARINHO ... NA RODA DA FORTUNA
Um deles me remete à roda da fortuna, que girava de vez em quando com um prêmio muito especial: lindos canarinhos com gaiola e tudo. Aqueles pássaros possuíam uma cor amarela inconfundível,  que só perdia para a qualidade canora das avezinhas. Dizem que um dos frades franciscanos, um bem velhinho, incumbia-se de cuidar dos canários durante o ano todo, até que chegasse o dia da festa, quando eles estavam no “ponto”.
Pobres canários, enjaulados, sorteados e levados sabe Deus para onde ! 
O CARROSSEL
Outra atração da festa era o Carrossel, montado religiosamente uma semana antes.
Nos meus dez anos, eu frequentava catecismo da igreja matriz, era cruzado eucarístico e acompanhava, dia após dia, a montagem do carrossel e a colocação dos cavalinhos que faziam parte do brinquedo.
Quando o carrossel era acionado, os cavalos subiam e desciam, numa cavalgada de puro sonho para a criançada.
Era comum  um pequenino sentar-se na sela e rodar sendo segurado pela mãe.
DISNEY ENTRA NA RODA
foto - (atriz no cavalinho) - texto: Disney, interpretado pelo ator Tom Hanks, revela seu brinquedo favorito na Disneylândia: o carrossel.
No filme“Walt e os Bastidores de Mary Poppins” (Saving Mr. Banks), de 2013,  Walt Disney, protagonizado por Tom Hanks, tenta convencer  Pamela Lyndon Travers, ou P.L Travers como assinava nas historinhas de Mary Poppins, a vender-lhe os direitos desta personagem para realizar um filme musical .
Foram quase 20 anos de insistência do aclamado desenhista, até que Travers concordou.
O filme musical “Mary Poppins” foi realizado e lançado em 1964, constituindo-se em um dos maiores líderes de bilheteria do cinema, lembrado e assistido até hoje em DVD e Blu-Ray.
Em determinado momento do filme “Walt e os Bastidores de Mary Poppins” o criador do Mickey leva a autora para visitar a Disneylândia. E confessa que o seu brinquedo favorito é o Carrossel de Cavalinhos !!!
Os dois acabam entrando na roda, ela cavalgando o corcel de mentirinha, um enlevo que transporta a criadora de Mary Poppins a momentos de sua infância, nos braços do pai, cavalgando um portentoso cavalo branco pelas planícies australianas.

A preferência de um mago da diversão, como Disney, criador dos maiores parques temáticos do mundo, por um simples “carrossel de cavalinhos” é a prova evidente que todos nós, seres humanos, vivenciamos em nossas infâncias um momento inesquecível: o de cruzar com um carrossel de cavalinhos !
E onde eles ficaram ? Hoje em dia só se pensa em colocar nos parques brinquedos que mexam com a adrenalina.
Enquanto isso, a maioria dos carrosséis restaram apenas na lembrança. Como esta, que acabo de narrar.

Arquivo e texto de Carlos Braga Mueller/Jornalista e escritor. Antigamente em Blumenau. 

- Vídeo Férias no Sul

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Vídeo  do filme de 1967 - "Férias no Sul"postado no YouTube por  Anthar Cesar Hartmann, comerciário.
Para acessar e ver o filme clique no link:

Caso queira saber mais dados técnicos antes de assistir o vídeo leiam:
COMO SURGIU A IDÉIA DO FILME
Em 1966 o cineasta Reynaldo Paes de Barros resolveu realizar um filme em Blumenau. Ele mesmo elaborou o roteiro, que foi batizado de “FÉRIAS NO SUL”.
O filme conta a história de Celso, um estudante carioca que a convite de um amigo vem passar suas férias em Blumenau. Aqui, conhece duas mulheres: Helga, uma bela alemãzinha de Blumenau e Isa, voluntariosa escritora paulista. Ele se envolve com as duas e a história, contrariando o tradicional final feliz, termina em tragédia ...{...}. 
O ELENCO
Quando chegou a Blumenau, Reynaldo Paes de Barros revelou os nomes do elenco suporte de “Férias no Sul”:
O galã seria um jovem e promissor ator chamado David Cardoso, que ninguém ainda conhecia. David até então havia feito apenas pequenos papéis em filmes de Mazzaropi, mas tinha a vantagem de ser conterrâneo do diretor. Ambos eram de Mato Grosso.
A atriz paulista Elisabeth Hartmann, esta sim bastante conhecida, foi incluída depois no elenco.
Para a mocinha do filme Reynaldo não abriu mão de escolher uma blumenauense. Teria que ser loura, rosto angelical, saber representar. A escolha recaiu em Dagmar Heidrich, miss Blumenau na época (mas nascida em Timbó), que acabou sendo contratada.
Cláudio Viana veio de São Paulo e fez uma ponta no início do filme. O restante do elenco foi todo ele constituído de atores da comunidade blumenauense, gente conhecida, como o temido secretário do Colégio Santo Antônio, Franz Pult, ou pessoas simples, que apareceram apenas em “pontas”.
O quadro principal dos atores era o seguinte:
David Cardoso, Dagmar Heidrich, Cláudio Viana, Elisabeth Hartmann, Sheila Weyckert, Marly Busch, Heinz Talmann, Célia Kolbach e Rute Vieira.
Participaram mais os seguintes integrantes da comunidade blumenauense:
Guenther Deeke, Franz Pult, Walmor Reis, Mara Heidrich, Eliane Pereira, Virginia Ramos, Carmen Krueger, Bernardete Cruz, Deocelia Cunha, Maria H. Pimenta, Maura Souza, Suely Weidgnant, Linda Schwab, Rosa A. Mosimann, Beatriz Schroeder, Gertrude Knihs, Pedro Reis, Hélio Telles e Ingrid Heckelmann.
Estes foram os nomes creditados no elenco, que consta no começo do filme.
A EQUIPE TÉCNICA
Oriundo de uma famosa faculdade de cinema norte americana, Reynaldo queria alçar um vôo alto. Trouxe alguns técnicos que haviam acabado de participar das filmagens de um seriado de Tarzan, estrelado por Ron Ely, que utilizara a Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, como as selvas africanas.
Os eletricistas foram José Vieira, José Dias e Zivoniri Morovie. Maquinista, Artur Leão.
A blumenauense Sheila Weickert, além de atriz, foi assistente de direção e responsável pela continuidade da produção.
Para cuidar da fotografia, Reynado Paes de Barros contratou Jorge Veras, um profissional de respeito, substituído, durante as filmagens, por Edgar Eichhorn, veterano cineasta alemão, radicado no Brasil, que fez muitas chanchadas da Atlântida com o irmão Franz.
Para Secretária das filmagens foi contratada Magrid Heidrich.
A maquiagem esteve a cargo da profissional Nena.
A trilha musical foi composta por Remo Usai, que estava em voga nas principais trilhas dos filmes brasileiros.
Mais postagens referentes o Filme  “Férias no Sul”
Participação Carlos Braga Muller jornalista e escritor/Fotos: João Alberto de Napoli/Colaboração Anthar Cesar Hartmann, comerciário que postou no Youtube. 

- Fritz Müller.& Gustav Stutzer

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BLUMENAUENSES ILUSTRES E O QUE ELES DISSERAM (SEM CENSURA)




Por Carlos Braga Mueller/Jornalista e escritor

O Pastor protestante Gustav Stutzer chegou a Blumenau  em 1885 e ficou apenas dois anos por aqui. Comprou terras do Dr. Blumenau, não conseguiu pagá-las, enfim, provocou muitas dores de cabeça para o fundador.
Mas neste curto espaço de tempo conheceu profundamente a vida e o povo de Blumenau e no seu retorno a Alemanha escreveu muitos livros, alguns contando suas experiências na América do Sul.
No livro “In Deutschland und Brasilien” ele descreve uma conversa íntima, e áspera, que teve com o naturalista Fritz Müller.
Johann Friederich Theodor Müller, ou simplesmente Fritz Müller, se mudara da Alemanha para Blumenau a fim de pesquisar a floresta tropical. Estudioso, ajudou Darwin a elaborar sua tese sobre “a origem das espécies”. Era um homem de difícil diálogo, mal humorado, segundo Stutzer. O Pastor o procurou e conseguiu  chegar ao seu gabinete de trabalho. A primeira pergunta do naturalista foi seca:
- O senhor não teve medo de me procurar ?
- Medo por quê? respondi. Não tenho medo de homem nenhum.
- Deveras? O senhor teria procedido melhor se tivesse medo do Dr. Blumenau e tivesse ficado na Alemanha. Eu sei que o senhor é um ortodoxo (pastor protestante) e eu odeio essa gente.
Stutzer retrucou:
- Sei que o senhor é um naturalista célebre, cujas pesquisas e resultados respeito plenamente, mas cujas conclusões filosóficas, entretanto, não valem nada.
- Não se dê ao trabalho de querer me catequizar, disse Fritz Müller com aspereza. Não creio naquilo que o senhor chama de Deus. E o que classifica de espírito não passa de funções do cérebro. E o que entendem como pecado são puras ilusões. Eu não necessito de um salvador e digo como Voltaire: tudo é matéria.
Stutzer escreveu que este palavreado oco não o impressionou e lhe veio à mente o versículo do salmo: “Os tolos dizem em seu coração: Deus não existe !”
E respondeu então a Fritz Müller:
- O senhor vai além das atitudes de Darwin, que é amigo e patrocinador de missões cristãs entre os gentios e pagãos, ao que o naturalista retrucou:
 - Isso são remanescentes ridículos da sua educação inglesa.
Evitando continuar com o difícil diálogo, Stutzer encurtou a conversa:
- Eu vim aqui apenas para conhecer o homem desta comuna mais conhecido no mundo. A sua reação violenta, Dr. Müller, mostra que, no íntimo, o senhor ainda não está perfeitamente convencido.

E dizendo isto, Stutzer despediu-se. 
(Fonte: Blumenau em Cadernos, Tomo VI, nº 3)
Publicada na Revista Bela vida – Junho/2015
 

- Parabéns Blumenau e sua gente

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Parabéns Blumenau pelo seu 165º aniversário
Povo ordeiro, trabalhador, pujante – nos remete a uma cidade cheia de orgulho, de esplendor de bela natureza e de um povo que se orgulha de sua cidade.
Blumenau e sua História.
Vejam curiosidades sobre a cidade de Blumenau

Para saber mais a história de Blumenau Acesse:
Verdades Mitos sobre Blumenau
Arquivo de Adalberto Day e Ric Record programa Ver Mais. 

- 23ª Gincana Cidade de Blumenau

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Equipe Arromba é a grande Campeã da 23ª Gincana Cidade de Blumenau 2015/ 2º Capitão Caverna 3º Amigos do Barney/ Foto Blog Jaime Batista da Silva. É a terceira vez que a equipe Arromba vence a #GCB. Parabéns! 
Parabéns a todos os amigos Gincaneiros e seus autores, administradores e organizadores.
Nove equipes participaram do evento:
- Amigos do Barney
- Arromba
- Capitão Caverna
- Coringas
- Mik Dundee
- Safari
- Sherlock
- Sonic
- Tribo dos Anjos
A vigésima terceira edição – GCB - sempre com muito sucesso, Realizada dias 05 e 06 de Setembro/2015 em sua parte derradeira das competições. A cada ano que passa, tanto gincaneiros como a comunidade se interessam mais e com mais qualidade. A aceitação e credibilidade pela comunidade, a cada ano aumenta, sendo este uma conquista para a manutenção de nossa cultura, tradição e história. 
RESULTADO FINAL DA 23ª GINCANA CIDADE DE BLUMENAU 2015:
9. Lugar Equipe Mik Dundee
8. Lugar Equipe Sonic
7. Lugar Equipe Coringas
6. Lugar Equipe Tribo dos Anjos
5. Lugar Equipe Sherlok
4. Lugar Equipe Safari
3. Lugar Equipe Amigos do Barney
2. Lugar Equipe Capitão Caverna
1. Lugar Equipe Arromba
Observação: Não poderá ter embate no primeiro lugar geral da gincana. O critério de desempate será o maior número de provas cumpridas. Neste caso vence a Equipe Arromba conforme a Organização da Gincana Cidade de Blumenau.  
Recebi com muito orgulho o titulo de "Padrinho dos Gincaneiros".
Todos os campeões da GCB - Gincana Cidade De Blumenau
1993 -    1ª GCB  = Ecossistemas
1994 -    2ª GCB  = Ecossistema
1995 -    3ª GCB  = Ecossistema
1996 -    4ª GCB  = Duna
1997 -    5ª GCB  = Ecossistema
1998 -    6ª GCB  = Capitão Caverna
1999 -    7ª GCB  = Capitão Caverna
2000 -    8ª GCB  = Capitão Caverna
2001 -    9ª GCB  = Capitão Caverna
2002  - 10ª GCB  = Aranha
2003 - 11º GCB   = Ecossistema
2004 - 12ª GCB   = Snipers                                     
2005 - 13ª GCB   = Capitão Caverna    
2006 - 14ª GCB   = Arromba                              
2007 - 15ª GCB   = Garra                     
2008 - 16ª GCB = Amigos  do Barney                      
2009 - 17ª GCB  = Amigos  do Barney        
2010 - 18ª GCB  =  Amigos  do Barney       
2011 - 19ª GCB  = Capitão Caverna
2012 – 20ª GCB  = Safari
2013 – 21ª GCB  = Capitão Caverna
2014 - 22ª GCB  = Arromba
2015 – 23ª GCB = Arromba

História:
No ano de 1993, A Gincana foi organizada pela Assessoria para  assuntos da  Juventude da Prefeitura de Blumenau  (em comemoração ao aniversário do município), pois naquela época ainda não existia a Liga de Gincaneiros. Na ocasião os irmãos Nico e  Fabrício Wolff  que era o Assessor, que coordenou o evento com a ajuda do Cláudio  (Caco) Peixer  e o Vinícios

Todos eles participaram da primeira edição.
No primeiro ano, foram 366, em seis equipes participantes. Hoje, chega a sua 23ª edição ininterrupta, com a participação de mais de 1000 inscritos em 15 equipes, além de colabores, que totalizam cerca de 2000 pessoas participando no evento. É importante salientar que boa parte das equipes se mantêm estruturadas o ano inteiro, participando de diversas outras atividades beneficentes.
Apesar de o evento ainda ser apoiado pela Assessoria da Juventude, hoje em dia é organizado pela Liga Blumenauense dos Gincaneiros, composta por 1 integrante de cada equipe, presidida pelo Gincaneiro Gilson da Motta Soares. A criação da LIGA foi um importante passo na consolidação da gincana, que passou a contar com administração independente para garantir estabilidade e continuidade da gincana.
Precedem a gincana às provas com objetivos filantrópicos. Toneladas de alimentos já foram arrecadadas ao decorrer da gincana, além de brinquedos, livros, produtos de higiene, agasalhos e cobertores. Todo ano os gincaneiros participam maciçamente do Pedágio da APAE, cobrindo diversos pontos de arrecadação e contribuem com o hemocentro através da prova de doação de sangue.
Já no final de semana do evento, acontecem as mais esperadas provas, compostas por charadas inteligentes que envolvem variedades, conhecimentos gerais, cultura e principalmente a história da cidade.
Do outro lado das equipes está a Comissão de Provas, coordenada desde 1997 (salvo em duas edições) por André Mrozkowski, responsável pela elaboração e execução das tarefas. A CP vem cumprindo com êxito sua tarefa de fazer desta uma gincana diferenciada, com aspecto distinto das convencionais. As provas que acontecem neste evento se diferem da concepção tradicional de gincana. São provas muito mais complexas, em que as equipes têm que desvendar enredos, geralmente policiais ou de terror, através de interpretação de pistas distribuídas por toda a cidade.
Dentre estas provas, se destaca a prova da madrugada (a mais esperada), que tem duração até as 05 da manhã. Criptografia e sustos rolam a noite toda, inclusive em cenários que são preparados especificamente para esta prova, como sítios ou casas abandonadas, aumentando o suspense. E, por incrível que pareça, muita gente gosta destes sustos.
 Por suas peculiaridades, a gincana de Blumenau acabou virando referencial e modelo para diversas gincanas do Brasil, que buscam suporte em nosso evento.
Primeira Diretoria - Presidente - Humberto José de Paiva / Vice - Rodrigo Cirino / Primeira Secretária - Dominique Pires Ibbotson / Primeiro Tesoureiro - Rafael Coutinho dos Santos.
*********

Diretoria atual:
- Presidente: Leandro Gouvêa (Coringas)
- Vice-presidente: Gilson Soares ( Lambda Lambda)
- Tesoureira: Daniela Gomes (Capitão Caverna)
- Secretário: Marcelo Spengler (Safari)
- 2º Tesoureiro: Francisco Ribeiro (Amigos do Barney)
- 2º Secretário: Thiago Lopes (Arromba)
Conselho Fiscal: Siri (Ecossistema); Marquato (Amigos da Onça); Diogo (Shelock).
Suplentes: Jonathan (Sonic); Soutinho (Mik); Janete (Tribo dos Anjos).
Meus agradecimentos a todos os gincaneiros, pelo carinho. A minha esposa Dalva pelo seu empenho. Também agradeço em nome do André e Gilson, pela confiança em nosso trabalho e a toda equipe #GCBlu2014
Arquivo: Liga Gincaneiros de Blumenau/Jaime Batista da Silva/Adalberto Day   

- A Luz elétrica em Blumenau

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A LUZ ELÉTRICA EM BLUMENAU
Por Carlos Braga Mueller/Jornalista e escritor em Blumenau

Quando criou a Terra, Deus disse: “Faça-se a Luz ! “
E a luz foi feita.
Durante séculos a humanidade habituou-se à luz natural. A luz de Deus.
É bem verdade que, à noite, acendiam-se tochas, archotes, velas, lamparinas a gás.. e a luz assim produzida, embora  bruxuleante, ajudava as pessoas a enxergar também nas trevas.
Até que um dia o homem inventou a luz elétrica!
E foi assim, extasiados, que os blumenauenses viram, no começo do século XX, as casas e as ruas de Blumenau sendo iluminadas  pelo processo de energia elétrica, novidade que ainda engatinhava no Brasil.
A USINA DE GASPARINHO
Coube ao empresário Frederico Guilherme Busch Sênior (foto) dotar Blumenau de iluminação particular e pública a eletricidade.
No dia 19 de fevereiro de 1908 brilharam 116 lâmpadas nas ruas da cidade, alimentadas por uma usina geradora construída por ele em 1906 na localidade de Gasparinho.
Com a existência dessa usina no Distrito de Gaspar, o Superintendente do Município de Blumenau, Alwin Schrader, firmou com Busch um contrato concedendo-lhe o privilégio de fornecer força e luz elétrica no perímetro urbano de Blumenau pelo prazo de até 25 anos.
Além de fornecer a luz elétrica para as residências de Blumenau, Busch obrigou-se a colocar cem lâmpadas de 25 velas cada nas ruas, e por isto recebia um pagamento, feito pelo Município, no valor de R$ 5.500$000 anuais. Esta iluminação funcionava durante seis horas por noite. Logo lhe foi concedido o direito de uma extensão até a Itoupava Seca. Então, já eram 215 lâmpadas de 25 velas, que ficavam acesas 12 horas por noite. No contrato, Schrader exigia duas lâmpadas de 100 velas cada uma para iluminar o Porto e mais 12 lâmpadas de 25 velas para iluminar o Paço Municipal.
E.I. Garcia 1912
A linha de transmissão vinha de Gasparinho pelo Garcia, por onde hoje se situa a Rua Brusque. Quem primeiro recebia a energia era a Empresa Industrial Garcia, que ficava ali perto e da qual Busch era um dos diretores.
A Superintendência Municipal exigia que, tão logo os motores da usina produzissem mais de 50 cavalos, o empresário ficava obrigado a fornecer força dia e noite, menos do meio dia até a uma hora da tarde. E para se evitar qualquer interrupção do serviço, foi acertado que Busch montasse uma segunda turbina até 1º de julho de 1911.
O Superintendente Schrader planejava tracionar por eletricidade duas balsas: a do centro, que ligava o Porto à Prainha da Ponta Aguda, e a balsa da Itoupava Norte.
Este projeto não foi adiante.
Na época, outra usina, localizada em Brusque, de propriedade de João Bauer, passava por dificuldades financeiras.  

Como o Salto do Gasparinho,  onde Busch  havia instalado sua usina,  tem um potencial relativamente pequeno, por volta de 1918 o empresário foi obrigado a vender a concessão de 25 anos, firmada com  o Município,  para a firma Bromberg, Hacker & Companhia, proprietária da Usina do Salto.
Segundo testemunhas, ainda hoje é possível  ver, escondidos pelo mato,  vestígios do que sobrou da primeira usina de eletricidade de Blumenau. 
Usina do Salto (Clic RBS)
USINA DO SALTO
Por volta de 1913 foi lançado em Blumenau um projeto de energia elétrica mais  arrojado: a construção de uma usina bem maior, aproveitando as corredeiras do Rio Itajaí Açú na localidade de SaltoWeissbach, que viria a ser a Usina do Salto.
Fritz Mailer, que trabalhou na Usina do Salto de 1948 a 1984, relata que o que mais intrigava os blumenauenses  era como os antigos trabalhadores efetuaram esta obra com os precários apetrechos e maquinários existentes na época, movimentando as enormes peças dos geradores e as turbinas das primeiras máquinas,  fundidas em aço.
Na Usina operavam dois transformadores elevadores de 1750 KVA cada, refrigerados a água.
Mailer  conta que em dezembro de 1989, ao completar 75 anos de operação, a Máquina I da Usina, apesar da idade, ainda tinha o mesmo fator de carga, mesmo com a transformação de ciclagem, de 50 Hz para 60 Hz, atendendo ao padrão nacional.
Segundo Mailer,  em artigo que escreveu para a revista Blumenau em Cadernos, a Máquina I da Usina do Salto iniciou suas operações no dia 23 de dezembro de 1914.
 A Máquina II começou a operar no dia 12 de maio de 1915.
Para  atender  linhas de regiões mais distantes,  Itajaí, Brusque, Ibirama, Rio do Sul, Jaraguá do Sul e outras localidades, em abril de 1929 entrou em operação a máquina III, e no dia 26 de fevereiro de 1930 foi ligada pela primeira vez a linha interligando Salto-Jaraguá-Joinville.
No dia 1º de abril de 1939 teve início a geração da Máquina IV, com o dobro de potência das demais.
OS  DESAFIOS  PARA  MANTER  A  USINA  OPERANDO
Como vimos antes, em 1914, para comprar o maquinário para a Usina foi necessário um empréstimo hipotecário.


Henrique Hacker
Em 1920, Henrique Hacker conseguiu sensibilizar alguns empresários paulistas, inclusive o então Presidente (Governador) de São Paulo, Altino Arantes, a investirem no negócio.
 Capa do Relatório do prefeito Curt Hering de 1925, que fala sobre a Força e Luz;
Foi fundada então, em maio de 1920,  a Empreza Força e Luz Santa Catharina S/A.
Nas suas memórias, Henrique Hacker lamenta não ter recebido, na ocasião, apoio dos blumenauenses; por isso buscou ajuda e recursos com seus amigos paulistas.
Em 12 de agosto de 1922, a Usina Hidroelétrica de João Bauer, localizada em Brusque,  foi vendida  à Empreza Força e Luz Santa Catharina de Blumenau , cuja sede ficava em São Paulo, obrigando-se os compradores a respeitar o contrato celebrado por João Bauer com a Superintendência  brusquense em 1912, ou seja, garantir o fornecimento de energia elétrica a Brusque.
Em março de 1924, em razão do grupo paulista não se interessar muito em melhorar e aumentar as instalações da Usina do Salto, algumas empresas e empresários de Blumenau e Brusque  adquiriram as ações da Empreza Força e Luz, entre eles o então Superintendente (Prefeito) de Blumenau, Curt Hering,
Foi transferida então, de São Paulo para Blumenau,  a Administração da Empreza Força e Luz Santa Catharina S/A.
No  Relatório  da Gestão dos Negócios do Município de Blumenau do ano de 1925, apresentado ao Conselho Municipal pelo Superintendente Curt Hering, existe um tópico que trata da luz elétrica no Município..
Mantendo a ortografia da época, o documento diz o seguinte:
“FORÇA  E  LUZ
A Empreza Força e Luz Santa Catharina  no anno de 1925 desenvolveu-se regularmente. Foram ligadas as linhas novas entre a Usina e a Povoação  de Jaraguá, com 53 km, e entre Indayal e Warnow com 8,4 km. Foram construídas mais 16  subestações novas e foi encommendada a terceira turbina com potência de 2000 HP que será fornecida  ao fim do anno de 1926.
No anno  de 1925 a Usina produziu 5.300.000 kilowathoras.
O consumo de força e luz dava uma receita de Rs. 484.444$490 sendo 47,5% de consumo de força e 52,5% de consumo de luz. Foi pago um dividendo de 7% sobre o capital em acções.
Estão projectadas novas ligações de grande importância, as quaes darão  a possibilidade de approveitar  a força do rio Itajahy além dos Municipios e Districtos até hoje ligados.
Provou-se que a acquisição das acções da Empreza pelos capitalistas e industriaes deste Estado e a transferência da administração de São Paulo para Blumenau foi de grande  valor para os consumidores e a Empreza. Não pode restar dúvida que a Empreza vai progredir  constantemente, desenvolver e animar a vida industrial e econômica em zona relativamente extensa.”
SURGEM  NOVAS  USINAS  E A  FORÇA E LUZ É INTEGRADA  À CELESC
Até 1949 a Usina do Salto (que alguns tratam apenas como Usina Salto), atendia toda a demanda do Vale do Itajaí: 6.800 Kw, segundo Mailer.
 Para aumentar a capacidade de fornecimento de energia elétrica à região foram construídas mais duas Usinas no Vale:  a Cedros , que entrou no Sistema do Salto em março de 1949, e posteriormente a Usina Palmeiras, ambas no Município de Rio dos Cedros, constituindo-se esta última na terceira usina da Empresa Força e Luz.
Mesmo assim, nos anos 50,  Blumenau e os Municípios do Vale enfrentaram duro racionamento de energia elétrica.
A oferta de energia não acompanhava o crescimento empresarial das nossas cidades, afugentando a criação de novas e grandes indústrias. Houve época em  o consumidor recebia apenas seis horas de energia por dia.
As Usinas Cedros e  Palmeiras amenizaram o problema,  mas ele só foi resolvido, paulatinamente,  com a integração da Empresa Força e Luz à Celesc – Centrais Elétricas de Santa Catarina, o que só ocorreu em 27 de dezembro de 1963, quando foi autorizada pelos acionistas da Empresa Força e Luz a encampação  da empresa blumenauense pela Celesc.
A Celesc  havia sido  criada em 9 de dezembro de 1955, através do Decreto Estadual  nº 22 , do então Governador Irineu Bornhausen, tendo sido instalada oficialmente em Assembleia Geral realizada no dia 4 de agosto de 1956.
Udo Deeke, ilustre blumenauense que ocupara o cargo de Diretor Gerente da Empresa Força e Luz no período de 1947 a 1964, pela sua experiência no setor, foi convidado  a exercer as funções de Administrador Regional da Celesc em Blumenau,, o que fez até aposentar-se, em 1978.
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Fontes:
História de Blumenau -  José Ferreira da Silva - Editora Edeme, 1972.
Blumenau – Arte,  Cultura e as Histórias de sua Gente - Edith Kormann, - Paralelo 27 Editora, 1994.
Relatório de 1925 do Município de Blumenau apresentado pelo Superintendente Curt Hering – Typ. Baumgarten - 1926
Blumenau  em  Cadernos:
Tomos  I  (1957), III (1960), IV (1961), VIII (1967), XIV (1973),
 XXVII (1986) e XXX (1989).  
Revista “O Vale do Itajaí” nº 64 – Edição Especial Centenário de Blumenau – 02/09/1950.
Texto Carlos Braga Mueller/ Fotos Adalberto Day/Clic RBS/Carlos Braga Mueller.

- Camisinha

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    CAMISINHA

Por José Geraldo Reis Pfau/Publicitário em Blumenau.


Através da comunicação é que ficamos conhecendo muitas das novidades.

E uma agência de propagandaé fundamental neste processo, trabalhando de forma genérica em todas as áreas, desenvolvendo com criatividade oportunidades para divulgar um produto ou serviço.
Certas estratégias de comunicação não acontecem como deveriam ser. E passam, assim, a criar um modismo e se destacar de um jeito totalmente diferente daquele para o qual foram programados. Propaganda é apaixonante.

Em novembro de 1984, quando assumimos a SCRIBA¹Propaganda, ela era referência em propaganda no Vale. Há quem a defina como a escola da propaganda daqui à época. Em Santa Catarina, era a mais representativa no interior, e uma agencia não atrelada a contas governamentais.

Na promoção dos nossos negócios, estávamos como sempre presentes a todos os momentos importantes na cidade. Realizava-se aqui, então, uma edição do Congresso Nacional de Urologia, um evento de medicina, nas dependências do Teatro Carlos Gomes, coordenado pelo amigo Dr. Orlando Praun Junior.

Participamos na divulgação, na realização e criamos um brinde que ficou marcante. O amigo empresário Sergio Graff me entregou há pouco tempo o exemplar que achara guardado num livro de sua biblioteca.

O brinde era de papelão, num formato de caixa de fósforo de papel.

Com textos impressos na frente e verso, a caixa tinha grampeado no seu interior uma camisinha (preservativo). Na época, a embalagem dos preservativos ainda tinha jeito de produto farmacêutico (transparente).

Camisinha de Vênusera um dos métodos utilizados para evitar a gravidez indesejada. Ou doenças sexualmente transmissíveis. As camisinhas de látex não eram novidade, pois adquiriram popularidade a partir da década de 1930.

Nas seguintes, foram caindo em desuso, principalmente após a descoberta da pílula anticoncepcional na década de 1960. Mas o aparecimento da AIDS, nos anos 1980, mudou para sempre a mentalidade mundial. A imprensa começou falar da doença e da necessidade de usar preservativos para proteger-se dela.

Solteiros ainda não estavam conscientes da necessidade do uso. Os casados jamais poderiam admitir guardar nos bolsos, imagine as senhoras ter nas bolsas, uma camisinha. Nas conversas sociais, o preservativo era um dos temas.

O nosso brinde então passou a ser uma agradável brincadeira, interessante para todos, pois era uma peça criativa. As pessoas o tinham nos bolsos ou nas bolsas, até para ilustrar suas conversas sobre o tema. Embora num ambiente médico, a presença da camisinha estava sendo oportuna. Certamente, deve ter sido uma das formas de todos conhecerem melhor o que era, e para que servia, a camisinha.
Osmar Laschewitz adiciona os registros da história da SCRIBA:
A Scriba Studio, Assessoria e Propaganda foi fundada em 17 de Dezembro de 1973 e do seu contrato social original constam: Osmar Laschewitz,Ivandel de Souza e os já saudosos: Horácio Antonio Braun e Getúlio Curtipassi.
Ela começou, de fato numa sala do Edifício Londrina, na Rua XV de Novembro, onde no térreo, hoje funciona o Restaurante Chinês.
Numa segunda fase a sociedade se alterou, com a saída de Getúlio Curtipassi que foi pra Propague, Horácio Braun que assumiu o dpto. de marketing da Marcatto- Industria de chapéus de Jaraguá do Sul, e Ivandel de Souza que foi contratado pela Granja Coravi.

Nessa ocasião se tornou sócio da agencia, Carlos Hering - o Cao, recém egresso do curso de publicidade da PUC de Porto Alegre e que nos anos de faculdade estagiava na Scriba. Cao foi sócio da agencia até 1982 quando fundou a Direcional propaganda e, dois anos depois, Osmar aceitando o convite da RBS, passou o controle societário total da Scriba, para o Pfau. Portanto, há mais de 40 anos vivemos essa epopeia do início das atividades das agencias de propaganda em Blumenau.

¹ A Scriba Propaganda surgiu numa sala na XV (perto do Chinês), depois foi para uma casa na Rua Floriano Peixoto (perto do HSIzabel), depois na Alameda, Numa casa esquina com Rua Engenheiro Rodolfo Ferraz depois para Rua Itajaí nº 36 (inicio prédio casa que foi da Falce representações - ao lado do SINE) local aonde eu comprei, mudei para a Rua Antonio da Veiga Nº 69 1º andar - edificio Renato Veículos. 
Ela foi fundada por três publicitários (outros) e em seguida adquirida pelo Osmar Laschevitz. 
Comprei dia 15 de novembro de 1983
Texto e colaboração José Geraldo reis Pfau/publicitário em Blumenau

- Poema 2 de Setembro

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Poema enviado pela senhora Neusa Bridon dos Santos Garcia (foto).
Poema – 2 de setembro – que homenageia o Fundador de Blumenau e ao mesmo tempo – meu aniversário!
O que descrevo... é da época em que ainda era aluna interna do Colégio da Sagrada Família (1951 a 1956 ).
Autobiografia:
NEUSA BRIDON DOS SANTOS GARCIA- nasci em Timbó - Santa Catarina, no dia 02 de setembro de 1941. Após 1 ano de vida – vim morar em Gaspar - com meus pais – onde vivo até hoje. Aqui iniciou minha  vida...
Cursei o Primário no G .E. Prof. Honório Miranda – em Gaspar
Cursei o Ginásio no Colégio da Sagrada Família e o Magistério no Colégio Pedro II, ambos em Blumenau.
Como professora do Curso Primário, lecione 5 anos no G. E. Prof. Honório Miranda( Gaspar ) - 5 anos no G. E. Ivo d’Aquino ( Gaspar ) e 15 anos como Secretária Geral do Colégio Frei Godofredo ( Gaspar ). Fui APOSENTADA com vantagens do cargo em comissão de Secretário Geral ( código 252 ), Nível PE-DASI-4, lotada no mesmo Colégio Frei Godofredo de Gaspar, em 02 de abril de 1985.

Não conseguindo ficar longe das  crianças e dos professores – meus grandes amigos – fundei com minhas  grandes amigas : Isaura Constantini Pereira e Ivone Persuhn Zanini o 1º. Colégio Particular em Gaspar – COLÉGIO SÃO FRANCISCO, onde trabalhei como Secretária durante 5 anos. Depois... para minha surpresa... fui convidada para fundar o 1º. Grau na ESCOLA “MADRE FRANCISCA LAMPEL”, onde trabalhei como Secretária durante 5 anos. CATEQUISTA durante 20 anos e 10 anos fui VOLUNTÁRIA DA REDE FEMININA DE COMBATE AO CÂNCER, também em Gaspar.
- Participo ativamente da CÂMARA BRASILEIRA DE JOVENS ESCRITORES/ RJ desde julho de 2012 – os Poemas que escrevo mensalmente são sempre selecionados.
- Ocupo a Cadeira no. 48 do PLENÁRIO DE ACADÊMICOS TITULARES DA LITTERARIA ACADEMIAE LIMA BARRETO/ RJ.

Colégio Sagrada Família final dos anos de 1950 – Acervo Carlos Roberto Pakuczewsky
  
Foto: acervo de Dalva e Adalberto Day
Neusa Bridon: formatura do Colégio da Sagrada Família ( Ginásio ) – Blumenau - 1956
 
Turma do Ginásio da Sagrada Família – 1956 - Paraninfo – Professor Müller que lecionava Latim.
2 DE SETEMBRO!
Dr .Hermann Bruno Otto Blumenau
alemão visionário aportou em 1848
em meio à natureza exuberante e promissora
na curva do rio
do Rio Itajaí-Açu.

Anos e anos após...
Olhando a mesma curva do rio
frente à Rua das Palmeiras
Ergue-se altaneiro
o busto do fundador
do fundador de Blumenau.

Grata coincidência...
2 de setembro...fundação da cidade
2 de setembro...meu nascimento.

A mim, pequena aluna do Colégio
uma missão importante me honraria:
Depositar aos pés do monumento
uma bela “coroa de flores”!
Homenageava sob aplausos, o fundador
E consequentemente...
Mais um dia de minha vida!
Autora: Neusa Bridon dos Santos Garcia
Para saber mais sobre o Colégio Sagrada Família e estatua de Dr. Blumenau acesse:

- Oktoberfest em Blumenau

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Este ano o evento será realizado de 07 a 25 de outubro/2015
Uma excelente festa aos nossos visitantes de todo o Brasil e do exterior, em especial ao povo catarinense. Viva a Vida!!!.
Hallo Blumenau.... Bom dia Brasil....17 dias de folia... música cerveja e alegria.... Hallo Blumenau... 
- Quer ouvir a música? Clique no link abaixo:
Ein Prosit!!!
- No Brasil, a Oktoberfest foi realizada pela primeira vez em 1978 no município de Itapiranga, extremo-oeste catarinense. Na ocasião, um grupo de jovens, maioria descendentes de alemães, reuniu-se na localidade de Linha Becker para cantar, tomar chope e tocar música. Esses encontros foram tornando-se freqüentes até que em 1989 a festa passou a ser realizada no centro da cidade.
Inspirada na Oktoberfest de Munique, a sua versão blumenauense nasceu da vontade do povo em expressar seu amor pela vida e pelas tradições germânicas.
Memórias de Niels Deeke - Festivais do Chope em Blumenau 
FIDELIDADE À VERDADE – Muito ao contrário do que consta no texto quando assevera “No Brasil, a Oktoberfest foi realizada pela primeira vez em 1978 no município de Itapiranga”... a primeira Oktoberfest no Brasil realizou-se em Santa Cruz do Sul/RS, remontando a comemoração ao ano de 1966, quando de 15 de outubro a 6 de novembro foi realizada a primeira edição. 
Registros do ano 1998 - OKTOBERFEST e FESTIVAL DO CHOPE. Certa questão tem sido repetida várias vezes em comentários através da imprensa local, é a relativa à “Paternidade da Ideia da Implantação da Primeira Oktoberfest em Blumenau”. Há quem atribua a idealização ao Secretário de Turismo de então - Antônio Pedro Nunes, já outros apontam Hans Schadrack, então empresário da “Loja Moellmann” como o “pai da criança”. Necessário se faz repor a verdade histórica, pois a “paternidade” do ideário do “Festival do Chope em Blumenau”, é exclusiva dos empresários da “Ouro Promoções ”, ou seja, os Srs. Laércio Cunha e Silva e seu associado Geovah Amarante. Neste breve apontamento não pretendemos estabelecer diferencial entre “ Oktoberfest” e “ Festival do Chope” , porquanto são idênticos, somente tendo titulações e datações de comemoração diversas, condições que invalidam deixar-se de atribuir a primazia aos seus verdadeiros idealizadores – scilicet : “ Ouro Promoções ” . A empresa “Ouro Promoções” realizou no “Pavilhão A” da Proeb - seis ( 06) “Festivais do Chope” – entenda-se em seis exercícios - com desfiles, trajes típicos- chapeuzinhos à “Tirol”, iguarias e especialidades em pratos típicos alemães, (Que então eram uma delícia - e já agora - estamos em 1998 - deixam muito a desejar) múltiplos conjuntos de música germânica, inclusive bandeirolas, danças com um tablado central elevado e os “canecos decorativos” (Fabricados pela “Ceramarte”) , Chope de baixa e alta fermentação saído de mangueirões à guisa de mangueiras para abastecimento de gasolina, e tudo mais, nos anos de 1966, 1967, 1968, 1969, 1970 e 1971. A única diferença coube ao mês da realização, quando geralmente acontecia durante o verão, dando oportunidade aos maridos que permaneciam em Blumenau, a trabalho, de divertirem-se um pouco, enquanto as esposas veraneavam no litoral. Os eventos perduravam durante uma semana, e eram realmente animados com enorme afluxo de visitantes. Portanto a propalada “paternidade da ideia , cabe unicamente ao empresário “Laércio Cunha e Silva” de Itajaí, que promoveu os festivais associado a Geovah Amarante.

Tudo quanto puseram em prática treze anos após, nada mais foi que uma repetição (mera cópia) - com duas diferenças, o nome Oktoberfest” e o “mês” da realização. Reinventaram o que já fora descoberto, aliás, se para si avocam a concepção do evento, nada mais cometem que um cristalino plágio. Quiçá assim erradamente só pensem as “aves de arribação” que aqui na nossa Blumenau aportaram anos após, vindos para “rapinar” ou “abonarem” de nossas tradições! 

Este escriba, Niels Deeke, ainda em 24/7/1998, através de longo telefonema à Itajaí, mantido com Laércio Cunha e Silva rememorou os eventos, e ao comentarem a questão da paternidade da ideia, o Sr. Laércio externou sua opinião de que seria de todo impossível apagar-se da história aqueles monumentais primeiros festivais no “Pavilhão A”, que evidentemente servirem como “fundamento e ideário” para tudo quanto posteriormente foi produzido. 
Laércio Cunha e Silva, 77 anos de idade em 1998, licenciado em Direito, autor da obra Itajaí - Cem Anos de Município - Laércio Cunha e Silva - Roberto Mello de Faria. Laércio Cunha e Silva foi em 1945/46 presidente do Centro Cultural de Itajaí- em Itajaí SC, e após foi Secretário da Prefeitura de Teresópolis, Estado do Rio, talvez durante a gestão municipal do Prefeito Flávio Bortoluzzi de Souza, que era catarinense. Em 1964 o Sr. Flávio Bortoluzzi de Souza, prefeito de Teresópolis, visitou Blumenau. Laércio Cunha e Silva foi ainda, em 1964, Presidente do Centro Catarinense no Rio de Janeiro.  Em 27/02/2013, Niels Deeke telefonou à Itajaí e falou com Laércio Cunha e Silva, então com 93 anos de idade, porém muito lúcido.
Em Blumenau, a Oktoberfest surgiu no ano de 1984 com a proposta de levantar o ânimo da população, abalada por duas grandes enchentes do rio Itajaí-Açu (1983/1984). A partir de 1987 a festa consolidou-se nacionalmente, e ganhando status de segunda maior festa da cerveja do mundo, depois de Munique, na Alemanha. Atualmente a festa é realizada no PARQUE VILA GERMÂNICA. 

Observação: criação da Oktoberfest em Blumenau.
Apesar da "Oktoberfest" já estar sendo planejado antes pelo governo do prefeito Renato de Melo Vianna em 1981, somente no governo do então Prefeito Dalto dos Reis (1983/1988) se consolidou. Na oportunidade foi passada para a população que era uma proposta de levantar o ânimo dos munícipes “festa caseira”, abalada por duas grandes enchentes do rio Itajaí-Açu (1983/ 1984). Para a história, cultura, folclore, tradição, sempre será este o motivo principal e motivador da festa.
O secretário de turismo era o empresário Antonio Pedro Nunes.
Mais observações do Projeto
Projeto da OKTOBERFEST em 1976
Pelos registros da Comissão Municipal de Turismo apresenta a explanação de Peter Mojan gerente da Lufhansa em Blumenau em ata é o primeiro registro que fala em Oktoberfest em 13 de outubro de 1976.
Adolfo Ern Filho
Hermes José Graipel JR
Foi discutido sobre a construção de um “Hall” de convenções. A Comissão achou que o ideal seria construir na PROEB, pois oferece lugar para estacionamento. Em seguida, o Sr. Francisco Canola Teixeira explicou à Comissão a finalidade da JEOTES e pacotes turísticos. A Jeotes já trouxe para Blumenau diversos ônibus com sócios e, ao parece, está obtendo sucesso com esta promoção.  (p.22).
No dia 13 de outubro 1976, realizou-se uma reunião da Comissão Municipal de Turismo no restaurante Frohsin, tendo como convidados, representantes do comércio, hotéis, restaurantes, agentes de viagens e, como convidado especial, o Presidente do SKAL Club São Paulo, Senhor Paulo Henrique Meimberg. O Sr. Francisco Canola falou sobre a implantação de um Posto de Informações Turísticas que está sendo estudado para ser implantado na entrada da cidade. Sr. Augustinho Scharamm disse ser necessário, achando mesmo que, com um posto na entrada da cidade, o turista chegará ao centro bem informado [...] O Sr. Guenther Steinbach disse que haveria de ser instalar um telefone no Posto de Informações, como também manter cicerones permanentes para guiar os turistas. [...] Em seguida, Sr. Francisco fez uma explanação sobre o 21º Congresso Brasileiro de Cerâmica. Disse que haveria a participação de aproximadamente 600 pessoas e que será o maior congresso realizado em Blumenau. [...] Sr. Milton Domingues sugeriu que fosse realizado mais vezes o passeio ciclístico. Sr. Harold Letzow comunicou que o clube 25 de julho irá promover todos os sábados Bailes Típicos. [...] Continuando, Sr. Francisco falou sobre as dificuldades que o Serviço de Turismo encontra em promover a OKTOBERFEST. Disse que é muito difícil fazer uma estrutura para poder realizar o referido evento. Pediu ao Sr. Peter Mojen, gerente da Lufthansa, para fazer uma explanação sobre OKTOBERFEST. Sr. Peter disse o seguinte:OKTOBERFEST começou em Munique. Esta festa deverá ter um Parque de diversões, barracas de cerveja, estandes de tiro a alvo e muita música típica que é a coisa mais importante. Esta festa tem duração de 14 dias. [...] Sr. Antônio E. Pacheco, a pedido do Sr. Dieter Hering, falou sobre as necessidades de se fazer em Blumenau um “Hall” de convenções, [...] estamos pensando em transformar a S.D.M. Carlos Gomes em “Hall” de Convenções, pois o mesmo oferece condições, tem estacionamento próprio, pequeno e grande auditório e salas. Em seguida, falou o Sr. Paulo Henrique Meimberg, convidado especial pelo Serviço de Turismo, para fundar o SKAL Clube. Durante o almoço, o Sr. Paulo fez uma explanação sobre o SKAL Clube;  disse ser um clube de companheirismo, e que só podem participar executivos em turismo. Em seguida, foi indicado o nome da Comissão do SKAL Clube. Para presidente, Américo A. Bueno de Camargo – agente da Panzas -, para tesoureiro, Milton Domingues – gerente do Garden Terrace Hotel -, para secretário, Peter Mojen – agente da Lufthansa. (p.26 a 29).
(Nota do Ed.: hall = centro)
Decreto nº
RENATO DE MELLO VIANNA, Prefeito Municipal de Blumenau,
NOMEAR
Sem ônus para Prefeitura Municipal, os cidadãos abaixo relacionados para comporem a Comissão Municipal de Turismo: Caetano Deeke de Figueredo, Henrique Herwig, Itacir Filander, Milton Macedo Domingues, Emilio Rosmarck Schramm, Arno Buerger Filho, Evelásio Paulo Vieira, Décio Rigotti
Na gestão da Comissão Municipal de Turismo, criou-se o Regimento Interno da .... os esclarecimentos e debates, foi aprovado com a seguinte redação final.
COMISSÃO MUNICIPAL DE TURISMO REGIMENTO INTERNO
Consagrada como a segunda maior festa alemã do mundo, a Oktoberfest é confraternização de gente de todas as partes. E ela nasceu inspirada na maior festa da cerveja do mundo, a Oktoberfest de Munique, Alemanha, que deu seus primeiros passos em 1810, no casamento do Rei Luis I da Baviera com a Princesa Tereza da Saxônia.
São 17 dias de festa, em que os blumenauenses se integram com visitantes de todo o Brasil e do exterior. E não há quem não se encante com os desfiles, com a participação dos clubes de caça e tiro ou com a apresentação dos grupos folclóricos. A Oktoberfest de Blumenau ostenta um número admirável: em suas edições anteriores, reuniu quase 17,2 milhões de pessoas no Parque Vila Germânica, antiga Proeb. Isto significa que um público superior a 700 mil pessoas, em média, por ano, participou da festa desde a sua criação.
O segredo para este sucesso é simples: a Oktoberfest de Blumenau é um produto que se mantém autêntico, preservando as tradições alemãs trazidas pelos colonizadores desde 1850. E são as belezas desses traços que conquistaram o país inteiro. À noite, é na Proeb/Parque Vila Germânica que todos se encontram e fazem da Oktoberfest um acontecimento incomparável.
Todas as tradições alemãs afloram na sua máxima expressão, através da música, da dança, dos belos trajes, da refinada culinária típica e do saboroso chope.
A cordialidade do povo, a paz e a beleza da cidade também tornam a festa inesquecível. A maior festa alemã das Américas A Oktoberfest teve sua primeira edição em 1984 e logo demonstrou que seria um evento para entrar na história. 
Em apenas 10 dias de festa, 102 mil pessoas foram ao, então, Pavilhão A da Proeb, número que na ocasião representava mais da metade da população da cidade. O consumo de chope foi de quase um litro por pessoa. No ano seguinte, a festa despertou o interesse de comunidades vizinhas e de outras cidades do país. O evento passou, então, a ser realizado em dois pavilhões. O sucesso da Oktoberfest consolidou-se na terceira edição e tornou-se necessário a construção de mais um pavilhão e a utilização do ginásio de esportes Sebastião da Cruz - o Galegão - para abrigar os turistas vindos de várias partes do Brasil, principalmente da região Sudeste, e também de países vizinhos. O evento acabou fazendo de Blumenau o principal destino turístico de Santa Catarina no mês de outubro. Mas, para quem não sabe, a Oktoberfest não é só cerveja. É folclore, é memória, é tradição. Durante 17 dias de festa os blumenauenses mostram para todo o Brasil a sua riqueza cultural, revelada pelo amor à música, à dança e à gastronomia típicas, que preservam os costumes dos antepassados vindos da Alemanha para formar colônias na região Sul. A cultura germânica o turista confere pela qualidade da festa, dos serviços oferecidos, através de sociedades esportivas, recreativas e culturais, dos clubes de caça e tiro e dos grupos de danças folclóricas. Todos eles dão um colorido especial ao evento, nas apresentações, nos desfiles pelo centro da cidade e nos pavilhões da festa, por onde circulam, animando os turistas e ostentando, orgulhosos, os seus trajes típicos.
É por essa característica que a festa blumenauense, versão consagrada da Oktoberfest de Munique, transformou-se, a partir de 1988, numa promoção que reúne mais de 500 mil pessoas. E foi, também, a partir dela que outras festas surgiram em Santa Catarina, tendo a promoção de Blumenau como carro-chefe, fato que acabou por tornar o território catarinense no caminho preferido dos turistas no mês de outubro.  
História:
A história começou há quase 200 anos na Baviera. 
A Oktoberfest de Blumenau, que em apenas uma década se tornou uma das festas mais populares do Brasil, foi inspirada na festa homônima alemã, que teve origem há 199 anos em Munique. Tudo começou em 12 de outubro de 1810, quando o Rei Luis I, mais tarde Rei da Baviera, casou-se com a Princesa Tereza da Saxônia e para festejar o enlace organizou uma corrida de cavalos. O sucesso foi tanto, que a festa passou a ser realizada todos os anos com a participação do povo da região. Em homenagem à princesa, o local foi batizado com o nome de Gramado de Tereza.
A festa ganhou uma nova dimensão em 1840, quando chegou a Munique o primeiro trem transportando visitantes para o evento. Passaram a serem montadas barracas e promovidas várias atrações. Neste local apareceram também os primeiros fotógrafos alemães, que ali encontraram um excelente ambiente para fazerem suas exposições. A cerveja, proibida desde os primeiros anos, só começaria a ser servida em 1918. Logo depois, os caricaturistas já retratavam a luta pelos copos cheios de cerveja e pela primeira vez pode-se apreciar nas telas dos cinemas a festa das mil atrações.
Por consequência das guerras e pela epidemia de cólera, a Oktoberfest deixou de realizar-se 25 vezes. De 1945 até hoje, aconteceu ininterruptamente. 
Atualmente, a Oktoberfest de Munique recebe anualmente um público de quase 10 milhões de pessoas. O consumo de cerveja chega a sete milhões de litros.
Link da Oktoberfest de 1984 e 1985: 
Arquivo/texto /Adalberto Day/José Geraldo Reis Pfau/Niels Deeke/Adolfo Ern Filho.

- De volta para o passado!

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Em histórias de nosso cotidiano, apresentamos o amigo Flavio Monteiro de Mattos (foto caricatura), carioca de nascimento e BLUMENAUENSE POR OPÇÃO.


DE VOLTA PARA O PASSADO! (EM FRENTE, RUMO AO PASSADO).

Entre os projetos desenvolvidos pela Prefeitura do Rio de Janeiro para dotar a cidade de “modernos” equipamentos que proporcionem uma melhor mobilidade urbana, maravilhados ficaram as autoridades daqui pelo uso de bicicletas por parte dos moradores de cidades da Europa para seus deslocamentos e, ultimamente, com o VLTVeículos Leves sobre Trilhos -, versão moderna dos antigos bondes. 
Rua XV de Novembro - Blumenau

Como já dito, temos curta memória. Sobre o uso de bicicletas, a população de Blumenau foi um das pioneiras no uso de meio de locomoção lá pelos anos 1940/60, assim como o Rio fazia uso dos bondes, tendo a cidade provida de uma extensa malha.
E como era prazeroso utilizar tal transporte para os deslocamentos até o colégio onde estudava ou visitar parentes ou amigos.
Algumas composições traziam um carro adicional, de dimensões menores do que o principal, também providos de equipamentos como um toldo que se baixava para os dias de chuva, campainhas acionadas por cordões para solicitar paradas em pontos previamente determinados nas rotas, etc.
Por longos anos houve uma convivência bastante amigável dos velhos bondes da Light com os com os automóveis, caminhões e motocicletas até que em 1965, se não falha a memória, foram substituídos pelos ônibus elétricos e para tal houve a necessidade de colocação de uma rede elétrica aérea pela cidade para que os novos veículos pudessem percorrer os mesmos trajetos dos bondes que, como diz a lenda, foram vendidos para os mineiros. Estes trilhos são ainda vistos quando acontecem obras e o asfalto é removido.
E essa combinação de meios de transporte ainda se mantém e apresentam extrema eficiência nos ditos países europeus e até nossos patrícios da terrinha sabem que a operacionalização conjunta dos bondes e ônibus elétricos é perfeitamente possível e de baixo custo, porque ambos consomem energia elétrica. Trataram de dar uma nova “embalagem” aos bondes que circulam pelo centro de Lisboa e uma guaribada nos antigos, que continuam servindo bairros como Alfama, cuja arquitetura combina com o modelo tradicional.
No andar da carruagem, logo nossas autoridades “descobrirão” que o calçamento das vias com paralelepípedos resistem muito melhor ao trânsito intenso do que o asfalto e que, para se realizar qualquer reparo subterrâneo, basta apenas retirar as pedras, sem as quebradeiras costumeiras e reasfaltamentos.
Rua XV de Novembro década de 1960 - Blumenau
Paralelepípedo da Rua XV
Rua Sete de Setembro em Blumenau. Acervo família Mertens/Brancher
Quando isso acontecer Blumenaué novamente referência, que por décadas utilizou esse tipo de calçamento¹ e afianço que as ruas eram impecáveis, a ponto de até promoverem corridas de automóveis sobre os paralelepípedos.
Sem dúvida, seguimos em frente rumo às soluções do passado!
Flavio Monteiro de Mattos /Out, 02/10/15
¹Calçamento na rua XV de novembro desde 1929/rua Sete a partir da década de 1950. 

- Enchente em Blumenau e região

- Professor

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Jornal que ajudei a montagem e o nome minha sugestão.
Professor Adalberto Day   
Meu Primeiro dia!
Quando comecei a lecionar foi um momento espetacular de minha vida. No primeiro dia quando subia a rampa de acesso a E.E.B.M. Pedro II no Canto do Rio Progresso-Blumenau fui ovacionado por centenas de alunos que me aplaudiram mesmo sem ter ainda iniciado ou adentrado a uma sala de aula. Fiquei emocionado. Uma calorosa recepção que por instantes não entendi, depois pude perceber que a comunidade local era muito receptiva, cordial, calorosa com as pessoas e principalmente com os professores (bons tempos!). 
          Trouxe para sala de aula, minha formação acadêmica Bacharel e Licenciatura como cientista social e pesquisador da história, como também na bagagem 25 anos de RH– Recursos Humanos na Empresa Industrial Garcia e Artex.
Foram momentos raros de ensinamentos e aprendizado. Ganhei o carinho e o respeito dos alunos, direção, comunidade. Todos os dias ao adentrar no educandário, cumprimentava o porteiro Sr. João Batista de Oliveira, mais conhecido como “Sr. Cordeiro”. 
Pintura representa E.I. Garcia em 1912
     O carinho dele para comigo e sua generosidade foram tão grandes que me presenteou com pinturas que fazia com serragens e restos de pequenas madeiras. Estava ali ele sempre atento e prestativo, um homem que frequentou os bancos acadêmicos, em Minas Gerais na faculdade de Mineralogia. Perseguido pela ditadura esteve em cuba e região do caribe onde pôde se refugiar. Seu conhecimento era enorme.  Aprendi muito com ele, e o levei para as salas de aula palestrar história e conhecimentos gerais.
Mas antes de passar pelo Sr. Cordeiro, alunos me acompanhavam pelo caminho todos os dias. No interior da Escola, era muito amigo não só do porteiro (vigia), mas das merendeiras que faziam uma refeição, café por demais saborosas. Procurava ser amigo de todos inclusive dos professores.
No recreio muitas vezes jogava bafo com alunos e nas folgas entre uma aula vaga, jogava futebol de salão, vôlei e basquete.
No final de tarde, enquanto aguardava a aula noturna, sentava junto aos bancos do pátio da escola e ali era rodeado por alunos de todas as idades, desde os mais novinhos com quatro cinco anos que queriam me conhecer e depois mais tarde ser meu aluno.
Dei aula com muita satisfação e o mesmo carinho na E.E.B.E Padre José Mauricio, também no Progresso, onde pude apresentar meus projetos, pesquisas e feiras de Mostras Escolares. Também apresentei estes trabalhos de mostras e pesquisas em diversos educandários de toda região e Blumenau.
Adalberto Day Lecionando
           Ser ou não professor!
Diria que ainda sou e com muito orgulho. Só não estou professor em algum educandário. No entanto o que seria ser um professor?
Professor ou docente é uma pessoa que ensina uma Ciência. Arte, técnica, ou outro conhecimento.    Para o exercício dessa profissão, requer-se qualificações acadêmicas e pedagógicas, para que consiga transmitir/ensinar a matéria de estudo da melhor forma possível ao aluno.
É uma das profissões mais antigas e mais importantes, tendo em vista que as demais, na sua maioria, dependem dela. Já  Platão, na sua obra A República  , alertava para a importância do papel do professor na formação do cidadão.  
A Educação, sabemos, é dever do Estado e, vemos com os "bons olhos da esperança", que um dia cada criança, futuros cidadãos brasileiros, possam ver isso se tornar realidade.
Diante de tanta desordem institucional, não podemos permanecer passivos, de braços cruzados, precisamos participar, deixar de ser omissos. A sociedade sem participação é fraca, oprimida, e desunida, torna-se palco das discussões mais polêmicas, de intrigas, todos sabem o que falta, mas não encontram o caminho. A forma de fazer, e as soluções não saem do chão, por falta de iniciativa e liderança. Precisamos ser organizados, idéias as mais diversas, diferenças de toda ordem fazem parte de qualquer grupo social. Ao juntar-se a fé, a esperança de cada indivíduo, podemos dizer que vivenciamos a verdadeira fraternidade, sonhada por todos nós. Não devemos cair no descrédito, isso fará com que percamos a esperança. Vamos fazer nossa parte.
          Professoré aquele que ensina, respeita, se dedica e aprende com seus alunos. Nossos pais (ou familiares) foram nossos primeiros mestres, e com eles aprendemos a primeira história, aquela que seria (será) a história de nossa vida, nossa formação. Mas nosso aprendizado caseiro não é o suficiente, precisamos nos aprimorar e estudar na escola da vida e nos bancos escolares. 
Nem sempre nossos pais, nossos primeiros contatos com o mundo, o que nos ensinaram seria uma verdade absoluta. O que seria a verdade? A verdadeé aquilo que aprendemos, mas nem sempre o que nos foi repassado é verdadeiro. A verdade absoluta não existe, e nossos primeiros contatos nos ensinaram aquilo que sabiam e aprenderam.
Dizia aos meus alunos: Estou aqui para “ensinar e aprender”, sim isto mesmo, aprendemos muito com os alunos.
Desde 1998 aposentado, posso desfrutar do carinho de ex alunos quase que diariamente. Com muito orgulho ouço deles sua satisfação em dizer que contribuí com sua formação e em suas carreiras promissoras. Alguns deles, advogados, dentistas, professores de História,Geografia, enfim várias atividades profissionais. Apresentam-me esposas, filhos e até netos.
Certo dia estávamos em uma Pizzaria, quando chega até nossa mesa um menino querendo me conhecer. Perguntei quem era ele, e respondeu ser filho de um ex aluno e que seu pai "sempre mencionava meu nome com orgulho".
Aluna nota "10" Gicelle dos Santos, após 18 anos mostrando trabalho por mim solicitado em 1994.  Imagem de 21/04/2012
Como aposentado profiro palestras em educandários, empresas, entidades, faço pesquisas, acompanho trabalhos de graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado em todas as universidades particular e federal. Colaboro também com todas as equipes de gincaneiros  GCB e com sua organização.
Adalberto Day cientista social e pesquisador da história em Blumenau. Arquivo de Adalberto Day.

- Enchente em Blumenau

- Waldemar Hinkeldey

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Introdução:
Adalberto Day
Em histórias de nosso cotidiano apresentamos hoje um exemplo de ser humano e dedicação de nossa comunidade. O Sr. Waldemar (Foto) nascido em Blumenau em 23 de maio de 1940. Seguiu os passos de seu saudoso pai  senhor Oswaldo Hinkeldey regente e fundador do Coral Misto do Garcia, - da Paróquia Evangélica Bom Pastor - Garcia e regente do Coral Misto do Garcia Alto, Progresso.
Após o falecimento do pai, Waldemar assumiu a regência destes dois corais, além de ser o regente de um  Coral Masculino e de um conjunto instrumental da Paróquia Bom Pastor Garcia, dando sequencia com maestria e sabedoria a este trabalho. Aprendeu a tocar violino com seu pai e depois teve aulas de aprendizado complementar de violino no Teatro Carlos Gomes com o professor Leopoldo Kohlbach.
Casou com Lorena Hinkeldey, nascida Metzner e o casal foi abençoado com 2 filhos: Alexandre Luiz que toca flauta transversa e Celso Roberto, cuja filha Isabelle de 8 anos e neta de Waldemar,  já está nos primeiros passos para se tornar uma grande violinista.
         Amigo de trabalho em RH das empresas Garcia e Artex, Waldemar era competente no trabalho e bom amigo. Vinha trabalhar todos os dias com sua bicicleta pintada de preto, e que na época dos anos de 1972/74 no auge da fama do piloto de F-1 - Emerson Fittipalidi que corria com uma Lotus preta, apelidei sua bicicleta de Lotus.
(Os dados que se segue foi repassado por Osmar Hinkeldey irmão de Waldemar.)
Foto início dos anos 19(60) Coral Misto fundado em 15 maio de 1951 pelo Sr. Oswaldo Hinkeldey
Da esquerda para a direita: Frederico Moeller, Wiegang Rüdiger, Curt Labes, Willibert Bewiahn, Hugo Kertischka, Ingo Eskelsen, Oswaldo Hinkeldey (regente), Hermann Roeder, Alfredo Roepcke, Rodolfo Roepcke, Geraldo Hinkeldey, Raulo Fischer, Ralf Gauche. Lore Ebeling, Ilma Iten, Anemarie Iten, Schwester Martha Kunzmann, Tecla Kertischka, Helga Dorow, Sidonia Moeller, Erna Moeller, Anna Firzlaff, Maria Kertischka, Iracema Hinkeldey, Iris Sandner, Irmgard Freygang, Irma Roeder, Erica Schiphorst, Adele Hinkeldey e Andolina. 
 
A “Streichorchester” [orquestra de cordas].formado por volta de 1932 – O Sr. Oswaldo Hinkeldey está sentado à esquerda da bateria com o violino na mão


Waldemar com sua netinha Isabele de 6 aninhos (na época) apresentando uma peça musical dia 24/12/2012 na Paróquia Bom Pastor Garcia.
Foto: Celso Roberto Hinkeldey, filho de Waldemar.

- Oktoberfest em Blumenau

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Uma excelente festa aos nossos visitantes de todo o Brasil e do exterior, em especial ao povo catarinense. Viva a Vida!!!.
Hallo Blumenau.... Bom dia Brasil....17 dias de folia... música cerveja e alegria.... Hallo Blumenau... 
- Quer ouvir a música? Clique no link abaixo:
Ein Prosit!!!
- No Brasil, a Oktoberfest foi realizada pela primeira vez em 1978 no município de Itapiranga, extremo-oeste catarinense. Na ocasião, um grupo de jovens, maioria descendentes de alemães, reuniu-se na localidade de Linha Becker para cantar, tomar chope e tocar música. Esses encontros foram tornando-se freqüentes até que em 1989 a festa passou a ser realizada no centro da cidade.
Inspirada na Oktoberfest de Munique, a sua versão blumenauense nasceu da vontade do povo em expressar seu amor pela vida e pelas tradições germânicas.
Memórias de Niels Deeke - Festivais do Chope em Blumenau 
FIDELIDADE À VERDADE – Muito ao contrário do que consta no texto quando assevera “No Brasil, a Oktoberfest foi realizada pela primeira vez em 1978 no município de Itapiranga”... a primeira Oktoberfest no Brasil realizou-se em Santa Cruz do Sul/RS, remontando a comemoração ao ano de 1966, quando de 15 de outubro a 6 de novembro foi realizada a primeira edição. 
Registros do ano 1998 - OKTOBERFEST e FESTIVAL DO CHOPE. Certa questão tem sido repetida várias vezes em comentários através da imprensa local, é a relativa à “Paternidade da Ideia da Implantação da Primeira Oktoberfest em Blumenau”. Há quem atribua a idealização ao Secretário de Turismo de então - Antônio Pedro Nunes, já outros apontam Hans Schadrack, então empresário da “Loja Moellmann” como o “pai da criança”. Necessário se faz repor a verdade histórica, pois a “paternidade” do ideário do “Festival do Chope em Blumenau”, é exclusiva dos empresários da “Ouro Promoções ”, ou seja, os Srs. Laércio Cunha e Silva e seu associado Geovah Amarante. Neste breve apontamento não pretendemos estabelecer diferencial entre “ Oktoberfest” e “ Festival do Chope” , porquanto são idênticos, somente tendo titulações e datações de comemoração diversas, condições que invalidam deixar-se de atribuir a primazia aos seus verdadeiros idealizadores – scilicet : “ Ouro Promoções ” . A empresa “Ouro Promoções” realizou no “Pavilhão A” da Proeb - seis ( 06) “Festivais do Chope” – entenda-se em seis exercícios - com desfiles, trajes típicos- chapeuzinhos à “Tirol”, iguarias e especialidades em pratos típicos alemães, (Que então eram uma delícia - e já agora - estamos em 1998 - deixam muito a desejar) múltiplos conjuntos de música germânica, inclusive bandeirolas, danças com um tablado central elevado e os “canecos decorativos” (Fabricados pela “Ceramarte”) , Chope de baixa e alta fermentação saído de mangueirões à guisa de mangueiras para abastecimento de gasolina, e tudo mais, nos anos de 1966, 1967, 1968, 1969, 1970 e 1971. A única diferença coube ao mês da realização, quando geralmente acontecia durante o verão, dando oportunidade aos maridos que permaneciam em Blumenau, a trabalho, de divertirem-se um pouco, enquanto as esposas veraneavam no litoral. Os eventos perduravam durante uma semana, e eram realmente animados com enorme afluxo de visitantes. Portanto a propalada “paternidade da ideia , cabe unicamente ao empresário “Laércio Cunha e Silva” de Itajaí, que promoveu os festivais associado a Geovah Amarante.
Tudo quanto puseram em prática treze anos após, nada mais foi que uma repetição (mera cópia) - com duas diferenças, o nome “Oktoberfest” e o “mês” da realização. Reinventaram o que já fora descoberto, aliás, se para si avocam a concepção do evento, nada mais cometem que um cristalino plágio. Quiçá assim erradamente só pensem as “aves de arribação” que aqui na nossa Blumenau aportaram anos após, vindos para “rapinar” ou “abonarem” de nossas tradições! 

Este escriba, Niels Deeke, ainda em 24/7/1998, através de longo telefonema à Itajaí, mantido com Laércio Cunha e Silva rememorou os eventos, e ao comentarem a questão da paternidade da ideia, o Sr. Laércio externou sua opinião de que seria de todo impossível apagar-se da história aqueles monumentais primeiros festivais no “Pavilhão A”, que evidentemente servirem como “fundamento e ideário” para tudo quanto posteriormente foi produzido. 
Laércio Cunha e Silva, 77 anos de idade em 1998, licenciado em Direito, autor da obra Itajaí - Cem Anos de Município - Laércio Cunha e Silva - Roberto Mello de Faria. Laércio Cunha e Silva foi em 1945/46 presidente do Centro Cultural de Itajaí- em Itajaí SC, e após foi Secretário da Prefeitura de Teresópolis, Estado do Rio, talvez durante a gestão municipal do Prefeito Flávio Bortoluzzi de Souza, que era catarinense. Em 1964 o Sr. Flávio Bortoluzzi de Souza, prefeito de Teresópolis, visitou Blumenau. Laércio Cunha e Silva foi ainda, em 1964, Presidente do Centro Catarinense no Rio de Janeiro.  Em 27/02/2013, Niels Deeke telefonou à Itajaí e falou com Laércio Cunha e Silva, então com 93 anos de idade, porém muito lúcido.
Em Blumenau, a Oktoberfest surgiu no ano de 1984 com a proposta de levantar o ânimo da população, abalada por duas grandes enchentes do rio Itajaí-Açu (1983/1984). A partir de 1987 a festa consolidou-se nacionalmente, e ganhando status de segunda maior festa da cerveja do mundo, depois de Munique, na Alemanha. Atualmente a festa é realizada no PARQUE VILA GERMÂNICA. 
Observação: criação da Oktoberfest em Blumenau.
Apesar da "Oktoberfest" já estar sendo planejado antes pelo governo do prefeito Renato de Melo Vianna em 1981, somente no governo do então Prefeito Dalto dos Reis (1983/1988) se consolidou. Na oportunidade foi passada para a população que era uma proposta de levantar o ânimo dos munícipes “festa caseira”, abalada por duas grandes enchentes do rio Itajaí-Açu (1983/ 1984). Para a história, cultura, folclore, tradição, sempre será este o motivo principal e motivador da festa.
O secretário de turismo era o empresário Antonio Pedro Nunes.
Mais observações do Projeto
Projeto da OKTOBERFEST em 1976
Pelos registros da Comissão Municipal de Turismo apresenta a explanação de Peter Mojan gerente da Lufhansa em Blumenau em ata é o primeiro registro que fala em Oktoberfest em 13 de outubro de 1976.
Adolfo Ern Filho
Hermes José Graipel JR
Foi discutido sobre a construção de um “Hall” de convenções. A Comissão achou que o ideal seria construir na PROEB, pois oferece lugar para estacionamento. Em seguida, o Sr. Francisco Canola Teixeira explicou à Comissão a finalidade da JEOTES e pacotes turísticos. A Jeotes já trouxe para Blumenau diversos ônibus com sócios e, ao parece, está obtendo sucesso com esta promoção.  (p.22).
No dia 13 de outubro 1976, realizou-se uma reunião da Comissão Municipal de Turismo no restaurante Frohsinn, tendo como convidados, representantes do comércio, hotéis, restaurantes, agentes de viagens e, como convidado especial, o Presidente do SKAL Club São Paulo, Senhor Paulo Henrique Meimberg. O Sr. Francisco Canola falou sobre a implantação de um Posto de Informações Turísticas que está sendo estudado para ser implantado na entrada da cidade. Sr. Augustinho Schramm disse ser necessário, achando mesmo que, com um posto na entrada da cidade, o turista chegará ao centro bem informado [...] O Sr. Guenther Steinbach disse que haveria de ser instalar um telefone no Posto de Informações, como também manter cicerones permanentes para guiar os turistas. [...] Em seguida, Sr. Francisco fez uma explanação sobre o 21º Congresso Brasileiro de Cerâmica. Disse que haveria a participação de aproximadamente 600 pessoas e que será o maior congresso realizado em Blumenau. [...] Sr. Milton Domingues sugeriu que fosse realizado mais vezes o passeio ciclístico. Sr. Harold Letzow comunicou que o clube 25 de julho irá promover todos os sábados Bailes Típicos. [...] Continuando, Sr. Francisco falou sobre as dificuldades que o Serviço de Turismo encontra em promover a OKTOBERFEST. Disse que é muito difícil fazer uma estrutura para poder realizar o referido evento. Pediu ao Sr. Peter Mojen, gerente da Lufthansa, para fazer uma explanação sobreOKTOBERFEST. Sr. Peter disse o seguinte:OKTOBERFEST começou em Munique. Esta festa deverá ter um Parque de diversões, barracas de cerveja, estandes de tiro a alvo e muita música típica que é a coisa mais importante. Esta festa tem duração de 14 dias. [...] Sr. Antônio E. Pacheco, a pedido do Sr. Dieter Hering, falou sobre as necessidades de se fazer em Blumenau um “Hall” de convenções, [...] estamos pensando em transformar a S.D.M. Carlos Gomes em “Hall” de Convenções, pois o mesmo oferece condições, tem estacionamento próprio, pequeno e grande auditório e salas. Em seguida, falou o Sr. Paulo Henrique Meimberg, convidado especial pelo Serviço de Turismo, para fundar o SKAL Clube. Durante o almoço, o Sr. Paulo fez uma explanação sobre o SKAL Clube;  disse ser um clube de companheirismo, e que só podem participar executivos em turismo. Em seguida, foi indicado o nome da Comissão do SKAL Clube. Para presidente, Américo A. Bueno de Camargo – agente da Panzas -, para tesoureiro, Milton Domingues – gerente do Garden Terrace Hotel -, para secretário, Peter Mojen – agente da Lufthansa. (p.26 a 29).
(Nota do Ed.: hall = centro)
Decreto nº
RENATO DE MELLO VIANNA, Prefeito Municipal de Blumenau,
NOMEAR
Sem ônus para Prefeitura Municipal, os cidadãos abaixo relacionados para comporem a Comissão Municipal de Turismo: Caetano Deeke de Figueredo, Henrique Herwig, Itacir Filander, Milton Macedo Domingues, Emilio Rosmarck Schramm, Arno Buerger Filho, Evelásio Paulo Vieira, Décio Rigotti
Na gestão da Comissão Municipal de Turismo, criou-se o Regimento Interno da .... os esclarecimentos e debates, foi aprovado com a seguinte redação final.
COMISSÃO MUNICIPAL DE TURISMO REGIMENTO INTERNO
Consagrada como a segunda maior festa alemã do mundo, a Oktoberfest é confraternização de gente de todas as partes. E ela nasceu inspirada na maior festa da cerveja do mundo, a Oktoberfest de Munique, Alemanha, que deu seus primeiros passos em 1810, no casamento do Rei Luis I da Baviera com a Princesa Tereza da Saxônia.
São 17 dias de festa, em que os blumenauenses se integram com visitantes de todo o Brasil e do exterior. E não há quem não se encante com os desfiles, com a participação dos clubes de caça e tiro ou com a apresentação dos grupos folclóricos. A Oktoberfest de Blumenau ostenta um número admirável: em suas edições anteriores, reuniu quase 16,7 milhões de pessoas no Parque Vila Germânica, antiga Proeb. Isto significa que um público superior a 700 mil pessoas, em média, por ano, participou da festa desde a sua criação.
O segredo para este sucesso é simples: a Oktoberfest de Blumenau é um produto que se mantém autêntico, preservando as tradições alemãs trazidas pelos colonizadores desde 1850. E são as belezas desses traços que conquistaram o país inteiro. À noite, é na Proeb/Parque Vila Germânica que todos se encontram e fazem da Oktoberfest um acontecimento incomparável.
Todas as tradições alemãs afloram na sua máxima expressão, através da música, da dança, dos belos trajes, da refinada culinária típica e do saboroso chope.
A cordialidade do povo, a paz e a beleza da cidade também tornam a festa inesquecível. A maior festa alemã das Américas A Oktoberfest teve sua primeira edição em 1984 e logo demonstrou que seria um evento para entrar na história. 
Em apenas 10 dias de festa, 102 mil pessoas foram ao, então, Pavilhão A da Proeb, número que na ocasião representava mais da metade da população da cidade. O consumo de chope foi de quase um litro por pessoa. No ano seguinte, a festa despertou o interesse de comunidades vizinhas e de outras cidades do país. O evento passou, então, a ser realizado em dois pavilhões. O sucesso da Oktoberfest consolidou-se na terceira edição e tornou-se necessário a construção de mais um pavilhão e a utilização do ginásio de esportes Sebastião da Cruz - o Galegão - para abrigar os turistas vindos de várias partes do Brasil, principalmente da região Sudeste, e também de países vizinhos. O evento acabou fazendo de Blumenau o principal destino turístico de Santa Catarina no mês de outubro. Mas, para quem não sabe, a Oktoberfest não é só cerveja. É folclore, é memória, é tradição. Durante 17 dias de festa os blumenauenses mostram para todo o Brasil a sua riqueza cultural, revelada pelo amor à música, à dança e à gastronomia típicas, que preservam os costumes dos antepassados vindos da Alemanha para formar colônias na região Sul. A cultura germânica o turista confere pela qualidade da festa, dos serviços oferecidos, através de sociedades esportivas, recreativas e culturais, dos clubes de caça e tiro e dos grupos de danças folclóricas. Todos eles dão um colorido especial ao evento, nas apresentações, nos desfiles pelo centro da cidade e nos pavilhões da festa, por onde circulam, animando os turistas e ostentando, orgulhosos, os seus trajes típicos.
É por essa característica que a festa blumenauense, versão consagrada da Oktoberfest de Munique, transformou-se, a partir de 1988, numa promoção que reúne mais de 500 mil pessoas. E foi, também, a partir dela que outras festas surgiram em Santa Catarina, tendo a promoção de Blumenau como carro-chefe, fato que acabou por tornar o território catarinense no caminho preferido dos turistas no mês de outubro.  
História:
A história começou há quase 200 anos na Baviera. 
A Oktoberfest de Blumenau, que em apenas uma década se tornou uma das festas mais populares do Brasil, foi inspirada na festa homônima alemã, que teve origem há 199 anos em Munique. Tudo começou em 12 de outubro de 1810, quando o Rei Luis I, mais tarde Rei da Baviera, casou-se com a Princesa Tereza da Saxônia e para festejar o enlace organizou uma corrida de cavalos. O sucesso foi tanto, que a festa passou a ser realizada todos os anos com a participação do povo da região. Em homenagem à princesa, o local foi batizado com o nome de Gramado de Tereza.
A festa ganhou uma nova dimensão em 1840, quando chegou a Munique o primeiro trem transportando visitantes para o evento. Passaram a serem montadas barracas e promovidas várias atrações. Neste local apareceram também os primeiros fotógrafos alemães, que ali encontraram um excelente ambiente para fazerem suas exposições. A cerveja, proibida desde os primeiros anos, só começaria a ser servida em 1918. Logo depois, os caricaturistas já retratavam a luta pelos copos cheios de cerveja e pela primeira vez pode-se apreciar nas telas dos cinemas a festa das mil atrações.
Por consequência das guerras e pela epidemia de cólera, a Oktoberfest deixou de realizar-se 25 vezes. De 1945 até hoje, aconteceu ininterruptamente. 
Atualmente, a Oktoberfest de Munique recebe anualmente um público de quase 10 milhões de pessoas. O consumo de cerveja chega a sete milhões de litros.
Link da Oktoberfest de 1984 e 1985: 
Arquivo/texto /Adalberto Day/José Geraldo Reis Pfau/Niels Deeke
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